Artesão

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Despojado artesão das forcas
Tanto me sufoca a sua maestria
Suaviza as curvas à mão sua fôrma
Operário medonho de fantasias

Artesão caprichoso diga seu nome
Nos alto-falantes da sua entoada
Revela teu rubro de sangue, de fome
Sacia teu vício de arte entalhada

Simples não faz se o dom é o vício
Correto não é suas linhas traçadas
Esculpe na face a lágrima e o riso
Artesão tome tento não esconda nada.

Equilibre os delírios
Como em tripas coração
Das pedras forme um lírio
A rosa plante ao chão.
Não só és artesão
És mais que artista
Revives a morte
No quadro de vida .

Poesia Em Preto E BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora