C A P I T U L O XX

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¤Violet

Tentei conversar com meu pai, mas ele não me deu escolha. Terei que morar com ele e Anne por tempo indeterminado, até Harry ser preso.

Eu passei uma semana inteira no hospital. Me recuperando, tomando soro e descobri que também fizeram uma transfusão de sangue, porque eu havia perdido muito.

Eu não lembro de muita coisa, mas meu pai disse que eu fui encontrada escostada em uma árvore abraçando meu próprio corpo. Ele disse que quem me encontrou foi um caçador que havia por ali e que estava caçando cervos, ele não me ouviu gritar, então não se sabe a quanto tempo eu estava ali. Ele me levou para um hospital e assim todos descobriram onde eu estava.

E sim, como eu disse, fiquei muito doente, ainda estou meio grogue principalmente graças aos remédios, mas vai ficar tudo bem.

Meu pai para o carro em frente a casa que ele mora hoje com sua esposa Anne. Fica quase na fronteira de Holmes Chapel, mas Holmes Chapel é minúscula, então só demoramos alguns minutos do hospital até aqui.
Meu pai abre a porta pra mim e me ajuda a descer já que eu estava com a perna enfaixada. Olho para a casa, ela é bonita, tem um estilo vitoriana, dois andares, com detalhes de madeira.

Meu pai coloca a mão nas minhas costas me guiando até a entrada.
Entramos e meu pai sobe para deixar minha mala em um dos quartos.
"Otto?" uma voz feminina chama pelo nome do meu pai e logo uma mulher vem da cozinha.
Por um momento vejo que sua aparência me é familiar. Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo e ela estava com um avental amarrado na cintura. Sorri simpática para mim e seus olhos verdes brilham.
"Você deve ser Violet, certo?" Ela pergunta e eu assinto "Onde está Otto?"

"Subiu para deixar minha mala no quarto."

"Ah sim..." assente em compreensão."Chegou bem na hora do almoço. Venha cá" ela segura meu braço e me ajuda a ir até a mesa de jantar.

Como não tenho muita utilidade Agora, a vejo colocar as coisas sobre a mesa sem poder ajudar e logo em seguida vejo meu pai descer. Ele se senta ao meu lado

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Assim que o jantar acaba, Anne insiste que eu na poderia subir para o quarto e assim faço. O quarto não tem nada demais. Só uma cama de solteiro, uma janela na qual se dava pra olhar os fundos da casa, um guarda roupa encostado no canto e uma tv. E o quarto era todo em tons de bege e lilás. Muito aconchegante.

O que dizer sobre Anne? É um amor. Meu pai e ela estão juntos a 11 anos e eu me recusava a conhecê-la. Ele morou uns anos sozinhos antes de vir morar com ela e foi nessa época que moramos juntos, logo ele se mudou e eu fiquei com a casa, sozinha.

Olho através da janela observando o horizonte avermelhado graças ao entardecer. Ainda estava muito, muito frio e as previsões apontavam que a neve viria hoje de madrugada. Então terei de estar nem preparada para o frio.
Olho para a rua e ela já se encontrava vazia, um calor sobe pela minha nuca e uma sensação estranha se apodera de mim. Essa sensação só senti uma vez, então logo me toco. Ele está me observando.

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Eita cuzao ashuahsuahsua

Scare {H.S} EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora