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Acordei no outro dia com diversas dores pelo corpo. Me levantei da cama com dificuldades, e fui até o banheiro para fazer minha higiene. Chegando no mesmo me olho no grande espelho que tinha ali, nem havia notado a sua existência. Eu estava, em simples palavras, acabada.

Meu rosto estava com alguns hematomas e sangue seco, minhas pernas com arranhões, meu cabelo todo bagunçado, e a camisa do Jason, suja de sangue. Parecia que eu havia voltado da guerra, levado um choque na tomada, ou simplicidade, conhecido Jason Parker. Se eu for mesmo passar esses dois anos com ele, acho melhor contratar um plano de saúde.

Depois de fazer minha higiene e dar um jeito no meu cabelo, saio do banheiro e vou até o closet com a esperança de ter alguma peça de roupa, nem que seja uma camisa masculina. Parece que Deus ouviu minhas preces.

- Puta merda - digo assim abro o closet e vejo o mesmo, repleto de roupas, uma mais linda que a outra, vestidos, calças, shorts, blusas, diversas coisas, e com detalhe. Todas de marcas famosas e caras.

Volto para o banheiro com um sorriso no rosto. Minha vida podia estar uma merda, e esta mesmo, mas o importante é que tenho um closet digno de uma diva. Reparo que no banheiro tem diversos produtos femininos.

Ligo o chuveiro e o coloco no frio para ajudar a melhorar os hematomas. Pego a esponja e passo delicadamente pelo meu corpo, tirando todo vestígio de sangue e Jason que poderia existir ali. Lavo meu cabelo e termino meu banho. Faço um curativo novo no meu pé, não esta doendo tanto, mas ainda necessita de cuidados.

Vou para o closet, seco meu cabelo e faço um coque no mesmo. Em seguida, pego uma lingerie branca, short azul, com uma blusa branca de manga longa rendada branca, e uma sandália de couro. Visto a roupa e me olho no espelho do closet, e gosto do resultado. Quem saiba num futuro eu estude moda? Solto meu cabelo e ele fica com ondas lindas. Passo um pouco de perfume e saio do quarto.

- Dios mio! - uma empregada exclama assim que saio do quarto, e bato de frente com ela.

- Me desculpa, eu não vi a senhora - digo constrangida - me chamo Megan.

- Tudo bem menina - ela diz reconfortante.

- A senhora...

- Não! Nada de senhora, apenas Lucinda - ela me corta.

- Certo, Lucinda... - dou risada - você estava aqui ontem a noite, de madrugada pra ser mais exata?

- Estava sim senhora, porque? - Lucinda franze o cenho.

- Você ouviu alguma coisa? - se ela ouviu porque diabos não se intercedeu como todo empregado?

- N-não senhorita, eu não ouvi nada - ela olha por cima do meu ombro e fica rígida de repente.

- Lucinda? Está bem? - pergunto colocando a mão em seu ombro, e a mesma a tira rapidamente.

- Tenho que voltar ao trabalho, com licença - ela diz e sai rápido, de cabeça baixa.

Fico de boca semi-aberta, tentando entender o que havia acontecido para Lucinda ter saído assim. Olho para trás e vejo um Jason nada contente.

Ele desce as escadas e vai em direção a cozinha e eu faço o mesmo. Jason se senta na cadeira em frente ao balcão, e pega uma maçã. Eu olho para a mesa repleta de coisas de café da manhã, mas continuo em pé.

- Obrigada - falo depois de um tempo nos encarando.

- Por? - ele pergunta.

- Pelas roupas - digo.

- Não agradeça, você deve se vestir descendente agora, não como uma vadia - ele diz de boca cheia.

- Eu não me visto como uma vadia - digo tendo a paciência que eu não tenho.

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora