I - A Festa de Halloween

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Estava frente a frente com aquela criatura, que dizia "Não se entregue, princesa, não se entregue". "Pela tamanha reverência, tenho certeza de onde vieste", pensou. A fera foi se afastando, e logo se evanesceu na escuridão. Algo se moveu atrás de mim, entre as árvores, e logo reconheci o seu rosto.

- Quem era o seu amigo, princesa? -disse ironicamente

- Mutano, nada aconteceu aqui, ninguém precisa saber, tudo bem? E nada de me chamar de princesa.

- Que medo, hein - ele desdém e eu reviro os olhos. - Robin vai adorar saber que você anda conversando com desconhecidos

- Ele não é um desconhecido... É... Um amigo, da... festa. Ele ficou de conseguir uma fantasia igual aquela pra mim. É isso.

#Ravena OFF

A noite tardía e os titans se preparavam para a festa a fantasia de halloween. Robin, vestido de Conde Drácula, pôs um traje e gravatas pretas e dentes afiados. Cyborg, com lâmpadas verdes de neonio espalhadas pelo corpo e parafusos acentuados, era o Frankestein. Mutano se transformaria num unicornio verde e Estellar montaria em cima dele, como um figurino em dueto. E a Ravena, não era nada mais nada menos que, Ravena.

- Ahhhr... Ravena - Robin com esperança começou - não da pra tirar um pouco essa capa pra que a gente veja do que está se vestindo?

- Hunf! - arfou Ravena - estou vestindo a capa. Se eu tirar eu não estarei mais vestindo a capa!

- Mas, se você não tinha nenhuma fantasia era só falar - Cyborg tenta - a gente arranjava uma bem dramática, obscura, assustad...- foi calado por uma enorme mão de trevas.

- Minha capa já é dramática - respondeu com pouco caso - obscura e... - apertou os olhos - assustadora.

- Não importa o que a Ravena ta vestindo, ela sempre consegue ser esse chuchu... - Mutano aperta os labios e vai acariciá-la - não é, meu chuchuzin... - a mesma enorme mão de trevas o golpeia o arremessando para longe - adoro garotas imprevisíveis.

Saíram, ás quase meia-noite, a luz da lua cheia iluminava, logo avistou Ravena, a criatura que lhe encontrara algumas horas anteriores, escondido num beco da cidade, que lhe encarava. Ela sabia que havia chegado a hora. Suspirou, não conhecia nada sobre aquela criatura, mas lhe dava segurança. Sua pele obscurecida lhe trazia lembranças da sua cidade natal, Azarath.

Já na pista, os titans eram a atração principal da festa, em todos os sentidos. Cyborg atacava as comidas, enquanto Mutano, em forma de gato, arranhava os vestidos brilhantes das moças e senhoras, incluindo a Estellar, que gritava aumentando ainda mais o barulho da multidão que sincronizavam os passos de Robin. Muitos já bebados, outros se divertindo com a confusão, e Ravena solitária e de saco cheio. Não era bem aquele tipo de halloween que ela gostava.

De repente, a musica foi interrompida e substituida por uma melodia vampiresca e aterrorizante para alguns. Todos, surpresos e confusos olharam para o senhor Dracula que se defendeu, "Calma lá, isso não fui eu".

Logo um grito melancólico surgiu, e as pessoas, amedrontadas, corriam pra todo lado. "Qual foi? Não é halloween? Ou vocês preferem pular direto pro Lollapalooza?..." Falou uma voz irritada atrás da mesa do Dj "...e o senhor sanguessuga aí, ta sem fome?".

"É a Ravena!", Robin a reconheceu.

"Ravena..." Disse amigavelmente a Estellar, "deixa de brincadeira, o povo quer agito, uhull!"

"Eles vão ter um agito... Agito de almas condenadas, uhull" estendeu as mãos e declarou, "Azarath Metrion Zinthos!" - e abriu um circulo negro no meio do salão fazendo muitos se esconderem e outros sairem correndo dali. Nada aconteceu, porém, não havia mais confusão de ilúcidos e gente passando mal como ela queria.

"Ravena..." - dessa vez a voz apaixonada do Mutano, "deixa de brincadeira"

"Hunf!", ela arfou e estalou os dedos e a festa voltou para como estava.

Mutano se iluminou, "Você ainda está um chuchu"

O povo continuou a dança e a Ravena se volta a fora, avistando a criatura sombria.

#Ravena ON

- Vai ficar me perseguindo?

- Perdão, princesa, quero ter certeza de que ficará em segurança

- Tudo bem, papai, já estou bem grandinha e não preciso de um guarda-costas, obrigado.

O céu fechou ali e uma tempestade se iniciara com lágrimas de chuva. A fera estendeu o braço direito e acenou em sinal de despedida, logo estava dissolvida como uma poeira soturna em minha frente. Quem seria aquela criatura e como me encontrara no esconderijo dos titãs? Não que seja difícil de se ver um enorme edifício em forma de T no meio de uma ilha, mas o que ele iria querer comigo?






OLÁ, LEITORES, TUDO BEM? AQUI COMEÇA UM CONTO BASEADO NA NOSSA TITÃ, ESPERO QUE GOSTEM. DEIXEM AÍ NO COMENTÁRIOS SUAS OPINIÕES E SUGESTÕES, ABRAÇO.

Ravena & A EndermyOnde histórias criam vida. Descubra agora