Eu caio e volto.
Desperto, no medo de viver.
Engulo as palavras que queria dizer.
Vivo sentindo, sem realmente sentir.
Caminho em meio aos outros, sem realmente me mover.
Sou corpo oco.
Sou lamúrias de mim.
Sou lágrima do coração.
Sou criança presa no fundo.
Sou alma sem destino.
Sou centro de meu mundo.
Sou sussurro do pecado.
Sou sensação dos amantes.
Sou sorriso intrigante.
Sou consciência de muitos.
Sou perdição da maioria.
Sou chuva que o vento leva.
Sou ilha em meio ao mar.
Sou canto da sereia.
Sou vida recém chegada.
Sou morte recém sentida.
Eu sou tudo e nada, em um alguém que vive o mundo ilusório da vida.