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Vivendo em constante déjà vu
Com pressa de ir a lugar nenhum
Caminhando de olhos fechados
Respirando o ar quente da tarde

Precensiando tudo aquilo que vive
Parado querendo um lugar pra ir
Talvez ir, e ficar sem me redimir
Subsistindo ser quem não sou
Uma mistura de água com óleo

Uma mixordia de ação em nível zero
Prontidão em ir sem direção
Sem estacas ou lanças a serem me lançadas
Sem amores ou lírios a serem doados
Sou o espinho

O espinho que desejei ódio
Ódio por me tocar, me feriu
De olhos abertos, sem reflexo
Sem cor, sem vida
Sem dor, sem energia

Me feri, sem imagem
Sem ser, me feri.

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