Cap. 15 - Morando com o cunhado.

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- Oi Rafa , eu vim te buscar -. Eu disse sorrindo. - como se sente?

- Oi Bia, tô de boaça , vaso ruim não quebra fácil -. Ele sorriu enquanto ironizava de si mesmo.

Rafael se levantou com cuidado mas pude ouvir um breve gemido ,ele não estava tão "de boa" assim. Então me aproximei dele, passei seus braços por meu pescoço e ele era bem maior que eu, caso ele caísse ali eu não poderia fazer nada além de chamar os médicos, mas ainda sim, após o doutor dar a alta descemos as escadas com Rafael apoiado em mim, o táxi estava na portaria , o senhor fez o trajeto pra nossa casa e o silêncio reinou no carro, um silêncio bom,nada constrangedor, Rafael estava com a cabeça apoiada em meu ombro dormindo e ele realmente se parecia com um anjo. Chegamos ao nosso destino e a corrida ficou em 70$: pouco menos que pensei. Dei uma sacudida em Rafael para que ele despertasse e pudéssemos enfim descansar em casa. Ele desceu do carro um pouco bambo e sem força, entramos em casa e ele se jogou no sofá.

- Vou fazer alguma coisa pra você comer , deve estar faminto -. Eu sorri enquanto pegava verduras na geladeira.

- Gosto do bife mal passado -. Rafael sorriu ironicamente.

O médico havia dito para ele não comer nada pesado,somente frutas, verduras e etc. E era isso que eu faria. Revirei os olhos.

- Sopa de alface ou abóbora? -. Ergui as mãos uma com cada alimento.

- Alface Beatriz -. Senti um tom mal humorado na sua voz,mas ignorei.

Me virei de costas guardando a abóbora e preparando a sopa de alface. Eu estava me sentindo a mãe nova mais de um homem imenso e tolo, só me falatava isso. A sopa ficou pronta e Rafael continuava no sofá, porem agora, dormia. O balacei e ele abriu lentamente aquele lindos olhos azuis, ele me encarou e eu retribui.

- Come um pouco, vai fazer bem-. Eu disse estendendo o prato para ele e trazendo um bom clima de volta para o ar.

Rafael sorriu para mim .

- Obrigado, me ajuda a chegar no meu quarto? Não tá muito fácil andar, quem diria subir escadas.

Ele torceu a perna e estava muito cheio de hematomas , o atropelamento tinha sido feio e ele realmente não estava bem, caso contrário eu nunca aceitaria pisar em seu quarto junto de si,mas naquela situação eu não podia negar e deixar que ele se virasse...

Tinha que ser vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora