C A P I T U L O XXVIII-Penúltimo

4.2K 405 177
                                    

Coloquem a música.

¤Violet

Espero Harry levar meu pai para dentro e espero estar completamente sem tremores ou algo do tipo. Entro la mas não vejo ninguém.
"Harry?" o chamo receosa.

"No quarto de Gemma" ouço-o falar e sigo até o quarto de adesivos colados na porta. Respiro fundo algumas vezes antes de entrar.

Vejo meu pai desacordado sentado em uma cadeira, sem camisa e Harry ainda amarrando seus braços.

"Fique atrás dele, ele não irá te ver assim." Harry fala e o obedeço ficando atras do meu pai, me sento no chão e espero que ele acorde. Meu coração bate tão forte que sinto como se fosse escapar pela minha boca.

Não demora muito para o que eu o escute balbuciar "Harry?"

"Olá, Otto." Harry diz com aquele sorriso sádico que faz os pelos da minha nuca arrepiarem.

"Onde está, Violet? O que fez com minha filha?!" Ah papai.... Ele está realmente preocupado comigo. Não posso suportar e seguro para não levanta-me.

"Violet? Ah sim, sei. Você já experimentou como ela é doce? A melhor coisa que já provei, agora sei o porquê de você ter feito isso com Gemma."

"Seu porco!" meu pai murmura deaconcertado e vejo Harry desferir um soco sobre seu maxilar.

Mordo o interior da minha bochecha e mantenho o grito que se forma na minha garganta.

"Cala a porra da boca. Porco é você, aproveitou que eu fugi para poder fazer seu trabalhinho sujo não é mesmo?"

"Ah sim... A muito tempo eu não vivia. Quanta falta eu senti." meu pai responde com astúcia e sinto meu estômago revirar. "Eu vivi com um assassino a minha vida inteira. A quem chamei de pai." cubro a boca com a mão para abafar o soluço quando meus olhos se preenchem com as lágrimas.

"Imundo!" Harry grita desferindo- lhe outro soco. "Não sabe o quanto eu esperei para poder acabar com você."ele murmura entre dentes e volta a lhe desferir vários socos.

Os resmungos do meu pai me trazem náuseas e abraço meus joelhos soluçando, não querendo estar mais nesse lugar. Eu só quero ir para casa, quero meu pai de volta, um pai bom.

"Violet?" ouço-o sussurrar e agarro mais as minhas pernas. "Violet, você está aqui? Querida, por favor..." sinto o desespero na sua voz e a única coisa que sinto em relação a isso é nojo. Ele molestou 35 mulheres tendo filha e esposa em casa. Como foi capaz? E ainda culpou um garoto inocente?

Me levanto do chão e caminho até estar ao lado de Harry. Me sentia envergonhada, enojada por ter um homem assim como pai. Abraço o corpo do Harry e escondo o rosto, como uma criança perdida que acabou de se perder dos pais.
"Violet, se afaste desse homem!" o desespero evidente os olhos dele me faz apertar mais a cintura de Harry.

"Eu tenho de me afastar de você!" grito de volta amargurada e meu pai me olha assustado, o medo da rejeição evidente no seu olhar. "Como pode fazer isso? Você tinha uma filha em casa! E matou filhas, sobrinhas, parentes de outras famílias!"

"Violet, eu..."

"Eu ouvi tudo, Otto. Você me enoja e ainda por cima culpou Harry, que não tinha culpa."
Agora sim eu o via sem palavras, mas eu não o escutaria de qualquer forma. Solto-me de Harry e cambaleio para fora do quarto, me apoio na parede buscando manter equilíbrio e desço para o andar de baixo.

Me sento no sofá abraçando meus joelhos e esperando que tudo isso acabe. Rezando para que tudo seja apenas um pesadelo, implorando para que se existe um Deus, ele me escute, escute minhas orações.

Após mais uns segundos de gritaria a casa se silencia brutalmente e a angústia me toma conta. Não sei se isso deve me preocupar ou não.

Logo Harry desce parecendo atordoado, havia manchas vermelhas na sua camisa e isso faz com que eu arregale os olhos e imagino todas as piores cenas.

"Suba para o quarto, Violet." ele murmura para mim sem me olhar.

"Harry, eu..." tento lhe dizer que não estava pronta, que não queria ver o que me esperava la, mas ele me corta.

"Suba." Ele ordena e obedeço rapidamente.

Abro a porta e juro que sinto o gosto da bile subir na minha garganta, a dor em meu peito queimava e minha respiração se tornava pesada, a imagem a minha frente me deixava enjoada e queria gritar, gritar até ficar sem voz. Mas não o faço.

Aperto os olhos sentindo as lágrimas descerem enquanto olho para o corpo do homem que chamei de pai, agora sem vida, com uma quase cratera no meio da testa, comprimo os lábios numa tentativa desesperada de conter o choro e vejo o chão ensangüentado.

Quando menos espero mãos me empurram para dentro do quarto fazendo com que eu caia sobre a poça ainda quente de sangue. Grito se me afasto rapidamente para correr para a porta, mas a mesma se fecha com brutidão.

O desespero ainda presente, meu coração batendo forte sob minhas costelas, como se pudesse quebra-las, o pavor, o medo, o arrependimento e um único pensamento.

"Estou perdida."

--------------------
Então aqui estamos... Penúltimo capítulo, to nervosa. O último só sai amanhã ou depois, nem mais nem menos. Estou nervosa meninas. Se eu fizer uma segunda temporada irão me apoiar? Irão acompanhar? Não me deixem no vácuo...

O nome da música é Impossible. Mas o nome da cantora To com preguiça de ver como escreve ahsuagsua. Enfim, boa tarde.

Scare {H.S} EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora