PRÓLOGO - Revolução Incondicional, Anos de Guerra

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Com a descoberta da magia na época industrial, o território da Meryde evoluiu de forma drástica, com seu poder industrial elevado, conseguiu subir na concorrência e se tornar o império mundial. Tornando cidades e reinos vizinhos, escravos e soldados.

A soberania e ganância dos imperadores da Meryde irritaram todos em torno do planeta, mas ninguém tinha poder militar para se opor contra o exército da Meryde que era formado pelos onze reinos que faziam divisa com ela. Quem se atravesse a mandar um exército de um milhão de homens, se defrontariam com um exército triplamente maior em número e em força, a questão de tirar o país da autoridade era descartável.

Há muitos quilômetros da Meryde, se localizava Melcande, um reino não muito poderoso em consideração aos outros. E neste reino haviam dez herdeiros do trono, nove deles, bastardos.

E o único que estava pronto para ascender ao governo, este era Bjore Farkas, um guerreiro que sempre fora apaixonado pela luta e sonhava com a paz, a qual sabia que nunca seria encontrada em Melcande. Seus ideis estavam totalmente contrariando seus sucessores. Para ele, violência, poder militar era o sinônimo do respeito que ele desejava para seu reinado.

No passado, Melcande foi um Reino lembrado por suas vitórias, por ter tido o exército de um milhão de homens monstros, máquinas de matar, conquistadores. Também por ter expandido muitos quilômetros e trezentas cidades que faziam divisa com o território de si.

Com o decorrer dos séculos, o poder de Melcande foi passando de imperialista para melhor. Não planejava mais expandir, seu espaço era grande e foi recolhendo cada vez mais gente de bem, comerciantes de produtos exóticos, viajantes bastardos, feirantes e até mesmo elfos banidos. O exército pareceu padecer, os homens, gigantes, hídrimos, e tomios que formavam o exército intocável pareceu se cansar da vida pacífica e nunca mais foi vista, na época, os guerreiros dos mares hídricos, não mais eram encontrados fora de seus reinos submersos. Os guardiões das profundezas e das entranhas terrestres, tomios, não engoliam mais montanhas para dentro da terra. E os gigantes voltaram para os desfiladeiros. Mas os homens ainda continuam lá, a única raça do exército que tinha conceito de humanidade e amor a vida, múltipla escolha era este.

Bjore, um dia, questionou a perca do poder em prol da paz, e seu pai não gostou de ser questionado. O garoto faria vinte e três anos em quinze dias e empunhava uma espada pesada e um escudo com a leveza de um graveto.

Ele queria o respeito que tinham, o título sanguinário pelo qual eram chamados há séculos e agora, se sentia humilhado perante o poder militar externo, enquanto o seu, varria a casa das senhoras do reino.

O rei mandou seu filho para seu quarto e o deixou lá por um dia, sem visitas, comida ou bebida. Este dia foi o bastante para desencadear uma revolta na mente do jovem, que foi pedir ajuda para Saeres, o Ancião.

O homem sempre fôra muito próximo de Bjore e costumava contar histórias sobre o passado violento e sobre os outros reinos afora, mas esta vez, teve de mostrar a verdade para seu amigo.

O velho explicou enquanto andava para um lugar muito longe do reino, junto com Bjore, que as antigas raças que compuseram o exército intocável estava desaparecido, mas que estavam vivos, e bem vivos.

Ao chegar num cume, viu cerejeiras avermelhadas incrivelmente gigantes e inalcançáveis, e ficou impressionado com o tamanho de tudo naquele território do qual não havia ouvido falar. Viu então, brotando da terra, uma criatura de aproximadamente três metros de altura, um humanoide deformado com as costelas gigantes e seu corpo todo era formado por grandes rochas cinzentas ligadas por uma energia dourada que faiscava dentro dele, deu-se a perceber que estava vendo um tomio pela primeira vez, um guardião das estranhas terrestres bem a sua frente.

Crónica Das Armas FriasOnde histórias criam vida. Descubra agora