Sem fugas

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Capitulo 8

Jonas

Desde ontem à noite eu fiquei muito ansioso, mal consegui dormir, nem comer. Tentei entrar no facebook, mandei uma mensagem para Lana dizendo que tínhamos que conversar. Ela visualizou e não me respondeu. Ótimo, ela vai fugir!

Respondi algumas mensagens no whatsapp que a Lorena havia me enviado e fiquei o restante todo do tempo aqui pensando nela. Na Lana!... Bendita seja Lana que tem o poder de mexer desse jeito com a minha estrutura. Fugi tanto tempo por consciência pesada por desejar a namorada do meu amigo morto e acaba que volto ao ponto de partida e continuo a desejando. A desejo como antes ou mais que antes, como se os anos tivessem sido só um adubo para o que eu sentia. Que porra! Não quero mais pensar nela. Vou mandar uma mensagem para Vic perguntando se ela esta em casa, se posso ir lá conversar, preciso desabafar com a minha irmã. Mandei e ela me respondeu de imediato.

Estou, e Lana também! ;)

Tudo bem, eu não iria mais pensar nela eu iria vê-la!

Na verdade fiquei mais um tempo pensando se ia ou não. Eu já tinha conversado com Vic e Nicolas, sabia o que eles pensavam sobre tudo isso. Mas será que era uma boa ideia investir nessa historia, ambos já tínhamos nossas vidas prontas. Apesar de que a minha vida amorosa não existia, eu e Lorena éramos só sexo, não existia um relacionamento.

Quer saber? Eu vou lá! Preciso falar com ela sobre o beijo, saber o que ela pensa disso tudo.

Segui para a casa da minha irmã e quando cheguei e ia bater na porta, minha irmã abriu e dei de cara com a Lana. Meu Deus! Como ela é linda. Senti um arrepio no corpo todo só de olha-la. Minha mente viajou longe pensando em tudo que podia fazer com esse corpo perfeito na minha cama. Ela estava vestindo um short curto jeans que ressaltava bem o quadril e as pernas grossas que ela tem. E essa boca! Já imaginei eu a beijando sem parar. Eu estava hipnotizado, até que a voz da minha irmã me tirou do meu devaneio.

Vic, sugeriu que eu levasse Lana em casa, vi que ela ficou desconfortável, mas eu não podia deixa -la fugir. Prontifiquei-me a leva-la e ela aceitou.

Saímos em direção á rua e indiquei que fossemos pela a praia que era mais tranquilo. Ela aceitou. Seguimos andando devagar na areia ela segurando a sandália na mão e eu o chinelo. Havia um silencio constrangedor entre a gente. Até que decidi quebra-lo, porque não aguentava mais ficar ao lado dela sem ouvir sua voz.

- Esta gostando da estadia em Cananéia?

-Sim, está sendo ótimo voltar para casa. Agora tenho a certeza que demorei demais a voltar.

-Eu também sinto o mesmo.

-Vai ficar quanto tempo?- Perguntei de imediato, tentando não deixar o silêncio tomar conta de novo.

-Ainda não sei, por enquanto vou ficar por tempo indeterminado. Estou trabalhando a distância. E você?

-Também não sei, estava há um tempo sem férias, avisei meu superior que precisava resolver umas coisas e não tinha data para voltar. Amo trabalhar no Médicos sem fronteiras, mas chega uma hora que realmente cansa ver tanta gente doente. Sem contar o quanto de gente vimos morrer com o vírus Ebola. Por isso pedi um tempo. Quando vi o convite para a festa de ex-alunos foi um gancho para me tirar de lá, precisava descansar e matar a saudade da família. E trabalhei horas seguidas, sem descanso no combate ao Ebola. Foi fácil conseguir esse tempo de descanso com meu superior.

- Que bom! Já eu, meu chefe depende mim, me deixou sair do escritório desde que trouxesse escritório comigo. – Rimos, queria saber se ela tinha alguém lá na capital, mas não sabia como eu iria entrar nesse assunto. Então ela perguntou primeiro.

DEGUSTAÇÃO Um destino para doisOnde histórias criam vida. Descubra agora