Capitulo 1

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Céu nublado, árvores de sobra até onde a vista não alcançava e tudo isso com um único foco, Polis, era la o único lugar protegido de ameaças, e também era la onde estava Lexa, a Heda, comandante de todos os grounders, e também a garota que havia partido meu coração logo em seguida de ter me ganhado, a garota que me deixou, junto com meu povo, para morrer nas mãos dos mountain mans.

"Eu já havia superado isso há tempos", era o que tentava me convencer, mas a verdade era que aquele dia ainda me assombrava, aqueles olhos ainda me tiravam o fico, e os rostos dos meus amigos me julgando e reprovando minha decisão não me deixavam dormir, nada daquilo saiu da minha cabeça desde o dia em que dei as costas a eles depois de termos derrotado Mount Weather.

Eu era procurada por todo canto, precisava caçar minha própria comida, e lutar por minha sobrevivência, precisava entrar as escondidas na casa onde preparavam minha comida. Aprendi a falar a língua deles, tentei me misturar um pouco mas meu lugar mesmo era sozinha, até meu nome havia sido mudado pelos grounders, se referiam a mim pelo nome de Wanheda, comandante da morte, provavelmente por ter desimado toda a população de Mount Weather.

Isso tudo podia parecer demais para uma simples garota mandada do céu sem qualquer conhecimento muito avançado sobre a Terra, mas na verdade não era mais, eu ja havia passado por tanto antes de minha mãe e o resto da estação descer que aquilo não era tanto quanto deveria ser, apenas muito para continuar vendo todos aqueles rostos todos os dias.

Foi quando fui atacada por uma pantera, mas eu ja estava preparada, estava em minha caçada. Ela me derrubou, mas eu logo inverti a situação, coloquei a mão na bainha para pegar minha faca, nesse instante desestabilizei a imobilização e ela pode me dar uma patada no rosto me jogando para o lado, se livrando de meu peso e podendo se preparar para mais um bote, busquei por minha faca para que pudesse matá-la quando viesse me atacar, então ela veio, segurei a faca com as duas mãos na altura do meu estômago voltada para cima, ela ainda foi capaz de fincar as garras em minhas costas antes de cair morta sobre mim, o que fez com que suas garras traçassem seu caminha ateh meus ombros. Apesar de ferida, peguei a pantera e a carreguei sobre meus ombros até a casa de defumação.

Nylah já me conhecia de todas as vezes que levei minhas caças para defumar na casa de comércio dela, então me trouxe um copo de bebida para que eu esperasse que a comida ficasse pronta. Enquanto eu bebia entraram três brutamontes com os rostos marcados, guerreiros de Azgeda, a Nação do Gelo, procurando por mim.

~ Wanheda esteve aqui? - Um deles perguntou com grosseria.

~ Ela esteve aqui há três dias, disse que ia para o norte. - Nylah mentiu por mim.

~ Obrigado, você foi de grande ajuda para o seu povo. - Disse o mais alto, o que falava, antes de sair.

Ao sair passou por mim e me olhou, nessa hora eu baixei a cabeça, por sorte não me reconheceu.

~ Muito obrigada, Nylah! - Ela havia salvo minha pele.

WanhedaOnde histórias criam vida. Descubra agora