Rat a Tat, por Clara Avelino

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Sinopse: Não se pode questionar as lições que a vida manda para você. Algumas vezes são boas, outras são ruins. Você acha que não pode piorar quando a pior parte de sua vida está lá, com um sorriso sarcástico e dizendo repetidamente: "Eu te avisei." Então o que podemos fazer? Eis a questão. Entre defeitos e qualidades, só se enxerga o ruim nas pessoas. Quando você cria expectativas, você faz parte delas, você se torna elas. Algumas pessoas são como cigarro, você vicia por um tempo e depois ele simplesmente perde o charme de antes. Fazer parte da decepção alheia é ser uma droga. O ápice de sua vida é fazer as pessoas morrerem por você. O resto você queima.
Gênero: Suspense, romance, ação.
Classificação: +18.
Categoria: Restrita.
Status: Shortfic – Finalizada.  

As labaredas do último trabalho de Jane ainda rodeavam o local, mesmo já afastada de sua última obra prima, ela conseguia ver os reflexos das chamas engolindo a pequena cidade. Marcus a ultrapassou, com toda aquela pose de badboy, a única coisa que a garota conseguiu fazer foi gargalhar alto, o namorado sempre apostava corrida com ela depois de algum trabalho concluído. Ela acelerou a moto e sentiu o vento desmanchar seu coque feito com o próprio cabelo, sentiu a liberdade correndo por suas veias e gritou ao ultrapassar o garoto de cabelos negros e um sorriso sacana.
– Melhor comprar uma moto nova!
Estava se vangloriando pela sua nova conquista. Graças ao antigo trabalho concluído e muito bem recompensado, ela conseguiu dinheiro o suficiente para comprar sua moto favorita. Uma Harley Davidson preta, 1994. Não era muito, mas era suficiente para Jane. Discrição era tudo que ela e Marcus precisavam no perigoso jeito que viviam suas vidas, e era discrição que eles tinham. Não havia uma pessoa que reconhecesse um dos dois por destruir as cidades ou locais. Também porque não sobrava nenhum deles vivo.
Riu com o pensamento e percebeu que não dava mais para ver a luz do fogo atrás de si, talvez agora estivessem quase longe do perigo. Estacionou a moto num canto qualquer e pegou o celular que usava para ter contato com Pat, seu chefe, quem mandava ela e Marcus fazerem todas aquelas coisas.
– Alguma mensagem, minha querida? – Marcus perguntou, já ao lado da garota. Passou uma das mãos pela cintura dela e a puxou para si, rindo da cara emburrada que recebeu como resposta.
– Se me chamar de minha querida mais uma vez eu vou pendurar você na minha moto e te arrasto até a próxima cidade – vociferou, com a voz forçadamente brava. Jane não assumia para ninguém, mas amava quando o namorado a chamava deminha querida por causa de seu sotaque inglês carregado – E não, Pat não mandou nenhuma mensagem. Vamos esperar por um ou dois dias por notícias dele. Primeiro precisamos saber se houveram testemunhas do Monterrey Valley.
– Eu nunca vi tanto fogo desde Montgomery, e só eu sei o quanto você queria colocar fogo naquela cidade – seu tom de voz era calmo, ele passou os dedos no rosto da garota, tentando transmitir a mesma calmaria – A única coisa que sobreviveria naquela cidade seria uma fênix, e eu tenho certeza de que não existe nenhuma lá.
– Tanto faz – falou com desdém e bocejou, colocando o celular de volta no bolso da jaqueta de couro. Sua cabeça pesava eJane percebeu que seu estresse não poderia ser descontado na única pessoa que tinha. Instantaneamente ela abriu um sorriso sereno no rosto e seus lábios alcançaram os de Marcus, num selinho rápido – Eu estou um pouco cansada – murmurou contra sua boca, sem esconder a malicia na voz –, vamos passar a noite em qualquer motel de estrada e de manhã tentamos falar com Pat atrás de notícias.
Antes que Marcus pudesse confirmar, ela já estava deixando marcas de pneu no velho asfalto. Virou o rosto apenas um pouco e acenou com uma das mãos, voltando a atenção para a estrada. Riu consigo mesma ao ouvir o motor da outra moto atrás de si, e assim passaram por toda estrada, até chegarem ao motel mais próximo.
Pagaram apenas uma noite e registraram tudo no nome de Frederic Watson, ninguém poderia saber que um casal de incendiários estava dormindo ali. Caminharam lentamente até a suíte pequena e confortável. Assim que a porta foi aberta, numa atitude infantil, Jane correu até a cama e se jogou na mesma, espalhando o corpo e se espreguiçando. Marcus gargalhou e franziu o cenho ao tirar sua jaqueta do corpo, eles estavam cheirando mais uma vez a chamusco.
Com seu indicador, apontou para a porta que dava ao banheiro e esperou uma reação da loira. A mesma levantou os olhos e arqueou uma sobrancelha, com vários sentimentos estampados no olhar.
– Vai vir tomar banho comigo ou vai ficar aí me olhando? – as palavras saíram quase num sussurro, Jane sentiu os pelos do seu corpo ficarem arrepiados apenas com aquilo. Era certo e aquilo ninguém negava, um tinha tamanho poder sobre o outro.
Quando Jane levantou, já havia tirado sua jaqueta e jogado os sapatos de qualquer jeito pelo quarto, tirou as meias e com um pulo, finalmente alcançou o namorado. Marcus sorriu sem mostrar os dentes, suas mãos estavam subindo e descendo nas laterais do corpo de Jane. Os dedos dela foram até a barra da camisa dele e a mesma foi puxada para cima, lentamente.
Os dois entraram no pequeno cômodo que era o banheiro, com murmúrios baixos e suspiros uma vez ou outra, apenas roupas intimas separavam os corpos dos dois de se unirem.
Jane sentiu as costas se baterem contra o vidro gelado do box, o corpo inteiro tremeu com a sensação térmica, que logo depois foi substituída pelo fogo do corpo de Marcus junto ao seu. Uma de suas mãos estavam segurando a cintura de Jane e a outra abria lentamente o box. Os dois entraram no mesmo com sorrisos em meio aos beijos que compartilhavam.
– Dessa vez vamos ligar o chuveiro – ela murmurou com certo deboche, lembrando levemente da última tentativa dos dois de tomar banho juntos. As mãos dela desceram até o abdômen definido de Marcus e num empurrão, afastou os corpos. A delicada mão da garota, cheia de prateadas cicatrizes, abriu o registro de água nas costas do namorado.
A água quente cobriu lentamente o corpo de cada um, cada musculo relaxava aos poucos e mais vontade de ficar ali por dias eles tinham. Marcus estendeu as mãos para pegar o sabonete, mas acabou desistindo e levando suas mãos as costas pálidas de Jane. Subiram e desceram, fazendo caricias com as pontas dos dedos até finalmente tirarem o único pedaço de pano que atrapalham as mesmas de fazerem o trabalho completo.
As unhas quase inexistentes dele subiam lentamente na barriga de Jane, deixando um rastro rosado que sumiria logo depois. Ela tinha os olhos apertados e um sorriso promiscuo no rosto. A barriga, já contraída há algum tempo, só representava as reações que ele conseguia ao apenas tocá-la. Marcus fechou uma das mãos no seio arrebitado e rosado de Jane, o toque foi ficando apertado até o momento que haviam cinco dedos marcados ao redor do mamilo da garota.
Jane não era uma garota baixa, era alguns centímetros menor que o namorado, que media 1,89 cm, e essa altura apenas facilitava a vida dos dois.
