Os Corpos

35.9K 2.9K 3.2K
                                    

Hey pessoal, eu decidi postar mais cedo porque esses dias eu ando tão criativa e com vontade de escrever, por esse motivo estou escrevendo rapidamente meus capítulos (mas confesso que toda a repercussão e comentários da história estão me instigando demais) hehehehe 

Já fizeram suas apostas para o que vai acontecer nesse capítulo?

Para o capítulo de hoje eu sugiro as músicas: The Life da Fifth Harmony, You're Such A e depois Love Myself da Hailee Steinfeld.
Boa leitura:  


Estico minhas pernas e suspiro satisfeita com todo o espero que tinha em minha cama, eu não dormia tão bem como na noite passada desde que minhas provas haviam começado. Puxo o travesseiro que sempre ficava do lado e abraço o mesmo, sorrindo contra a fronha cheirosa. Não consigo evitar de franzir o cenho ao sentir um cheiro de amaciante diferente, minha mãe sempre usava o com cheiro de lavanda.

Abro meus olhos e encaro o teto, piscando mais vezes que o normal para me acostumar com a claridade que parecia mais insuportável que o normal. Passo a mão em meus olhos e afasto o edredom, me sentando na cama e me espreguiçando o máximo que consigo, se minha mãe ainda não havia me chamado era porque eu havia acordado antes do normal.

- QUE PORRA. – Berro assustada quando finalmente abro meus olhos.

Rapidamente me levanto da cama e caio no chão quando o edredom enrosca no meu pé. Eu não estava no meu quarto. Com medo de ter sido raptada e não conseguir me lembrar de nada, me levanto o mais rápido que consigo e corro em direção a primeira porta que eu vejo, abrindo a mesma e me trancando lá dentro.

O grito que eu soltei quando acordei poderia ter sido alto, mas não tão alto quanto o que soltei quando vi meu reflexo no espelho. Eu não conseguia parar de gritar e podia sentir minha cabeça latejando de dor. Só conseguia tocar o meu rosto e encarar horrorizada para o espelho, sem saber o que dizer, apenas querendo acordar daquele pesadelo horrível.

- O quê? O que é isso? – Toco meu rosto, ou melhor, o rosto de Lauren – Ai meu Deus, isso não é meu. – Toco o nariz – E isso definitivamente não é meu! – Encaro os peitos dela, que definitivamente eram maiores que os meus.

- Lauren? – Arregalo os olhos – Querida, está tudo bem? – Continuo muda, Lauren não estava ali.

- E-Eu e-estou bem. – Toco o meu pescoço ao ouvir minha voz mil vezes mais rouca.

- Tem certeza? Sua irmã e eu escutamos alguns gritos! – Apoio minhas mãos no espelho e me curvo o máximo que consigo, para ter certeza que aquilo não era uma maquiagem extremamente bem-feita.

- Estou bem, só me deixe sozinha. – Falo apressadamente.

- Oh... tudo bem, qualquer coisa me chame. – Ignoro completamente a voz da mulher e dou um tapa na minha testa, sentindo doer no mesmo momento.

- PORRA. – Rosno – Que merda. – Sinto meus olhos arderem e as lagrimas começarem a rolar sem que eu tenha controle – Não não não não não, isso não pode estar acontecendo, isso é apenas um pesadelo idiota. – Passo a mão pelos cabelos e sinto as mechas extremamente macias – Se concentre. – Rosno, não queria perder meu tempo com o cabelo estúpido e macio de Lauren.

Lavo meu rosto e prendo as mechas negras em um rabo de cavalo alto, com as mãos ainda tremendo abro a porta do banheiro e sinto meu lábio inferior tremer quando me deparo com o quarto que provavelmente deveria ser de Lauren. Nós não brincamos de macumba ontem e eu realmente espero que ela não tenha feito algum ritual para trocar nós duas de corpos.

Olho em cima da sua escrivaninha e vejo o panfleto do museu, prontamente arregalo os olhos.

É ISSO, O MUSEU. A ESTÁTUA.

KarmaOnde histórias criam vida. Descubra agora