Um mês e meio depois...
SOPHIA
Desde aquela noite maluca em que me entreguei ao Estevão, mesmo com o nosso acordo de seguimos em frente, agindo normalmente e esquecer aquele episódio, tem sido muito difícil.
Antes, mesmo gostando dele, era algo platônico, então era bem mais fácil disfarçar e fingir que não existia nada. Agora tudo muda de figura. É visível o desconforto e tensão entre nós. É perceptível isso também no Estevão. Até já pensei em pedi demissão, para acabar de uma vez com isso. Porém por enquanto preciso do emprego, e ainda não encontrei um estágio na área em que estudo, a advocacia.
Há alguns dias, venho sentindo um mal estar. Porém não sei do que se trata. Hoje mesmo passei o dia todo com ânsia de vômito. Após leva o café na sala do Sr. Harris, que ele havia pedido, só de sentir o cheiro da bebida, quase coloquei tudo para fora.
- Você está bem Sophia? – pergunta-me ele, que se levantou de repente e segurou-me pelo braço. – Está muito pálida e gelada!
- Não se preocupe Senhor, é só um mal estar. Já, já passa.
- Tem certeza que não quer ir para casa ou ao médico?
- Não. Vou melhorar o Senhor vai ver – tento sair o mais depressa possível de sua sala e do seu contato com a minha pele. Porém vejo tudo ao meu redor escurecer, e sinto que perco à força do meu corpo.
*****
ESTEVÃO
- Sophia. Acorda, por favor – tento acordá-la, dando fracos tapas em sua face. Carrego ela, e a ponho deitada no sofá do meu escritório.
Tento reanimá-la, mas de nada adianta. Então levo-a o mais depressa que consigo para a emergência mais próxima. Despertando à curiosidade de todos os meus demais funcionários, que assistiam alheios a cena.
- Por favor, me ajudem! Ela desmaiou e não consigo acordá-la – peço ajuda, assim que chego.
Prontamente um enfermeiro a pega de meus braços, pondo Sophia em uma maca. Em seguida some, enquanto fico aguardando na sala de espera.
Desde o momento em que ela entrou na minha sala, soube só de olhar, que ela não estava bem. Estava bastante pálida, e ao tocar em sua pele, sentir o quando estava gélida também.
Somente espero que esteja tudo bem. E que tudo não passe um mal estar qualquer.
*****
SOPHIA
Quando recobro minha consciência, descubro estar em uma cama, em um quarto todo branco. E a julgar pelo homem de jaleco me examinando, acho que estou em um hospital. O que me lembra de que provavelmente foi o Estevão que me trouxe para cá. Começo a me recordar que desfaleci em seus braços.
- Olá, moça bonita! Enfim acordou. Deu um baita susto em seu namorado – um homem na faixa dos 40 anos me cumprimenta.
- Não tenho namorado – digo um pouco agressiva sem perceber, ignorando o fato em que estou em uma cama de hospital. – Desculpa, Doutor. Estou um pouco atordoada ainda – peço pelo meu tom de voz elevado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Surpresas De Uma Paixão - Trilogia - Livro 3 (Completo)
RomanceÀs vezes só basta enxergarmos e observamos tudo a nossa volta. Não é preciso ir longe para se apaixonar. Pois passamos tanto tempo nos predemos ao que queremos e não percebemos que o que nós precisamos está bem debaixo dos nossos olhos. E é isso que...