Eu estava no bar concentrada na minha bebida quando algo vermelho chamou minha atenção. Logo reparei que era a jaqueta de Justin e ele se aproximava novamente de mim, dessa vez sem nenhuma vadia com ele. Fingi não repará-lo e bebi um pouco da minha bebida.
- Oi. – Sentou ao meu lado.
- Oi. – Falei sem olhá-lo, aliás ele também não me olhava e parecia pensar em algo.
- Preciso conversar com alguém. – Dessa vez eu o olhei e ele estava olhando fixamente para um copo vazio em cima do bar.
- Cadê seus amigos? - Falei antes de beber mais um pouco.
- Amigo de confiança só tem o Khalil, mas ele tá ocupado com aquelas duas. – Ele apontou para o tal de Khalil que dançava no meio das duas putas. – Você poderia conversar comigo?
- E o que faz você pensar que eu sou de confiança? – Ele riu.
- Você não tem cara de quem sairia falando sobre a vida de um cara de 20 anos por aí. E além do mais, eu estou bêbado. – Dessa vez eu que ri. – Então, vamos ou não?
- Ok. Você me convenceu. – Falei sorrindo e ele retribuiu o sorriso, saindo andando na minha frente. Eu o segui até chegarmos no jardim da parte de trás de casa que era ainda mais bonito do que o da frente e onde a música não estava tão alta. Nós sentamos em um banco e ficamos em silêncio total até Justin decidir falar.
- Sabe, tem uma garota aí. – Ele disse e pegou seu celular no bolso de sua calça. Mexeu em algo na tela e então me mostrou a foto de uma garota morena muito bonita.
- Ela é linda.
- Sim, ela é. E maluca também. Essa garota não desgruda do meu pé. Tipo, eu dei uns pegas nela, mas não foi nada demais e agora ela fica atrás de mim o tempo todo. – Ri do jeito que ele falou. Justin definitivamente era engraçado, ainda mais quando estava bêbado.
- Acho que você ganhou o coração dela. – Ele me olhou assustado.
- Mas eu não quero o coração dela! – Falou alto, me causando mais risadas. – Ela tá exagerando, só essa noite me mandou umas 30 mensagens.
- Uau, essa garota te quer mesmo. – Ele bufou. – Abre o jogo com ela, Justin.
- Ela vai me odiar.
- Só por um tempo, depois passa. A culpa é dela de ficar criando sentimentos por qualquer um que ela pega.
- Você é experiente nisso. – Eu ri.
- Quando mais nova eu também não sabia o que é só pegar alguém.
- Não te imagino "pegando" alguém. – Falou me olhando com as sobrancelhas arqueadas. – Você tem cara de santa.
- Não saio pegando todo mundo, mas estou longe de ser santa. – Justin riu.
- Está me surpreendendo. – Falou pegando seu celular novamente. – Vou ligar pra maluca. – Digitou algo no celular, mas eu o interrompi puxando o celular de sua mão.
- Faça isso quando estiver sóbrio. – Ele riu assentindo.
- É melhor. – Falou. – Obrigado pelas dicas, senhorita não-santa. – Bati em braço, o fazendo soltar um gemido.
- Babaca. Não me chame assim. – Riu, enquanto esfregava o local que eu bati.
- Você tem a mão pesada, credo. – Disse levantando do banco. – Foi bom conversar com você, mas agora minhas mulheres me esperam. – Eu ri. Achava muito engraçado o fato de que ele se achava o maior pegador do mundo.
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All Yours
Fiksi PenggemarO amor não parecia ruim até eu começar a amar. Normalmente alguém se apaixona por uma pessoa com quem convive há muito tempo, mas eu não, a normalidade nunca foi meu forte. Eu não me apaixonei por aquele garoto lindo da minha turma, eu não me apaixo...