Otávio retorna a Nova York

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Heitor narrando:
    Eu não acredito que acabei contando minha vida inteira para aquela psicóloga, eu nem a conhecia direito e já estava que nem um idiota desabafando com ela, coisa que eu não costumava fazer com ninguém. Mas, confesso que algo mudou em mim depois que conversei com ela, me senti aliviado, como se um peso enorme tivesse saído das minhas costas. Será que posso confiar mesmo nessa tal de Érika? Meu Deus, ao invés de meu primo me ajudar está me enfiando no consultório dessa mulher, que nem sei se é mesmo de confiança.

Érika narrando:
  Cheguei em casa e não conseguia pensar em outra coisa senão no Heitor e em tudo que ele havia me contado, agora as peças desse quebra-cabeças começavam a encaixar-se e tudo fazia sentido, eu estava compreendendo o Heitor e todo o seu sofrimento. Dessa forma seria mais fácil ajuda-lo e continuar com o tratamento.

Passados três dias depois que Heitor havia ido em meu consultório, eu estava andando pela rua quando esbarrei em alguém, abaixei-me para pegar algumas folhas que haviam caído no chão, quando levantei fiquei surpresa ao ver que era Otávio, nós estudamos juntos no colégio e admito que era apaixonada por ele na época, logo disse:

- Otávio! Que surpresa! Como vão as coisas?

- Eu que estou surpreso, quanto tempo Érika! Estou bem e você?

- Ótima. E você está morando aqui novamente?
Assim que saiu do colegial Otávio morava na França com seus pais.

- Pois é, estou de volta. 

- Que bom.

- E ai topa sair comigo hoje? Para conversarmos um pouco.

- Aceito sim, que horas e onde?

- Oito horas, passo na sua casa para irmos jantar pode ser?

- Ok então, até logo!

Faltava dez minutos pra às oito e eu já estava pronta esperando pelo Otávio, coloquei um vestido preto de mangas compridas e decote em V, e um sapato preto também, soltei os meus longos cabelos castanhos e fiz uma maquiagem leve. Estava sentada no sofá conversando com a minha mãe quando o Otávio chegou, entrou e me entregou um lindo buquê de rosas brancas, logo em seguida cumprimentou a minha mãe e então fomos jantar.
Chegamos em um restaurante italiano muito elegante, ainda bem que estava com uma roupa adequada. Entramos nos sentamos e começamos a conversar:

- E ai? O que quer comer?

- Acho que macarronada ne?
Ele riu e pediu a macarronada mais famosa do restaurante mais famoso da cidade.

-Então o que achou das flores?

- Ameeeei! São muito lindas, esqueci de lhe agradecer.

- Por nada.
Disse colocando a sua mão em cima da minha, e eu logo a retirei, ele estava indo rápido demais, mau tinha nos reencontrado e só aceitei o convite porque estava precisando me distrair.

- E você? O que fez tanto tempo fora da cidade?

- Me formei em arquitetura, estou com uns projetos aqui e então voltei.

- Ah sim, esqueci que você sempre foi o melhor desenhista da sala.

- Pois é.
Riu timidamente.

Comemos a macarronada, e de fato estava muito boa mesmo.  Conversamos um bom tempo e chegamos em frente a minha casa e como um verdadeiro cavalheiro ele abriu a porta do carro para mim, nos despedimos e ele foi embora, foi bom ter saído com o Otávio, eu estava tensa e precisava mesmo de alguém para conversar.

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