Os dedos de Marcus esfregavam o mamilo já duro e sensível de Jane, quando uma de suas mãos desceu até a calcinha molhada dela. Penetrou o tecido, sentindo o princípio de pelos que nunca incomodaram. Dois dedos massageavam o clitóris com firmeza, enquanto sentia as coxas da garota espremerem sua mão. Quando sentiu os dedos já lubrificados com o liquido dela, fez questão de o espalhar por toda intimidade, fazendo movimentos circulares com os quatro dedos, até parar na abertura da garota.
– Amor – Jane chamou, com a voz fraca e um sorriso traquina no rosto – me fode logo. –, os lábios inchados dela, roçavam no princípio da barba, do seu pescoço até a linha do seu maxilar. Sua boca depositou selinhos em seu rosto até chegar na orelha, onde ela beijou e puxou o lóbulo lentamente com os dentes, deixando as palavras saírem numa provocação baixa e sensual – Eu quero que você me coma agora.
Marcus fechou os olhos ao ouvir as palavras de Jane, já estava arrepiado dos pés à cabeça apenas quando ela dissera: "Amor."
– Não – ele recusou, com muita força. Naquele momento, seu pau o amaldiçoava de todos nomes possíveis por não obedecer a garota, tudo o que ele queria era estar dentro do sexo molhado dela, mas não iria ser tão fácil assim – Eu não vou te comer agora – As palavras saíam em tons diferentes, mostrando o quanto ele era fraco em relação a Jane. A mão que antes estava pirraçando os mamilos de Jane, agora estavam no seu pescoço, entrelaçando alguns fios de cabelo aos dedos e os puxando para baixo, fazendo o pescoço alvo de Jane, ficar mais exposto. Ela soltou um grunhido ao sentir a boca dele, chupando, mordendo e deixando marcas em sua pele. Se Jane sabia pirraçar o namorado com palavras, ele os fazia com toques e caricias – Sabe o que eu vou fazer agora, Jane? – ele perguntou, num sussurro em meio aos cabelos molhados dela.
– Não. – respondeu.
– Eu vou chupar essa sua bocetinha, vou sugar cada gota do seu suco e fazer você gritar até o porteiro ouvir. E quando você gritar, sabe o que eu vou fazer? – a cada palavra dele, ela sentia as pernas bambearem e o corpo enfraquecer.
– Não. – repetiu.
– Aí eu vou meter em você. Vou meter meu pau em você até você gritar de novo, mais alto que antes, mais gostoso que antes. Você está me entendendo? – ela assentiu, com medo de gaguejar as palavras.
Ele soltou os cabelos dela e trouxe as duas mãos para o tecido que estava em seu caminho. Os dedos puxaram o elástico da calcinha até os pés, onde a garota fez seu trabalho, levantando uma das pernas e jogando o pedaço de pano do outro lado do box.
Aproveitando a posição da mesma, ele passou o anelar pela intimidade encharcada da garota e levou o mesmo até a boca. Logo então sorriu, como uma criança que tinha acabado de comer seu doce favorito, mais uma vez.
Levantou uma das coxas de Jane até a altura dos próprios ombros, aonde apoiou a mesma. Deixou duas mordidas na parte interna da coxa branca apenas para deixar marcado. Enfiou a cabeça entre as pernas dela e lambeu o meio exato, de forma faminta e voraz. Jane arqueou o corpo e soltou um gemido baixo ao sentir a língua dele passear por sua intimidade, lambuzando com sua saliva, o lugar que já estava molhado pelo seu liquido.
Abocanhava a intimidade dela, sugava o clitóris e mordia sua pele. Sua língua refez todo o caminho até chegar na entrada da garota e quando ela pensou que ia se desfazer daquele nó atrás do umbigo, sentiu os dentes de Marcus puxar seu clitóris. Ele lambeu toda extensão até pirraçar o grelinho com a ponta da língua, empolgado com os gemidos altos que ouvia da garota.
Suas mãos empurraram a bunda de Jane e ela sentia o corpo vibrar cada vez mais, até que um selinho foi depositado na vermelhidão inchada. A perna, que não havia mais apoio, caiu no chão novamente e se Marcus não tivesse segurado Jane pela cintura, ela teria caído.
– Acho que eu vou te comer agora.
Anunciou, com os lábios extremamente inchados e vermelhos. Suas mãos se encontravam mais uma vez em uma das coxas dela, mas agora, levantavam a mesma na altura de seu quadril, prendendo seu corpo contra a parede e encaixando a panturrilha dela em suas costas. Roçou a glande no vão entre as pernas dela e Jane chegou a se tocar que ao menos tinha percebido que ele não estava mais com a cueca.
Encaixou o membro lentamente em sua entrada, e na mesma velocidade foi invadindo a carne de Jane. Quando estava enfiado até o talo na garota, buscou os lábios dela, dando um beijo estalado em sua boca antes de começar a se movimentar.
Ambos estavam com os olhos cerrados e soltavam gemidos e murmúrios baixos, a cada movimento que um dava, o outro o acompanhava na mesma sincronia.
Se não fosse pela água que escorria próxima a eles e molhava ambos, dava para ser percebido a camada de suor que cobriam suas peles.
Marcus desceu os lábios até seu pescoço e colo, aonde roçava a boca e arranhava a pele da menina com sua barba mal feita, aquilo apenas a deixava mais arrepiada, com mais vontade de ficar ali por dias seguidos.
Jane encostou a testa na de Marcus e abriu um pouco os olhos, apenas para fitar a boca inchada e vermelha, o ar saía descompassado da mesma. Os dentes brancos dele morderam seu lábio inferior assim que começou a se mover deliciosamente rápido. O jeito que os corpos estavam unidos estimulava mais cada um, qualquer pedaço de pele tocado podia ser considerado erógeno.
Marcus já havia dormido com algumas garotas antes de tirar a virgindade de Jane. Nunca havia experimentado aquilo, ser o primeiro de alguém, alguém que tinha certeza de que sentia amor na forma mais pura possível e que era retribuído. Não era o jeito que transavam, a posição escolhida ou o local, a troca de sentimentos era o que deixava tudo melhor. As loucuras, confissões, merdas e variadas coisas que haviam feito um com o outro criava laços maiores ainda para aquela relação. Não era só amor, não era só uma paixão ardente, era cumplicidade, uma união tão grande, que se não trocassem saliva e insultos apaixonados, seriam considerados irmãos. Mas eles eram irmãos de alma, predestinados a ficar juntos não importando a situação que estivessem, o simples fato de estarem juntos, já aumentava as possibilidades de não acabar ruim.
Os dedos que estavam na cintura de Jane desceram para a bunda da mesma, apertando a carne com desejo e deixando marcas avermelhadas que sumiriam logo depois. Os gemidos vindo da boca dela se tornavam mais altos a cada segundo, indicando que ela estava próxima ao seu clímax. Marcus aumentava a velocidade, a ideia de que sua namorada chegasse ao orgasmo sozinha o incomodava. Os movimentos ficaram mais violentos e o único barulho que ecoava pelo cômodo era dos corpos se chocando um com o outro. Jane abriu a boca ao sentir o nó em sua barriga se desfazer e seus músculos relaxarem gradativamente, apoiou a cabeça no ombro de Marcus e passou o nariz em sua pele, sentindo o liquido do namorado espalhar dentro de si.
Abriu a boca tentando falar, mas nada saía. Jane não estava com forças para muita coisa, o dia inteiro fora cansativo e o banho conjunto foi um item que aumentou ainda mais sua vontade de se esparramar na cama.
Marcus fechou o registro atrás de si e apertou os braços em volta da cintura da loura que sorriu com o ato, apertando as pernas em retribuição.
Juntos, foram para a cama e se jogaram na mesma, com corpos e almas exaustas e clamando por mais de três horas num lugar macio e quente.

Especial Young Blood ChroniclesOnde histórias criam vida. Descubra agora