As brigas

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Depois de um tempo, vivemos em paz, mas durou pouco, Victor passava as noites fora de casa, chegava de manhã com cheiro de bebida, marcas de batom em sua camisa.
Todas as vezes discutíamos feio, ele acabava me batendo, e eu ficava sentada na cama chorando.
As vizinhas dizia que eu tinha que denunciar ele, mas eu acreditava que ele ia mudar.
Com isso foram três anos, de brigas, agressões físicas constantes, o bar funcionava ao dia, e a noite ele saía. Mas quando eu dizia que eu separada dele, ele dizia que ia mudar, e eu acreditava.
Com isso, entrei em uma depressão, já não me cuidava, não ligava para a vida, me isolei do mundo, das pessoas, da vida.
Um dia, fui tomar um banho, eu chorava, lembrava de mamãe, eu fui para a banheira, peguei a gilette cortei os pulsos.
O sangue escorria, eu fechei os olhos e lentamente o barulho foi diminuído e desmaiei...
           Dois dias depois....

Eu acordo em um hospital, Victor estava ao meu lado, meus pulsos estavam enfaixados, ele estava com olheiras, parecia que tinha ficado o tempo todo comigo, ele me olha e diz.
- Cristina, você esta louca? Sabe o susto que levei ao ver você praticamente morta na banheira? A sorte que eu resolvi ir direto para a casa, e ainda por cima, quase perde o filho que espera.
Na hora enlouqueci, filho? Eu estou grávida? Não pode ser? Eu não sabia se ficava alegre ou triste, com 21 anos filho?
Passado uma tempos, Victor estava melhor, achei que ele ia mudar, e mudou, por um tempo.

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