Capítulo 15 - Uma perda de tempo

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Nunca pensei que ficaria tanto tempo longe do meu pai. Estava com muita saudade dele e decidi ir visita-lo.

- Amor, queria muito ver meu Pai hoje... Podíamos ir ?! - pergunto
- Podemos mas ele não está em casa agora!
- Sem problemas, eu tenho a chave.

Fui tomar um banho pra sair, quando eu estava quase acabando o Murilo entra no banheiro.

- Que isso ? Invasão?! Hahaha
- Ataque terrorista! - Diz ele abrindo a porta do box, entrando e me puxando pela cintura.
- Agora não Murilo, a gente tem que sair ... - Ele me prende mas tento me soltar.

Tentativa frustrada, a minha!

- Ah, não tem ninguém ... E outra, está cedo.. Vamos aproveitar!

Tá, a gente namorou um pouquinho antes de ir mas foi muito rápido!

Quando acabamos de tomar o "nosso banho", saímos e fomos nôs arrumar! Pequei um short jeans e uma regata rosa e para calçar peguei meu All star branco pôs AMO andar de tênis! Fiz um rabo de cavalo no cabelo e pronto!

Desci as escadas e Murilo estava à minha espera!

- Ue, está pronto à quanto tempo ?
- Tem alguns minutos... Vamos ?
- Vamos!
- , cade o motorista?
- Esquece o motorista, eu vou dirigir!
- Ai meu Deus! Socorro hahahaha - Brinco com ele
- Hahaha engraçadinha... Vamos logo.

Quando eu entrei no carro morri de medo pôs nunca tinha andado de carro com o Murilo. Mas até que ele não foi tão ruim, pensei que ia morrer mas não morri.

Chegando lá fico com um nervoso, um medo e quase um arrependimento. Estava com tanta saudade da minha casa. Pego a chave e abro, vejo que meu pai não trocou a fechadura. Entro e vejo que a casa está diferente, não tinha cor, beleza nem nada! Olhei os quadros nas paredes e vi que minha foto ainda estava lá. Subi as escadas e fui direto pro meu quarto, abri a porta e estava tão arrumado, tão limpinho... Será que meu pai arruma só o meu quarto?! Ai meu Deus.... Observo que está tudo ali, tudo em seus devidos lugares... Me sento na cama e deito, olho para o teto e lembro de como eu amava olhar o meu teto com um lustre prata que tinha. Sem sentir uma lágrima cai do meu rosto e não prendo as outras, começo a chorar com saudade dos velhos tempos. Mas não tenho saudade de ficar presa, de não ir à escola e de não fazer nada. Sinto saudade dos abraços do meu pai, dos dias em que comíamos pizza no sábado a noite, ou quando meu pai comprava filmes pra gente assistir... Que saudade! Porque eu fui fazer isso ? Se meu pai me visse agora nem sei o que pensaria. Mas eu vou ficar aqui até ele chegar!

Murilo estava olhando a casa toda, cada detalhe ele ficava mais impressionado com o tamanho da minha casa e do quanto eu era organizada. Ficamos deitados na minha cama até que escutamos um barulho lá em baixo.

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