A maldiçao da noiva

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Cheguei do trabalho por volta das 18h00, como todos os dias tive um dia cheio e estressante. Tomei um bom e relaxante banho, me arrumei e fui dar uma volta de carro pela cidade, já era tarde quando resolvi entrar em um restaurante recém inaugurado " Bom Gosto" era seu nome.

Ao entrar no restaurante observei e me espantei, só havia pessoas velhas, sentei em uma mesa próximo a janela, pedi ao garçom que me trouxesse uma taça de vinho, olhando o cardápio nenhum prato me apeteceu, no entanto pedi um bife bem passado com cebola.

Ao comer senti um gosto horrível de podre a parecia que tinha areia, deixei o prato de lado e tomei somente a taça de vinho"Paul Mas" logo paguei a conta sem reclamar ao garçom, fui até o estacionamento ao abrir a porta do carro senti uma brisa e com ela veio um perfume tão gostoso que parecia que eu estava em um campo florido, ao longe avistei uma mulher, ela estava toda de branco ao se aproximar o perfume ficava mais forte, estranhei que ela estava vestida de noiva, achei estranho uma mulher a noite sozinha na rua vestida de noiva e com um perfume cheiroso, logo pensei que ela havia sido esquecida no altar ou ter deixado seu futuro esposo, resolvi segui-la ela me encantou. lindos cabelos negros pele branca e perfumada, a noiva virou a esquina, decidi segui-lá, apressei os passos para alcança-la, de repente ela simplesmente sumiu, andei mais um pouco e avistei uma igreja, fui correndo, pois pensei que a noiva pudesse estar lá, não deu outra, entrei, a igreja estava cheia, não havia cadeiras nos fundos e fui entrando, me sentei no banco da frente e pensei comigo mesmo se alguém perguntar quem eu sou e que faço ali direi que sou amigo do casal. sentado na primeira cadeira da frente próximo ao altar fiquei sem entender a igreja estava cheia, onde está o noivo? O padre os padrinhos? Bom, fiquei esperando, enfim o padre apareceu e junto com ele os músicos, de repente o padre vem ao meu encontro perguntando o que eu estava fazendo ali sentado, sendo que o noivo todo tempo fica em pé esperando a noiva de frente ao altar. Me espantei ao ouvir, declarando:

- Mas eu não sou o noivo! Entrei aqui por acaso.-

- como assim você não é o noivo, deixa de brincadeiras a noiva já está chegando. -

De repente todos os olhares se voltaram para mim, um olhar estranho. Meio sem jeito eu subi ao altar, a música começou e a noiva apareceu na porta, me espantei, pois era a mulher que eu admirado a segui até aqui. Com um brilho no olhar ela me encantou e eu fiquei enfeitiçado, como já disse sua beleza era única. Dando passos lentos em direção ao altar segurando um buque de flores tão lindo quanto ela, quando subiu ao altar, não sabia conter o que estava acontecendo comigo uma sensação de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, aquele perfume de flores exalou no ar e eu sentia uma paz tão grande que parecia que eu não existia mais neste mundo, tudo era estranho e confuso, não a conhecia nunca a vi na minha vida e estou aqui me casando. 

Logo depois do casamento fomos para casa dela uma enorme mansão próximo a represa, Elizabeth era seu nome. Nada fazia sentido para mim, a vida que eu tinha o meu trabalho meus amigos, onde estavam? Aos poucos  ia me esquecendo de quem eu era.

No aniversário da minha amanda dia 02 de outubro de 1994  acontecera o inesperado, algo que mudaria definitivamente o rumo da minha vida. Acordei naquela linda manhã de primavera e olhei para o lado e Elizabeth, ainda dormia um sono profundo, seu rosto me encantava de tanta beleza, me levantei e fui preparar um delicioso café da manhã para ela, quando retornei ao quarto levei um grande susto lá estava Elizabeth, vestida de noiva com um véu que cobria todo seu rosto, deixei a bandeja do café ao lado da cômoda e carinhosamente fui abraça-lá, sem entender o motivo, pensei que fosse uma surpresa, ou apenas lembrar de quando nos casamos. Ao levantar ao levantar o véu desejei um feliz aniversário, ela sorriu com um sorriso tenebroso, seu olhos ficaram escuros da cor de jabuticabas, comecei a sentir um cheiro de podre no quarto Elizabeth, disse com uma voz sombria Feliz dias dos finados para mim, logo me arrepiei, sem saber o que estava acontecendo, comecei a indaga-lá, porém não consegui tirar uma palavra da sua boca. Seu rosto começou a ficar cheio de rugas, seus cabelos antes longos e pretos ficaram brancos e curtos, ela estava irreconhecível.  

Elizabeth, começou a falar em um idioma estranho e parecia que havia muitas dela falando ao mesmo tempo, lembro bem do que disse naque manhã de dia dos finados.

Saus setion oav res ed oledasep otnauqne rarud aus adiv, siop aroga o oiretimec e o ues ral.        

De repente começou a escurecer , e corri pelas ruas desesperadamente, não encontrei ninguém que pudesse me ajudar, por onde eu ia Elizabeth, estava lá repetindo várias vezes a frase que não entendia. Não sei como fui parar em um cemitério só descobri porque eu cai em um buraco e rapidamente o escalei, quando percebi que havia vários crucifixos enfiados no chã de terra avermelhada. me subiu um arreio na espinha incontrolável, comecei correr tentando achar a saída daquele lugar sombrio, mas não adiantou, perdi a conta de quantos dias corri, mas sem sucesso.

Não amanhecia, já fazia dias que eu estava vagando naquele lugar sem ver a luz do dia, somente vendo a luz do luar sempre lua cheia. E Elizabeth, onde estava? desde quando entrei no cemitério não há vi mais. muito cansado, com sede e fome sentei em um túmulo, ao sentar senti algo no meu bolso, era o terço de Elizabeth, que ela usava todas as noites ates de dormir, e com ele um papel dobrado, nele estava escrito as mesmas palavras que Elizabeth, me infernizava.  

 " Saus setion oav res ed oledasep otnauqne rarud aus adiv, siop aroga o oiretimec e o ues ral".

"Oi meu querido, a essa hora você já deve estar exausto de tanto correr, e quer saber o que está acontecendo. Este é o idioma dos Mortos um mundo invertido ao contrario do mundo dos vivos um lugar esquecido e vazio, leia as palavras de trás para frente e saberá como é ser um de nós. Fui amaldiçoada no altar por meu futuro esposo um bruxo das trevas que fizera um pacto com o próprio demônio, na quela noite de dia dos finados minha alma foi tirada de mim sem ao menos eu implorar. A igreja ficou fechada durante anos e meu corpo caído no altar, não se importaram e me colocar em uma cova e sim fui jogada no porão da igreja, onde estou até hoje"

Li as palavras de trás para frente e não acreditei no que estava escrito. " Suas noites vão ser de pesadelo enquanto durar sua vida, pois agora o cemitério é o seu lar.

acabei me conformando, estava difícil eu entender o que aconteceu e o porque eu?. sem mais indagações, sem destino andei pelo cemitério limpando os túmulos dos mortos, acendendo velas para as almas aflitas que ali estavam e afastando os maus espíritos. Durante anos fiquei vagando o cemitério, cansado resolvi me deitar em uma cova me descansar para sempre, ascendi algumas velas, coloquei algumas flores em volta, fechei a tampa do tumulo e velei meu próprio corpo.

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⏰ Última atualização: May 14, 2016 ⏰

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