IV - A Passagem

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N'outro dia...

- CAFÉ DA MANHÃ - Robin avisa e toca os sinos. Todos de pé, já em volta da mesa, exceto... - MUTANO! CAFÉ, DA, MANHÃ! - E toca os sinos novamente.

Nenhum sinal.

- Comam, eu vou chamá-lo  - Cyborg se levanta e vai à direção do quarto do garoto.

- E o seu pai, Ravena, não tem hora de comer? - Estelar lembra da presença do estranho e um clima duvidoso surge na face da meia-demônio, que um pouco hipnotizada com a situação, só responde

- Espera, aí...

- Ele não está aqui. - Cyborg volta arfando - Nada de Mutano nos quartos, ou nos banheiros, nada de Mutano.

- Ah, ele só deve está pregando um trote - Robin tenta acalmar - Olhem aquelas migalhas no chão, ele já deve ter despertado e comido mais cedo.

- Aquilo não é a pimenta?

- Aquilo não é pimenta, Estelar, vocês parem de acreditar nas palavras que saem da boca podre do Trigon...

[...] Pausa momentânea

-... Que por sinal também não está mais aqui. Cyborg! - ela faz um sinal e ele entende - Já sabe o que fazer.

Após algumas investigações do Cyborg com as pequenas amostras encontradas...

- Ecstasy.

- O que é?

- Uma droga usada como moderador de apetite.

- Ah, por isso ele não quis comer outra coisa além da "pimenta" - Robin faz as aspas com os dedos

- Sim, mas, também tem um pouco de pimenta nesse azeite aí. HAHAHAHAH, droga, azeite, entenderam?

Eles espremem os olhos.

- Tá, foi mal.

- Prossiga.

- A capsaicina, o que dá a cor e o ardor da pimenta, fez com que o Mutano sentisse sede a noite toda, mas ele não bebeu sequer liquido algum, estava muito viciado nessa coisa. 

- É, ele sempre me acorda com a descarga do banheiro no meio da noite, mas nessa eu não ouvi nada.

- Independente de onde ele esteja, está desidratado e pegando fogo por dentro... - eles se assustam - não literalmente.

- Eu vou pra Azarath, buscar o Mutano

- Espera aí, Ravena, a gente nem sabe se ele está lá mesmo.

- Ele tem que estar.

- E se for uma armadilha do seu pai?

- E daí? É à mim que ele quer - suspira - e eu não posso deixar o Mutano se machucar.

Todos suspiram em seguida, ironicamente.

- O quê?

- Que lindo, Ravena!

- AAAH, SAIAM DA MINHA FRENTE.

#RavenaON

"Mutano foi levado para Azarath. Foi enganado por aquele filho da p* que eu chamo de pai. E eu preciso resgatá-lo independente da situação, afinal, ele é um titã, é meu amigo e está sempre comigo. Tudo bem que ele prefira que eu seja mais que isso, eu confesso que as vezes até eu já quis também e..."

- TITÃS, ATACAR! - Grita o Robin, rompendo a meditação. Todos se entreolham e ele recorre á mim - Então, Ravena, vai ou não vai abrir logo esse portal pra a gente ir salvar o Mutano?

- Você, por favor, tenta pensar antes de agir pelo menos uma vez na sua vida, Robin. Sou eu quem ele quer.

- An-an. A gente não vai deixar você entrar lá sozinha - Estellar protesta

- Vocês têm a ideia do perigo que podem correr?

- E daí? Somos titãs. - Robin estende o braço direito - O perigo é diário, constante. O risco corre nas nossas veias.

Todos compreendem e aceitam.

- Então - suspira - a gente tem que ser discreto e entrar lá sem ninguém perceber.

- E isso é possível? O portal para a outra dimensão é altamente reluzente, e se tratando de um mundo das trevas como o de Azarath poderá despertar grande parte dos moradores. - Diz Estellar que já havia viajado por dimensões.

- Hm - Cyborg que para pra pensar - Acho que vai ser possível sim.

- O que quer dizer, Cyborg?

- Ravena, você ainda guarda o "carvão"?

- Sim. Ele agora possui um certo valor emocional - responde estreitando os olhos.

- Vai ter muitos outros dele se abrir mão.

- Não, não, nem pensar...

- Ravena, é pelo Mutano.

"Meu coração acelera a cada vez que ouço o seu nome. De alguma forma ele mexe com o meu psicológico."

- Ah, tá bom, vai - Retiro o frasco com a amostra de dentro da minha capa e entrego. - O quê? Nunca se sabe quando se vai precisar.

O Cyborg enche a sua mão daquela coisa, e começa a passá-la por todo o seu corpo e manda que façamos o mesmo. Logo estavamos cobertos de plutônio oxigenado, que para os outros até então era carvão.

- Deixa eu vê se eu entendi. Vamos ser "sombras" pra não sermos notados na escuridão? - Interrompe o Robin.

- Escuta, pessoal. Eu tive recebido visitas interdimensionais, nos ultimos dias... - Começo a explicar

[...]

- Pelo que eu entendi, o cara das trevas achava que você seria raptada e por isso te avisara muitas vezes, e você não deu ouvidos. - Robin como sempre querendo aparecer.

- Vai querer me acusar agora? Vocês que quiseram entrar nessa história toda.

- E agora nós vamos passar por ele para poder passar despercebidos - Estellar, sempre doce, completa.

- Sim. Foi o melhor que pude fazer - Cyborg.

"A insegurança aumenta, recito as palavras finais e no peito bate a saudade. Daqui pra frente nada será como era antes".

- AZARATH, METRION, ZINTHOS!






OLÁ, LEITORES. NOSSA RAVENA FICOU MUITO ABALADA COM ESSE GOLPE, NÃO POR TER VINDO DO PRÓPRIO PAI (ATÉ PORQUE ELA JÁ ESPERAVA HSJAHSJAJHAS), MAS SIM POR QUEM SOBROU COM TUDO ISSO. SERÁ PAIXÃO? FIQUEM DE OLHO.
ABRAÇO.

Ravena & A EndermyOnde histórias criam vida. Descubra agora