Dias atrás, em uma escola, a diretora chamou os alunos para conversar no meio do pátio. De repente, uma bomba explodiu e todos se assustaram. A força da escola acabou. Depois, sentimos um terremoto muito forte e muitos caíram. Quando olhamos para o lado, a quadra tinha um rachão enorme. Todos queriam sair, mas o portão estava emperrado.
A polícia chegou. Logo depois, mercenários chegaram e mataram todos os policiais. Quanto mais corríamos mais tiros ouvíamos. Quanto mais policiais, mais mortos tínhamos. Chegaram helicópteros, canhões e muito mais... De repente, eu acordei!
Ufa! Sabia que aquilo tinha sido só um pesadelo. Mas será que não tinha sido uma visão?!
Após refletir muito sobre tudo isso, peguei minha mochila para ir ao trabalho. Chegando na garagem, percebi que havia perdido a chave do carro. Resolvi, então, pegar um ônibus e me surpreendi ao ver um "inimigo" de escola no ônibus. Não fiz questão de falar com ele, mesmo depois de tantos anos terem se passado. Ao longo da viagem, ouvi-o dizendo "a vítima está no papo". Fiquei curioso e logo desci do ônibus.
Após caminhar alguns KM, um carro me para e diz para eu entrar. Com medo, entro no carro. Muito estranho... parecia o meu carro... mas, para minha surpresa, era o meu inimigo que estava ao volante. Ele me leva para um terreno e revela certos mistérios. Havia sido ele quem havia pegado a chave do meu carro para me sequestrar. Usaria meu carro para praticar seus crimes.
Naquele momento, uma viatura da PM fechou a gente. Haviam escutado tudo e o levaram preso em flagrante.
Agora sei que pesadelos não são sonhos comuns, são, sim, previsões do futuro. Logo depois de registrar o B.O na delegacia, saí e fui diretamente ao meu carro, mas a bateria tinha acabado. Precisei comprar outra. Troquei e liguei o carro, mas estava sem gasolina. Comprei gasolina, mas quando voltei, os quatro pneus estavam furados. Ainda estava sendo observado. Coloquei a gasolina, pedi à polícia que vigiasse melhor o carro e, finalmente, fui para casa.
Fiquei pensando sobre aquele pesadelo, porque não foi igual ao sofrimento que passei... Depois liguei a tv, estava em um canal de esportes. Estava passando Barcelona e Real Madrid. Quando terminou o primeiro tempo, entrou um noticiário informando que uma escola estava sendo atacada. Fiquei chocado com aquilo, quando percebi o nome da escola era a escola em que meu filho estudava.
Rapidamente corri para o meu carro, mas ele ainda estava com os pneus furados. Não podia trocar os pneus, nem pegar o ônibus, pois ele não ia chegar à escola, em meio aquele tiroteio. Agora o que eu poderia fazer?
Resolvi sair andando mesmo. No caminho, já cansado, aparece um carro: era meu vizinho, que estava indo a mesma escola! Ele me deu uma carona.
Quando chegamos, de longe, observávamos a policia e mercenários em meio aquela guerra. Os helicópteros davam apoio a polícia. Jogaram uma bomba que matou o restante dos mercenários.
Rapidamente, corri para dentro da escola para encontrar meu filho. Lá estava ele, sem nenhum arranhão. Fomos para casa.
Depois de um dia emocionante, dormimos. No outro dia, meu filho falou - muito assustado - que tinha tido um pesadelo...
WILGNER MARQUES
