Daniel acorda caído no chão num lugar estranho, parece uma casa pequena e abandonada e está toda destruída, as paredes estão quebradas e com vãos abertos nos lugares onde deveriam estar às portas e janelas, o chão é todo de terra batida só com alguns pontos onde ainda tem partes do piso de concreto e o local esta tomado pela vegetação. A casa não tinha telhado por isso dava pra ver o céu olhando para cima, era de dia, mas estava um pouco escuro porque era um dia nublado.
Daniel levanta meio desnorteado, ele não sabe que lugar é aquele e muito menos como veio parar ali. Ele fica parado em pé de frente ao vão do que seria a porta do lugar, tenta olhar pra fora, mas a vegetação parece bem alta do lado de fora, não da pra identificar nada ao redor então ele decide sair.
Daniel sai pela porta, anda até sair do terreno e chega numa rua. Ele percebe que as outras construções as margens daquela rua também estavam destruídas como em um filme de guerra, ele olha pras duas direções da rua, mas não vê ninguém, não passa nenhum carro e também não tinha nenhum estacionado, o lugar estava deserto.
—Que lugar é esse, onde é que eu tô? —olhando em volta Daniel não consegue reconhecer nada daquele lugar, parecia ser uma cidade pequena com muita vegetação em volta.
—Como é que eu vim parar aqui?
Não avia outras ruas cruzando, olhando pros dois lados aquela era a única rua que passava ali e ia direto em ambas as direções até aonde a vista alcançasse.
Daniel escolhe uma das direções e começas andar pra ver se encontra alguém, a direita de onde ele estava parecia ter mais casas por isso ele decide ir por ali, ele anda até o final da rua e descobre que ela não tem saída, a rua acaba num lugar com muita vegetação e algumas árvores altas, parecia o pé de uma serrá, tinha uma cerquinha de arame, mas estava rebentada talvez foce uma reserva ambiental ou a fazenda de alguém e tinha uma trilha que subia direto em direção ao matagal, mas Daniel não quis ir por ali porque ele estava atrás de civilização, seguindo pela trilha não parecia que ia encontrar ninguém e também não queria arriscar ficar ainda mais perdido.
—Acho que é melhor não ir por aqui, não parece muito seguro, mas também não tô muito a fim de voltar esse caminho todo!
Daniel olha em volta e vê uma passagem estreita entre duas casas, o beco era apertado mal cabiam direito duas pessoas juntas.
—Talvez eu consigo cortar caminho por ali.
Ele decide entrar no beco, assim que passa pela entrada sente a presença de um vulto passando atrás dele, ele se vira, mas não vê nada.
—Que foi isso? Acho que foi só impressão minha.
Ele continua andando, da mais alguns paços e sente de novo o vulto passar atrás dele, se vira rápido e de novo não vê nada, ele fica um tempo parado olhando na direção de onde veio tentando entender oque aconteceu.
—Que estranho, não sei se tinha mesmo alguém ali ou é só impressão minha, mas acho melhor sair logo daqui.
Quando se vira de novo pra continuar andando, um braço enorme de sombra surge na frente dele refletido no muro do beco, a mão de sombra parece tentar segura-lo e Daniel por instinto salta pra trás mais que depressa, em seguida os muros do beco ficam totalmente tomados por sombras com Silhuetas humanas que se agitavam, sumindo e reaparecendo sem parar. No meio daquela agitação de sombras da para ouvir um som estranho bem baixinho que parece com um choro ou gemido.
Daniel acha aquilo tudo muito bizarro, ele fica um pouco assustado e trata de sair logo daquele beco. Saindo pelo outro lado ele chega numa rua maior, as casas eram maiores e melhores que as da outra rua, mas também estavam em ruínas e as sombras das pessoas continuavam aparecendo refletidas nas paredes das casas e no asfalto, mas num ritmo menor e o som estranho tinha ficado distante, quase não dava mais para ouvi-lo.
Daniel anda acelerado por aquela rua, ele quer dar um jeito de sair logo daquela cidade, nas janelas das casas destruídas e escondidos nas sombras entre os destroços ele vê vultos parados como se tivessem o observando, mas não consegue identificar se são mesmo pessoas, até que finalmente se depara com um rosto que para ele é familiar.
