Episódio 05

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― Vem ficar comigo, Lucas? ― Perguntava o homem do outro lado da linha.
― Não posso. Meu marido está perto aqui. ― Olhou de espreita pela porta para ver se seu marido chegara.
― Mas venha logo. Quero que você venha hoje aqui em casa. Seu cuzinho vai sair daqui ardendo. ― Sua língua passeou entre as gengivas.
― Eu já disse que não posso! ― Gritou baixo. ― Parece que é surdo.
― Vai vir aqui ou não? Se não for vim aqui, vou aí dar uma passadinha pra te ver.
― Tá bem, tá bem. Que horas quer me ver?
― Agora, pode ser?
― Sim. Já estou saindo de casa. Beijos, fique de pau duro me esperando.
Desligou o celular, pegou uma pistola e a escondeu dentro de sua calça ― De modo que ninguém percebia que ele estava armado.
Ele saiu e foi direto ao apartamento de seu amante.
Entrou no prédio, foi ao elevador e subiu até o andar do homem que o obrigou o encontrar.
Abriu a porta do elevador e ele foi apressado até o apê do tal homem.
Abriu a porta e andou lentamente até a porta do quarto dele, mas antes de entrar, ele tira a pistola, a carrega e a esconde atrás de si.
Entrou no quarto e viu o homem de PAU DURO deitado na cama, todo estirado.
― Vem deitar aqui comigo, amor ― Bateu sua mão no vazio da cama.
― Não. Acabou tudo entre nós.
― Você não sabe com quem vai abandonar. Sei de tudo sobre vo... ― Ele pôs a arama em punho e atirou. O tiro atingiu o olho dele e o sangue espirrou pela cama e por toda a parede.
Ele saiu calmamente e jogou a arma no lixeiro, mas como estava de luvas esterilizadas, não tinha como identificar o assassino.
Voltou para sua casa todo sorridente ― Tão falso ― Entrou com seu carro dentro do estacionamento subterrâneo, o desligou e foi para o seu quarto dormir o seu sono de beleza.

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Alessandro acordou com a luz solar iluminando seu quarto. Seus olhos abriram-se lentamente, e enxergou um pouco embaçado, o mexer leve das cortinas de seda.
Sentou-se na cama, pegou seus óculos, os colocou sobre seu rosto e foi fazer sua higiene matinal. Ainda tonteava no banheiro, se segurou na parede até voltar ao normal. Saiu do banheiro e levou um susto.
Ficou gelado ao ver seu ex-marido o observa parado a porta de seu quarto. Não percebeu que estava somente de cueca, e o seu ex o observava seu corpo por completo.
― Ale...Ale...Alessandro, o Tomás, nosso filho, está te chamando. ― Avisou timidamente com a cabeça baixa.
― Bom dia, senhor Diogo. Ah, me desculpe. Estou sem minhas roupas ― Tampou-se com o lençol.
O loiro a sua frente o olhou de espreita.
"Saudades de seu corpo, de sua boca e de seu sorriso" ― Diogo pensou.
― Desculpe-me em te incomodar, Alessandro. Vou ir para a sala. ― Ia saindo, quando foi chamado novamente.
― Não! Fica. ― Pediu ele com seu coração já batendo a mil.
― Por que? Eu errei muito com você. Não mereço um minuto de sua atenção.
― Seja o que for que aconteceu entre nós no passado, quero que saiba que eu te perdoei. Não posso me lembrar do motivo de nossa separação, mas te perdoo mesmo assim. Entendeu?
Alessandro se aproxima perigosamente de Diogo e o encara por alguns segundos. Então ele continua.
― Só não quero causar mais problemas com você e seu marido. Vou pedir para a minha chefe trocar de enfermeiro ainda hoje. Mas não com a consciência pesada, sobre o que aconteceu no passado. Não se prenda a ele. Viva o hoje, por favor. ― Segurou em suas mãos firmemente.
― Melhor se trocar. Tomás já deve estar impaciente.
― Ah, é mesmo. Me desculpe ― Se afastou vergonhoso, pois estava seminu na frente de seu ex-marido.
Ele se afastou e foi se arrumar na frente de Diogo.
O homem o observou de costas, reparou que ele estava mais encorpado, mais bronzeado, seus cabelos estavam mais sedosos, brilhantes. E logo abaixo das costas, a bunda havia crescido mais e estava durinha. Ele teve que se conter, para não se excitar e sua calça marcar o volume duro.
Ele se lembrou das manhãs, tardes e noites eróticas que teve com o seu primeiro amor, dos beijos quentes, dos corpos conectados e lembrou-se do primeiro beijo que deram atrás do ginásio da escola.
Saiu da letargia com a voz de Alessandro o chamando.
― Senhor Diogo?
― Sim. Me chame apenas de Diogo, por favor. Não quero que me trate como um estranho.
― Está bem, Diogo. ― Deu um sorriso tímido, e fez com que um calor subisse por dentro do homem loiro. ― Vamos descer?
― Vamos ― Respondeu rapidamente.
Os dois apressaram-se e foram tomar café da manhã junto com os anfitriões da casa e os pais do enfermeiro que acabara de chegar no dia anterior.

UM NERD EM MINHA VIDA - 2ª TEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora