A Princesa Perdida

Capítulo 1

Capítulo 1; A floresta
Estava muito escuro. Fernanda estava em uma caverna pequena e úmida, andava por corredores, nunca saia desse lugar. Derrepente, aparecia uma pequena fresta de luz esverdeada que vinha no final de um dos corredores. A medida que ela se aproximava a freta de luz aumentava. No final do corredor, existia uma pedra esverdeada, como uma vivianita, que brilhava como a lua cheia em uma imensa escuridão da noite. Curiosa, Fernanda a tocou.

Um ruído, como de uma coruja a fez arregalar os olhos. A caverna tinha desaparecido. Ela se viu no seu quarto, quente e abafado, na cama. A luz da lua passava pelas janelas, lançando sombras no chão liso e regular. Era a quinta vez desde a lua cheia que tinha o mesmo sonho; e toda vez acabara na pedra sendo tocada.

Do lado de fora, a lua brilhava. Chovia fino. Prestando muita atenção, Fernanda passava pelo jardim bem cuidado, com roseiras bem podadas e uma grama bem verde, seguindo pelo caminho de cascalho iluminado pelas estrelas. Foi para a cerca que marcava os limites do jardim. Era um dos seus lugares favoritos, pois podia ver dali os jardins vizinhos e também a densa floresta proibida do outro lado.

A chuva tinha parado. Atrás dela, a grama cortada estava banhada pelo luar; mas além da cerca, a floresta estava cheia de sombras. Fernanda esticou o pescoço para inspirar o ar úmido.

Sua vizinha, e amiga, a Joyce, apareceu aos berros:

-Oque você tá fazendo?

-Eu tive aquele mesmo sonho de novo, Joyce...

-Meu Deus! Você só pode estar maluca! Essa é a quinta vez!

-Pois é... -Elas passaram um tempo sem se falarem só olhando a floresta. Até que...

-Eu vou ir dar uma olhada lá.

-Lá é perigoso! Eu é que não vou com você. -Disse Joyce franzindo o nariz para expressar o desagrado. Mas logo continuou a comentar - BA me disse que, na floresta, existem todo o tipo de animais perigosos, pessoas que duelam entre si e comem animais vivos no café da manhã!

-Só vou dar uma espiada. -Fernanda falou. - Não vou demorar.

-Depois não diga que não avisei!- comentou brava a Joyce, que então virou-se, indo em direção á sua casa.

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De repente, seu olho percebeu o movimento de uma criatura, que corria nos grandes arbustos. Agora só guiada pelo instinto, se escondeu em uma árvore esperando um momento para atacar o desconhecido .

Sem piscar foi em direção do sujeito, mas acabou sendo surpreendida. A criatura a atingiu como uma explosão e Fernanda foi jogada para o lado de uma moita de urtigas. Ela se contorceu e gritou, tentando escapar do agressor que se colocara as suas costas e a prendera. Sentiu as suas costas sendo rasgadas por uma faca incrivelmente afiada que logo se passou no seu pescoço. Recolheu o corpo se retorcendo, sem conseguir se soltar; ficou imóvel. Por instinto, sabia como era perigoso expor a barriga para cima, mas era a sua única chance.
Teve sorte - a manobra pareceu funcionar. Com o inimigo caido, correu de volta para a casa.
Atrás dela, um barulho de pegadas no chão avisara que o atacante não desistira. Mesmo com feridas sob o corpo, Fernanda decidiu que era melhor virar-se e enfrentá-lo que ser novamente atacada.
Parou com uma derrapada e encarou a criatura que a perseguia.
Era um jovem, que estava em boa forma e pressentiu a força dos seus braços.
Nesse momento, enquando ela o observava ele a atacou, mas a Fernanda logo escapou e revidou com um chute na perna o deixando cair. Ela logo ficou desapontada pois cada membro do seu corpo estava tenso, pronto para lutar.
-Ei, você aí. - falou o jovem - Para uma madame até que luta muito bem!
Fernanda se perguntara se devia atacar ou não. Mas lembrou-se das forças do agressor.
- A propósito, meu nome é Gabriel, mas todos me chamam de Cinzento - continuou ignorando a ameaça de Fernanda - Estou em treinamento para ser um guerreiro do Clã do Fogo.
Fernanda permaneceu eu silêncio. Não entendia oque ele estava dizendo, mas sentiu que a ameaça tinha passado e agora só conseguia pensar em se livrar da dor dos golpes.
-O que uma garota da cidade está fazendo na floresta? Não sabe que é pirigoso?- Perguntou Cinzento.
-Meu instindo dizia para eu ir. Algo me puxou para cá.- Explicou Fernanda, olhando para a lua cheia.
-De qualquer maneira, não achei que valia a pena machucá-la. Está na cara que você não pertence a um dos outros clãs.
-Outros clãs?- Fernanda, confusa, repitiu.
Cinzento deu um assovio impaciente. - Você deve ter ouvido falar das quatro clãs. Principalmente do Clã da Carniça. Eles são tão ferozes que teriam cortado você em tiras, sem nenhuma pergunta.
Um corvo passou voando e recebeu a atenção dos dois. Depois de uns segundos retomaram a conversa.
-Você ainda não é um guerreiro? - perguntou Fernanda.
- Por quê? Você pensou que eu fosse? - Cinzento perguntou, orgulhoso. - Falta ainda muito tempo para eu ser um guerreiro de verdade. Primeiro preciso passar pelo meu treinamento.
Fernanda ficava cada vez mas fascinada com essa história, que mas parecia como um conto de fadas. ~{[( igual esse hehe )}]~
-Depressa! - Cinzento sussurrou -Corra!
Antes que Fernanda possa pensar, ouviu alguém com uma voz firme e ameaçadora falar.
-O que está acontecendo aqui?
Fernanda se virou e viu uma mulher de cabelos branco-acinzentados e uma enorme ferida de batalha em seu nariz. Cinzento se reverenciou e logo um homem apareceu atras dos arbustos. Ele era forte e alto, igual a um urso.

-Ãhnn... Essa é Estrela Branca, minha líder e esse é