My Songs Know What You Did In The Dark, por Rafaella Vargas

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Sinopse: Dizem que na hora de morrer você encontra a paz, você não sente dor, você passa pela escuridão para encontrar a luz. Eu acho que estão errados. Ou eu estou equivocada.
Eu não tenho certeza se morri, mas se aconteceu, eu ainda sinto dor, eu ainda sinto tristeza, eu ainda sinto raiva. Talvez essa seja a maldição que o inferno preparou pra mim, talvez eu mereça tudo, ou talvez nada. Todas as noites em que eu chorei por Rebecca, eu fazia um pedido, e agora eu te digo: tenha cuidado ao fazer desejos no escuro.
A minha raiva é movida a lenha, precisei de una faísca para incendiar, e você foi ela. Eu posso ver, posso ver e imaginar seu rosto sofrido, uma constelação de lágrimas em seus cílios.
Eu quero perguntar: o que você vê?
Queime tudo que você ama e em seguida queime as cinzas. Você vê um monstro? Minha infância cuspiu de volta o monstro que você vê.
No final, tudo colide, até mesmo a vida e a morte.
Gênero: Drama, ação.
Classificação: +16.
Status: Shortfic – Finalizada.  


Capítulo 1

Flashback on

Suspirei fundo uma última vez antes de pular o muro. Era a primeira vez que eu cometia um crime sozinha. Sim, no fundo eu sabia que não era o certo, e sabia que consequências poderia vir a ter, mas não me importava. Eu realmente havia sofrido muito, e eu só queria que eles passassem pelo que passei. Mataram minha mãe. A minha mãe; Por um simples divertimento. Há mais de um mês acontecia uma série de assassinatos em minha família, por conta da maldita dívida que minha mãe herdou da família. Já não era o bastante tirarem meu pai de mim, e agora, eu teria de viver sem a mulher que me deu a vida. Eu tinha que pôr um fim nisso. Nas mortes, no sofrimento, na dor. E só tinha um jeito de saciar minha dor: causar a mesma em cada um deles, um por um.
Já no terreno, procuro alguma passagem aberta. Tento primeiro a porta da frente, mas paro antes de tentar girar a maçaneta. "Porta da frente é óbvio, idiota" penso comigo mesma. Dou a volta no terreno, avistando uma janela com uma fresta aberta no segundo piso, e uma árvore perto da mesma. Ponho meu revólver no cós da calça, e então começo a subir a árvore, sem emitir som algum. Já na extremidade, estico o braço direito, e com ele, abro o resto da janela. Antes de entrar, olho atentamente o local. Era justamente onde eu queria chegar; no quarto de Klaus Rodríguez, um dos caras envolvidos no assassinato. Pego minha touca, prendo os cabelos e em seguida a coloco. Adentro o local, calmamente. Olho com desdém para o homem de meia idade que estava dormindo na cama king. "Esse filho da puta não merece uma morte silenciosa" penso, rolando os olhos.
Procuro em minha bolsa de lado algo que me fosse útil no momento, e então resolvo optar por uma simples fita "silver tape". Meço um pequeno tamanho e o corto com os dentes. Me aproximo do homem, colocando a fita em sua boca, para abafar os gritos.
O certo seria atar seus braços e pernas, Mas Rebecca não estava ali pra me ajudar nisso, e eu não poderia correr o risco de deixá-lo acordar antes do tempo.
Me aproximo da cama, indo para o lado onde o homem dormia, e me agacho, ficando cara a cara com ele. Puxo seu travesseiro com força, para que sentisse o puxão. Ajeito–me de joelhos no chão, agora com o travesseiro em baixo dos braços, e a arma um pouco escondida. Ao ver o homem acordar aos poucos, alargo um sorriso calmo. O mesmo sai do transe e tenta se levantar, me encarando com os olhos arregalados. Dou uma piscadela e levanto a arma, para que ele pudesse enxergá–la. Ele dá um grito, o que só me faz ter mais vontade de fazer o que eu queria. Sibilo um "shh", levando o indicador até minha boca. Ele faz menção de gritar, e então percebe que algo o impede, e tenta arrancar a fita de seu rosto. Mas eu sou mais rápida. Antes de qualquer movimento seu, encosto a arma no travesseiro, mirando para seu pênis, e aperto o gatilho. Klaus grita e se contorce de dor, o que me faz rir, instantaneamente. Assim que recupera um pouco do fôlego, ele tenta se levantar, mas sem sucesso. Subo na cama, ficando em pé. Faço o mesmo ritual novamente, só que agora, apontado para sua cabeça, e puxo o gatilho. O homem volta, na mesma hora para seu lugar na cama, parando de gritar, pois agora tinha um buraco atravessado em seu crânio. Sinto respingos de seu sangue em meu rosto e os limpo com desdém.
– Por Jasmine Dellano.

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