Dole três... Vendida!

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- Dois e meio - Benjamin disse, vejo que o homem que está ao seu lado, e fala alguma coisa em seu ouvido, e o mesmo nega.

- Puta que pariu Parker - o velho diz.

- Que foi Benny? - Benjamin pergunta sem olhar para ele.

- Você nunca veio a nenhum leilão, e já quer levar o diamante? - Benny zomba.

- Tudo tem uma primeira vez - Benjamin ri - não é mesmo?

- Claro, claro- Benny ri e cruza os braços se apoiando na cadeira.

- Precisamos continuar - Martin diz sem paciência.

- Qual foi o último lance? - Benjamin pergunta.

- Você deu o lance de dois milhões e meio - Martin responde.

- Dou três - Benjamin diz.

- Três e meio - Benny fala em seguida. Meu Deus.

- Quatro milhões - Benjamin coça o queixo - desiste Benny.

- Quatro e meio - Benny diz sério. Acho que isso já é uma disputa pessoal.

- Cinco milhões - Benjamin diz.

Eu estou perplexa, qual a finalidade de pagarem tanto por uma virgem? Ah claro, eu sou virgem. Olho para Emma e Melanie, às duas estam mais ao fundo, amabas de mão dadas. Se eu for 'vendida' para o Parker, não irei mais encontra-las, se eu for 'vendida' para o Benny, não faço a mínima ideia do que irá acontecer.

- Ai caralho - Benny passa a mão no rosto - seis milhões.

- Seis milhões é o lance final?... Dole uma... Dole duas... Dole três... Vend...

- Oito milhões - Benjamin diz.

- Só pode estar brincando - Benny ri sem humor.

- Oito milhões - Martin repete com um puta sorriso no rosto. Que nojo. - Alguém da mais?

Ninguém mais se pronúncia. Benny desiste e vou ser 'vendida' para Benjamin Parker. Esse homem deve ter o que? Uns 45 anos?

- Megan Foster, vendida para o Sr. Benjamim Parker, espero que aproveite muito essa linda jovem - Carlos diz.

- Bom senhores, espero que tenham gostado da noite de hoje, teremos uma festa de comemoração na minha boate - Martin diz aos presentes ali - apenas para os convidados.

- Peço que fiquem aqueles que arremataram essas belas jovens - Carlos diz.

Rapidamente todos sairam dali, seguidos por seus seguranças. Ficaram apenas os homens que nos compraram, então fomos para uma sala localizada ao lado do galpão.

Havia algumas cadeira no local, e uma mesa grande de madeira, haviam diversos papéis em cima dela. Os homens se sentaram nas cadeiras, e atrás deles seus seguranças. Eu e as meninas ficamos encostadas na parede.

- Eu acho que vou surtar - Emma sussurra.

- Eu já surtei - Melanie diz.

- Vamos ver pelo lado bom - Emma começa mais logo a corto.

- Não existe lado bom nisso - digo sem nenhuma emoção.

- A gente não vai mais se ver? - Melanie pergunta.

- Creio que não - respondo - mas vou tentar a todo custo voltar pro Canadá.

- Tente fazer qualquer coisa do tipo e sua mãe morre - Carlos surge na minha frente, ameaçando - você não sabe com quem está lidando garota, então é melhor se comportar. Isso serve para as duas.

Concordei com a cabeça e Carlos saiu, mas continuou de olho em nós. Martin começou a dizer algumas coisas para os homens, porém não prestei atenção. Melanie e Emma estavam quietas, assim como eu.

- Como já estamos entendidos, vamos acertar o pagamento - Martin diz se sentado na cadeira.

- Sr. Kalil, 450 mil dólares por favor - Carlos fala e logo um segurança leva uma maleta prateada para a mesa, Martin abre a mesma e confere as centenas de notas de dólares e fecha a maleta em seguida.

- Sr. Tonner, 570 mil dólares - Carlos diz e o mesmo procedimento anterior, se repete.

- Agora Sr. Parker, oito milhões de dólares - Martin diz com um sorriso no rosto.

Um seguranças aparecem com duas maleta grandes na mão. Ao abrir-las, Martin deu um suspiro e acenou com a cabeça para Parker. Carlos entregou um papel para cada um deles, que assinaram e devolveram para Carlos, deve ser a uma nota fiscal ou qualquer coisa do tipo.

- Agora que já acertamos o pagamento, podem levar a suas garotas. - Martin diz e olha para nós.

Olho para as meninas apavorada, não sei como reagir. Isso é uma despedia? Nós veremos de novo? Droga. Seguro as lágrimas e dou um abraço apertado nelas, sussurrando um 'eu te amo', o qual não dura muito, já que Carlos nos puxa pelo braço.

- Se comportem, estamos de olho na família de vocês - Carlos diz e ficamos em silêncio.

Emma e Melanie levada pelos seguranças dos rapazes que as 'compraram' e em seguida, Benjamin vem ao meu encontro.

- Vamos logo, já passei tempo de mais aqui - ele diz e sai em direção a saída, e eu o sigo.

- Se comporte docinho! - Martin diz alto, mas não olho para trás.

Sigo o Benjamin até seu carro, atrás tem diversos outros de seus seguranças. Ele entra no seu carro, e liga o mesmo. Não sei em qual carro eu vou então fico parada no meio daquele lugar.

- Entre criança, não tenho a noite toda - ele bufa.

Faço o que ele disse, entro no carro no banco do passageiro, logo Benjamin arranca com o carro dali, somos acompanhados por uma frota de carro na frente e atrás.

Meus pensamentos estão uma bagunça, parte deles estão com as meninas, outra parte com a minha mãe, e uma pequena parte, no meu futuro. Será que eu vou ter que me prostituir? O que será que esse cara planeja para mim?

- Você me custou muito caro, criança - Benjamin diz sem olhar para mim, e eu faço o mesmo - espero que não me dê trabalho.

- O que você irá fazer comigo? - pergunto com a voz um pouco rouca.

- Tenho muitos planos pra você - ele diz sorrindo de lado, e um arrepio me sobe a espinha.

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora