Capítulo 6 - A Carta...

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Já fazia duas horas que dirigia sem rumo. Estava anoitecendo e minhas pálpebras já estavam pesadas de cansaço. Minha mente estava desligada do mundo, nem reparava nos zumbis ao meu redor. Eles estavam tentando me seguir, mas estava tão rápido que fazia eles darem voltas.


As minhas mãos estavam amortecidas no volante, seguindo a avenida sem fim que com certeza ligava a uma cidade abandonada ou a Capital. Me contorcido no banco e respirei fundo. Olhei para o horizonte das montanhas e avistei uma construção.


Era um retângulo de concreto grande que parecia um topo de um prédio. Eu acelerei mais o carro para poder chegar lá rapidamente. Um sorriso se abriu na minha boca animadamente...


******


Me sento na poltrona empoeirada de uma casa da cidade abandonada. Foi muita sorte não encontar nenhum zumbi escondido nas sombras.


Uma taça de vinho pousava na minha coxa direita, eu não tinha bebido nenhum gole, só estava encarando ela como se ela fosse me dar alguma resposta. Eu a levanto na altura do nariz e cheiro a bebida.


O cheiro forte de álcool invade meu nariz fazendo eu espirrar, o espirro sai preso. Eu tomo coragem e bebo goela a baixo o líquido meio roxo meio avermelhado, faço uma careta de nojo.


Pego a garrafa do meu lado e bebo mais no bico. Estava tão cansada que eu conseguiria dormir em poucos segundos. Olho para a lareira e vejo as fotos de família nos portas-retratos.


Uma foro havia uma família sorridente vestida de forma bem formal, outra num almoço em família, já vestidos de maneira mais confortável. Uma foto de uma menina e do lado da foto havia uma folha.


Me levanto e pego a folha.


Era uma carta.


Comecei a ler:



" Querido Desconhecido...


Se você está lendo isso, já teremos ido para Legiia, estamos desesperados para encontrar esse maldito lugar.


Desde que esse vírus foi informado nos teles jornais, a vida na Terra está impossível, pessoas desesperadas por comida suprimentos gasolina para fugir para a Capital. É um verdadeiro inferno!


Não sei se conseguiremos sobreviver... As crianças estão com muito medo destes ronronares lá fora. Estão perguntando desesperadamente o que está acontecendo e não sabemos o que dizer...


Eu não quero parecer desesperada para eles... Mas não dá!


É como se eu estivesse mentindo para eles...


Sabe eu ach"



A carta termina incompleta como se ela estivesse esquecido da carta, ou talvez eles foram atacados por zumbis... Eram várias possibilidades. Uma diferente da outra.


Por um tempo me esqueci dos meus problemas e me perguntei onde está família estaria agora, na Capital? Mortas? Balancei a cabeça afastando tais pensamentos sobre isso e me consentrei em fazer um plano para conseguir sair dali.


Como sairia de um lugar onde é cercado por zumbis? Era praticamente impossível!


- Mas... Nada é impossível para mim.- murmurei para ninguém.


Me sentia encurralada em meus próprios pensamentos. Eu não tinha nada para fazer a não ser vistoriar a casa novamente. Olhar na garagem se tinha alguma coisa de útil. Um taco, facas, armas em particular.


Me apressei para a garagem quando tive a ideia, mas primeiro peguei meu machado. Passei pela porta da cozinha e vi a porta de madeira que dava para a garagem. Empurrei-a para frente e ela abriu num rangido. Eu tateei na parede para acender o disjuntor. O acho e ascendo a luz e olhos para os lados.


Limpo. Pensei.


Então deixo o machado encostado na parede e vou ver as prateleiras cheias de caixas. Como nessa região tem vários bosques, com certeza teria equipamentos de caça por lá, munições e espingardas, mas espingardas eram muito barulhentas então não valeria a pena arriscar, já que zumbis eram atraídos por barulhos altos.


Peguei uma caixa empoeirada e a coloquei no chão bufando por causa do peso. Me ajoelho de frente para a caixa e remexo os objetos.


Acho um taco de beisebol, uma faça de cozinha, uma tesoura, uma corda de hipismo, e as outras tralhas coloco de lado. Pego outra caixa e me deparo com munições de vários tipos. De Rangers, de 12, de espingardas e outros. Pego as de doze e coloco na pilha de coisas que achei.


Paço a mão na testa suada e suspiro. Estava tão cansativo ficar sozinha só com o silêncio e os zumbis solitários caminhando por aí procurando uma refeição inofensiva.


Pego mais uma caixa e remexo mais até passar minutos e horas...



******



Pego a mochila que acho em uma das caixas que estava cheia de utensílios que seria necessários e fui para ir embora de lá e fui para a sala. Pego meu machado e vou para a sala. Me sento na poutona e respiro fundo.


Fecho meus olhos e os abros novamente, me fixando na lareira, e percebo algo... A carta não estava mais lá... Me levanto brutalmente e ando em passos pesados até lá e procuro por todos os lados mais nada do papel.


De repente ouço um barulho no porão, alguma coisa sendo derrubada. Me assusto e vou ver o que era. Pego meu machado novamente e ando devagar até a porta do porão. Eu pego a maçaneta e viro e abro a porta e vejo a figura feminina se virando para mim...

Live Next To Living Dead [Em Pausa!]Onde histórias criam vida. Descubra agora