A alguns metros à frente de onde Daniel estava avia um homem parado no meio da rua, Daniel cauteloso, para quando vê que tem alguém logo à frente, o homem permanece imóvel e de cabeça baixa, ele olha atentamente para o individuo tentando descobrir quem é e oque estava fazendo ali, até que finalmente consegue perceber que aquela pessoa era alguém que ele conhecia.
—Ãh?Professor? Ei professor, que lugar é esse? O que a gente tá... —O homem levanta rosto e olha na direção do garoto, seu olhar é sério e parece um pouco sonolento, em seguida o homem se vira e começa a andar entrado numa rua próxima.
—Ei professor, espera ai —Daniel corre para tentar alcança-lo, quando faz a curva e chega na rua que o homem entrou não consegue ver para onde ele foi, a rua não era diferente das outras, era mais fina, mas as casas ao seu redor também estavam em escombros, ele começa a andar pela rua olhando para os lados e chamando pelo homem até que em certo momento percebe que as sombras estranhas tinham parado, depois se da conta que elas sumiram no mesmo momento em que o professor apareceu.
Ele anda apressado, continua chamando pelo nome daquele homem que tinha certeza ser seu professor, ele não sabia se o homem seguiu reto ou entrou em algum lugar, na verdade ele estava um pouco confuso, a distancia entres eles não era tão grande assim, mas assim que entrou naquela rua pereceu que o homem simplesmente desapareceu como se nem tivesse entrado ali.
Daniel continua procurando, ele anda mais alguns metros naquela rua olhando para todos os lados até que uma visão aterrorizante faz ele parar, avia algo sombrio parado no meio da rua, mas não era um vulto numa janela, muito menos sombras refletidas na parede, a criatura está parada de pé da mesma forma que o homem estava antes, a distância entre eles não é muito grande, mas mesmo assim Daniel não consegue identificar oque Aquilo é, nitidamente não era um ser humano, mesmo num lugar a céu aberto a criatura se parecia um vulto como se na verdade seu corpo fosse todo feito de sombras.
A criatura tinha uma aparência humanoide, mas era maior que um humano comum, Seu corpo exala uma fumaça negra que parece ser do que ele na verdade é feito e o que parece ser seu braço direito é bem mais comprido que o esquerdo, quase toca o chão.
Daniel vê que a criatura não demostra qualquer reação e sem pensar duas vezes da meia volta para correr pra bem longe daquela coisa, mas é em vão e seu coração é tomado pelo terror, ao se virar e ser surpreendido pela criatura que já estava na sua frente a pouco mais um metro de distancia, como se a criatura simplesmente tivesse teleportado para aquele lugar.
Daniel fica paralisado com a sena e vê a criatura levantar seu braço mais longo bem lentamente, ele percebe que vai ser atacado e consegue recobrar a consciência antes de levar o golpe, ele sai correndo desesperado sem nem pensar direito pra onde fugir, olha pra trás tentando ver se está sendo seguido, mas a criatura nem se mexe, continua parada no mesmo lugar, ele entra na primeira rua que vê e depois atravessa pelo quintal de uma casa tentando despistar a criatura, quando sai pela rua de trás a criatura já estava lá parada, ele corre pro outro lado e entra em outra rua, quando passa por um cruzamento vê a criatura de novo parada no meio da rua que cruzava com a que passava, ele continua correndo e a criatura de novo não demostra nenhuma reação.
—Que droga, oque é essa coisa, porque tá atrás de mim e como é que ela consegue aparecer na minha frente desse jeito?
......
Bom, fim do primeiro trecho, tive que me segurar para não postar o capítulo inteiro, diz ai oque vocês acharam, futuramente posto os outros trechos.
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Mundo em Ruínas (trechos)
Mystery / ThrillerA muito tempo atrás na era medieval criaturas sombrias abitavam nosso mundo e traziam terror para os humanos, uma poderosa ordem de magos criou um plano para erradicar essa ameaça, abriram um portal para um outro plano chamado mundo em ruínas e atra...