Capítulo 4

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[Este capítulo não irá ter muita ação, mas mais pensamentos de Marta. Obrigada por todos os comentários, continuem assim! Boa leitura queridas!]







Capítulo 4- Destino e primeira conversa.

POV MARTA

Nunca fui muito de acreditar no destino.

Quer dizer eu acredito que existe um destino para cada um de nós, mas que esse destino é o fruto da nossa vida, do nosso trabalho, principalmente é o fruto das nossas ações. Acredito que o nosso destino, somos nós que o fazemos, afinal Querer é poder.

Nada está traçado à nossa nascença, mas sim nas nossa escolhas e atitudes. Todos nós sabemos o que devemos fazer para tirar boas notas, no entanto quando chega a hora de estudar, não nos apetece. A decisão de estudar ou ficar a ver televisão, é um reflexo da nossa maneira de encarar os problemas.

Existem quatro tipos de pessoas:
⚪Os que desistem;
⚪Os que nem tentam;
⚪Os que tentam, mas não conseguem;
⚪Os que tentam e conseguem;

Cabe-te a ti, decidir que pessoa queres ser.

Tudo isto para chegar à conclusão de que ao longo da nossa vida, vamos desenvolvendo uma personalidade, uma maneira de ser, que vai ganhando vontade própria. E é essa personalidade que vai determinar as nossas escolhas perante uma decisão. É essa personalidade que vai determinar o teu destino.

**

Acordei com uma faísca, a percorrer-me a espinha. Soltei um arrepio. Levantei-me e foi então que percebi que o meu pesadelo tinha começado.
Antes que Rute acordasse fui avaliar a situação.

Pus a mão na porta do quarto de Joana. Rodei com o máximo de tranquilidade a porta e esta abriu. Não sei como, mas a porta estava aberta e ela estava no interior do quarto, a dormir o seu sono de beleza. Avistei as chaves da porta e sem exitações peguei nelas.

O nosso problema estava resolvido.

Visto umas calças pretas justas e um camisa branca. Coloco um colar e uns brincos de prata. Estava pronta, quando cheguei a conclusão de que tinha acordado cedo demais. No entanto, confesso.. Tive medo que a situação estivesse bastante mais descontrolada.

Ainda faltava meia-hora, eu tinha de fazer alguma coisa. Deixei um bilhete colado a porta, dizia: Fui dar uma volta, encontrámo-nos na escola, bjs Marta. Eu preferia recados do que mensagens. Para todos os efeitos, é mais eficaz ahah ou pelo menos eu achava que sim.

Ao contrário do que costumo fazer todos os dias, desta vez, desci as escadas com o máximo cuidado possível, para não acordar a vizinhança. O que demorou SÉCULOSS.

Quando finalmente tinha chegado à rua, perguntei-me para onde iria. A verdade é que eu não sabia. Segui uma das outras três ruas, sem algum motivo aparente, e comecei a minha leve caminhada. Tinha tempo, por isso não tinha pressa, observava as coisas com clareza, a natureza da vida. O que não faltava eram pessoas, apressadas para levar os filhos a escola e ainda ir trabalhar, lá estavam elas apressadas todas as manhãs.

Será que algum dia aquelas pessoas vão conseguir acordar com toda a calma do mundo? Dúvido, no interior daquele ser é desconhecida a arte de desfrutar da natureza. E coitados dos miúdos que forem filhos deles, pois nunca saberem o que realmente é a vida.

Enquanto caminhava e tentava refletir sobre a educação que os pais dão aos filhos, Gonçalo veio contra mim. Só me consegui aperceber que era ele, depois do colapso, e perguntei:

Perdi-te ou nunca te tive ?Onde histórias criam vida. Descubra agora