O Pecado Da carne (Larry Stylinson)

Capítulo Um

05 de setembro de 2010

9h45

Louis parou de frente para seu açougue depois de meses sem abrir. A morte de sua esposa o afastou de tudo, ele nunca sentiu tanta dor em sua vida.
Ele caminhou até a porta e retirou a o cartaz de luto. Sua rotina voltaria ao normal, era o que ele esperava.
Eleanor sempre foi sua âncora, ela era a esposa perfeita até hoje Louis não acredita que ela havia se interessado por ele. Por que pessoas boas partem tão cedo?
Ela perdeu para a doença, a maldita doença. O câncer de mama apareceu de repente e à levou em meses. Louis gastou todas suas economias no tratamento, e o que sobrou no enterro, agora ele não tinha nada. Teria que recomeçar sua vida novamente, ele tinha duas lindas garotas para cuidar. Darcy e Diana era tudo o que ele tinha.
-Bom dia, senhor Tomlinson. - cumprimenta o padre John.
-Bom dia, Padre.
-Está retornando? - pergunta ele.
-Sim, padre. Preciso trabalhar.
-É muito bom que esteja superando.
Louis ainda não estava preparado para voltar a trabalhar, mas ele precisava.
-Amanhã busco minha carne. Só você sabe como eu gosto.
O padre John se despede, e Louis se volta para o açougue. Algumas carne estragaram, e tudo estava cheirando terrivelmente.

12h05

Tudo terminado. Louis estava exausto, mas tudo ficou perfeitamente limpo. Louis tinha mania de limpeza, Eleanor sempre dizia que esse era o defeito dele que ela mais gostava, ela nunca precisava limpar nada.
-Oi papai!
As gêmeas Darcy e Diana entram de mãos dadas pulando, extremamente agitadas.
-Você encheu elas de açúcar, mamãe? - pergunta Louis.
-Doces sempre afastam a tristeza - mamãe me beija na bochecha. - Como você está?
-Mal, a dor nunca acaba.
-Vai passar. Você vai conhecer outra pessoa que te faça feliz novamente.
-Eu não quero conhecer mais ninguém, pretendo ficar sozinho.
-Papai, podemos te ajudar no açougue? - perguntaram as gêmeas.
-Aqui não é lugar para criança, vocês podem se machucar.
-Filho, você precisa de um ajudante. Já pensou em alguém? - perguntou mamãe.
-Vou me virar sozinho por enquanto - respondeu Louis.
Na verdade ele não tinha como pagar um funcionário.
Ele levou sua mãe para a casa, ela iria preparar o almoço. Louis sabia fazer quase tudo, mas cozinhar não era seu forte. Eleanor era uma ótima cozinheira, ela tinha muito talento.
Louis sentou em sua poltrona e suspirou, ele sentia muita saudades dela. Louis tinha certeza que nunca mais iria amar tanto alguém. Eleanor fez tanto por ele, o ajudou nas horas mais difíceis, ela o tirou da vida de pecador.
-Pai, posso usar o perfume da mamãe? - perguntou Darcy.
-Não mexa nas coisas de sua mãe - Louis respondeu duro.
Darcy baixou a cabeça e foi para seu quarto.
Louis ainda tinha tudo de Eleanor guardado, exatamente como ela deixou. Talvez isso não faria bem a ele, mas era as únicas lembranças de Eleanor que ele podia tocar.

15h32

-Papai, você pode me ajudar no dever de casa? - perguntou Diana.
-Peça para a sua avó - Louis respondeu, voltando-se para o jornal que estava lendo.
Diana olhou para ele decepcionada, e se afastou.
-O pai? Diana não quer fazer o dever de casa - disse Darcy.
Louis tirou seus óculos, e suspirou irritado.
-Diana! Faça seu dever! - gritou ele.
-Você não quer me ajudar! - reclamou Diana.
-Eu já não disse para pedir para a sua avó?! Estou cansado para isso.
-Mas, pai a vovó já foi embora - lembrou Darcy.
Louis olhou em volta, ele tinha se esquecido.
-Desculpa, o papai não está bem - disse Louis.
-Nós também sentimos falta dela - disse Diana.
Louis queria socar a próprio rosto. Como ele pode ser tão egoísta?!
-Desculpa, meus bombons - Louis sentou junto delas.
-Pai, a diretora do nosso colégio disse que precisa conversar com você - disse Darcy.
-Tudo bem.
Louis sabia o porque da conversa. A mensalidade da escola estava três meses atrasada.

20h33

Louis colocou as garotas para dormir, e foi para a sala. Sua cabeça estava fervendo de preocupações, era tantas dívidas.
Ele não tinha mais de onde tirar dinheiro, já havia hipotecado a casa,e sua conta no banco estava no vermelho, então sem chances de um empréstimo.
Ele iria rezar e pedir a Deus uma solução.
Amanhã seria um dia exaustivo, e ele ainda não estava preparado para enfrentar isso agora.

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