Capítulo 5

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[AVISO: Este capítulo contém lingaguem explícita. Por favor leiam a nota de autor e respondam à pergunta. Boa leitura !]








Capítulo 5- Professor 'Albertocas' e conversa com Tomás.

POV MARTA

Após a nossa conversa, acabamos por chegar a casa. Sentia um brilho tipo fósforo dentro de mim. Algo que não consigo apagar. Ele faz despertar em mim uma emoção indescritível.
Ele não tem noção da maneira que me faz sentir feliz, de quando me sinto bem quando estou com ele, e ultimamente é impossível não pensar nele. Mora na minha mente. O tempo todo. Ele vive em mim. Faz parte de mim.
Nunca ninguém me teve como ele me tem, nunca ninguém fez despertar em mim este sentimento. Se voltasse ao tempo da primária, nunca diria que ele iria tornar-se tão importante para mim. Nessa altura, se alguém dissesse que eu me iria apaixonar por ele eu não acreditaria. Eu dizia que não queria saber de rapazes e que nunca me apaixonaria, mas olho para mim e vejo: estou perdida por ele.

Subimos todos os degraus e quando tínhamos chegado a porta da casa de Gonçalo ele afirmou: "Demoro 5minutos a tomar banho. Queres entrar?"

"Hm, não. Eu ainda tenho de ir buscar um livro que me esqueci."
Ele entrou para sua casa apressado e bateu a porta. Continuei a minha jornada até ao 3° direito, e quando lá cheguei para minha surpresa, não conseguia ver vestígios nem de Joana, nem de Rute, onde é que elas se tinham metido? Procurei em todas as divisões da casa e nada. Até que, ao passar no corredor, vi o meu bilhete escrito na porta. BOLAS! Eu tinha dito que ia ter com elas a escola, mas no meio de toda a aquela confusão tinha-me esquecido. Peguei no telemóvel, e tinha 3 chamadas não atendidas de Rute. Vi as horas, faltam três minutos para começar a minha primeira aula e eu ainda estava em casa.
Não podia ir a pé, isso ia demorar cerca de 20minutos, precisa de apanhar boleia.

Nem hesitei. Desci os degraus o mais rápido que consegui e bati a porta do apartamento de Gonçalo. Michael abriu-me a porta, ainda em pijama "Que fazes aqui Marta?"

"Preciso de boleia." Mostrei um sorriso a michael.

Ele bocejou e disse "Nossa?"

"Hm sim, se puder ser." Não Michael, eu vim a tua casa dizer que preciso de boleia só porque me apeteceu -.- Tenho de admitir que a minha paciência é bastante curta, mas neste momento consegui controlar-me.

Rapidamente, ele vai a correr para o quarto veste-se, prepara a mochila e entra na casa de banho (de onde Gonçalo já tinha saído) para lavar os dentes. Quando acabou, veio até mim, seguido de Gonçalo, que já estava mesmo atrás dele.

Eu estava a ficar em pânico. A minha aula já tinha começado há 1minuto. Aposto que o Prof Alberto já estava na sala, sentado na sua cadeira de pele, com rodinhas, a fazer a maldita chamada. A chamada é o inimigo mor de todos os alunos. Os professores dão cerca de cinco aulas por dia. Portanto, é matematicamente comprovável que se cada turma tem em média 30 alunos, então os profs vêm cerca de 150 alunos por dia, logo se uma alma penada faltar a uma aula, a probabilidade de um professor reparar na sua ausência é de digamos 3,(3)%.
Ou seja, estou a rezar para que o "Albertinho" não se recorde da minha carinha laroca.

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