Prólogo

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2.0, um chip desenvolvido com todas as senhas de segurança do mundo estava correndo perigo. O motivo é que ele era o alvo principal de Gustavo, algo terrível acontecerá se ninguém o detiver.

A corrida já começou. Agora tudo depende do destino do chip. Mas como algo tão pequeno pode causar uma tão grande destruição?


Ano de 2003

— O 2.0 realmente funciona, e é incrível como um chip tão pequeno consegue comportar tantas senhas! Ainda não finalizamos a transferência de senhas mundiais, mas estamos quase terminando. Só de pensar no que você pode fazer com ele é excitante. As senhas podem liberar mísseis, desativar satélites, como por exemplo, o do sistema de posicionamento global, como também pode acessar dados federais do governo de todos os países. É fantástico! A melhor coisa que criei! Infelizmente não sou o dono de todo crédito e nem o dono do chip, mas quem sabe um dia? Eu poderia mandar em todo o mundo, em cada presidente de cada país! Eu teria o dinheiro e fama que quisesse, todos teriam medo de mim. Realmente fascinante... Mas tenho que admitir uma coisa...

— O que está fazendo Gustavo? – Perguntou alguém, chegando de repente à sala.

— Nada não. – Gustavo então desligou uma pequena câmera, que estava em cima de uma das mesas.

Gustavo estava armando há algum tempo um plano. Ele estava obcecado pelo artefato que criou recentemente junto com a equipe de cientistas do CETEC: um chip tecnológico que armazena senhas de segurança internacionais. Cristina havia entrado no laboratório apenas para pegar um pequeno cartão SD que esqueceu, e pegou ele de surpresa falando sozinho. Ou talvez não. Talvez ele estivesse falando com aquela câmera.

— E para que essa câmera Gustavo? – Perguntou ela, enquanto arrumava alguns papéis.

— Que câmera?

— Ah, deixe para lá. Acho que estou vendo coisas. – Cristina então pegou os papéis e encontrou o SD embaixo deles. – Bom, de qualquer jeito tenho que ir. Até mais.

— Até mais tarde.

Cristina saiu pela porta automática do laboratório. Ela então parou no corredor, e tirou o pequeno cartão SD de seu bolso.

— Tenho que ser rápida com essas transferências – ela guardou rapidamente o cartão de volta, quando percebeu dois agentes passando pelo corredor – tenho certeza que o Gustavo está aprontando algo. Ele tem andado muito estranho ultimamente, principalmente agora que estamos finalizando a transferências de senhas. Tenho certeza. Ele está tramando algo.

Cristina caminhou rapidamente até outra sala pequena, dentro dela havia alguns computadores e diversas anotações. Mas os objetos não eram os únicos na sala. Ela deu de cara com Guilherme, que estava entretido em um dos computadores.

— Guilherme? O que está fazendo aqui? – Falou ela, surpresa.

— Olá Cristina! – Ele se virou na cadeira. – Estou apenas olhando meus e-mails. Você me pegou. – Ele soltou um risinho.

Cristina se aproximou dele, e jogando conversa fora, começou a conversar sobre spams e outras coisas sobre o mundo virtual. Ela precisava da sala só para ela. Nada de cúmplices. Logo após quase meia hora de conversa, Guilherme decidiu sair, usando a desculpa de que precisava ir ao banheiro.

— Certo. Tudo bem, mas eu vou ficar por aqui. Vou dar uma olhada no meu e-mail também. – Cristina sorriu. – Você não é o único fora da lei por aqui.

2.0 - O chipOnde histórias criam vida. Descubra agora