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O Sol batia em meu rosto, causando uma sensação muito agradável.

Abri os olhos e vi que estava em pé a apenas alguns metros de um banco de madeira.

Aquele lugar não me era estranho.

Depois de alguns segundos refletindo, lembrei que a algumas horas atrás, aquele mesmo lugar estava ocupado pelo garoto misterioso.

Então eu estava no sonho novamente...

Tudo parecia estar da mesma forma. As mesmas pessoas fazendo as mesmas coisas e vestindo as mesmas roupas.

Mas ele não estava lá.

Olhei em volta, na esperança de encontrá-lo em algum canto do parque, mas foi em vão.

Bufei. Por que as coisas nunca davam certo comigo?

Eu estava muito próxima dele, ai desapareci. Agora que tenho a oportunidade quem desapareceu foi ele.

Decidi que ficar me lamentando não ajudaria em nada, então dei mais alguns passos e me sentei no banco.

Fiquei alguns minutos lá, apenas olhando em volta e me perguntando o que teria acontecido se aquele garoto ainda estivesse aqui.

Me perdi em pensamentos, e quando notei, estava olhando para um carrinho de cachorro- quente, não um carrinho igual aqueles que vendem algodão-doce, um bem maior, um fast food móvel. Meu estômago roncou, e só então percebi que estava a um bom tempo sem comer.

Argh, a fome podia não existir não é? Quer dizer, isso é o Mundo dos Sonhos. DOS SONHOS, tudo pode acontecer, mas a fome ainda existe.

Levantei e caminhei em direção ao carrinho.

- Bom dia senhorita. – O vendedor gordinho falou, todo animado. – O que vai querer?

Só então percebi que eu não tinha o essencial. Dinheiro. Como eu iria comprar algo?

- Eu... Er...

- Ah, já entendi.- Ele disse, me cortando. – A senhorita não é daqui, é? Consegue falar o idioma? – Assenti.- Da onde a senhorita veio?

-Bom, eu vim daquele banco ali. – Apontei para o lugar que estava antes. Ele gargalhou.

- Não senhorita. Me refiro a sua cidade.

Uh, como poderia explicar isto para ele?

Então senhor, eu vim de outro mundo – Definitivamente – sou do Planeta Terra, já ouviu falar?

- Er... É um pouco longe sabe? Acho que o senhor nunca ouviu falar de lá.

- Quão longe, exatamente? – Suspirei. Antes de tudo eu precisaria saber qual a distância do meu mundo para este mundo. Ta, isso seria difícil.

Mas não precisei pensar muito pois no instante em que eu iria responder, ouvi passos se aproximando, e ao olhar para trás, me deparei com Amon.

Ele estava com uma camisa social simples e calças jeans – Nada muito chique - Mas havia algo nele que o diferenciava de todos.

Meu conselheiro sorriu e se aproximou de mim, o senhor da banquinha estava com os olhos arregalados quando os dois se cumprimentaram.

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2016 ⏰

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