Dangerously In Love

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Movi meu corpo confusa com a repentina situação, meus olhos indo para o rosto surpreso, mas visivelmente animado de Normani, então elas se conheciam de algum lugar e eu não fazia absoluta ideia da ligação? Que interessante não é?

— Podem explicar o que acontece aqui? – Pedi em dúvida, movendo meu corpo e curvando o rosto para observar Lauren que parecia surpresa, mas sua expressão pelo pouco que ainda a conheço parecia esboçar suas intenções de contentamento.

— Ah... isso é uma longa história. – Justificou olhando para Normani que concordou, mas não deixou de se mover de seu lugar para a abraçar com animação, e eu ainda estava ali, observando a cena com certa intriga... de todas as pessoas do mundo em Dallas, ela conhecia logo Normani? Uma das minhas melhores amigas de toda a minha infância, loucura...

— Juro que amo longas histórias, a complexidade me fascina. - Afirmei observando-as se abraçarem e logo após Dinah tomou o lugar de Normani para um cumprimento que me fez sorrir. Há muito que mudou aqui.

— Confesso que também desejo saber sobre essa coincidência. - Dinah me acompanhou, e nos movemos para acomodarmos em nossos lugares, ajudei Lauren me sentando a seu lado, ficando de frente a Dinah e Normani.

Minha aeromoça moveu-se em seu lugar, concentrada em estabelecer uma linha de raciocínio para começar a contar seus relatos.

— Certo... quando eu tive que começar meu curso de comissária em Dallas precisei de advogado na época, aconteceu alguns problemas com certos documentos meus, pela minha descendência Cubana, e Zara me indicou ela..Zara que era amiga dela na verdade, elas se conheciam há muito tempo e isso facilitou que eu considerasse ela como alguém de confiança, e ela me ajudou muito sobre aquilo, até hoje eu sou extremamente grata, foi aí que a nossa aproximação se deu certa, uma amiga, não tão próxima... mas que me ajudou muito quando eu precisei. – Lauren falou sorrindo genuinamente animada para Normani que parecia entregar em tom recíproco o seu exato tipo de carinho.

Eu me sentia paralisada, no bom sentido, com todas aquelas informações.

— Cubana... - Refleti arqueando a sobrancelha para ela que sorriu abertamente com o meu exato foco na sua conversa.

— Eu ainda não lhe contei? - Parecia um pouco perdida nas lembranças, eu neguei... é um detalhe interessante, o exato tipo de informação que eu nunca me esqueceria...

— Há muito o que saber sobre você ainda, Senhorita Jauregui. – Sugeri um pouco fascinada com a grandiosa revelação, ela pareceu se inquietar com meu encarar pretensioso e lotado de tantas intenções que tenho certeza que ela não será capaz ainda de enumerar.

Não nego que exista muitas coisas as quais ainda deve conhecer sobre mim. - Respondeu baixinho. O som de pigarreou me tomou a atenção para recordar devidamente que as duas mulheres que nos acompanhavam ainda estavam ali naquela mesa, nos encarando com expressões repletas de malícia e visível curiosidade. Eu apertei os lábios entendendo o que expunham em suas expressões maliciosas.

— Como estão? – Perguntei mudando o rumo de nossos assuntos. Dinah umedeceu os lábios, mexendo com vaidade em seus cachos dourados. Tinha os olhos marcados em uma maquiagem que se destacava, o batom neutro em um vermelho menos chamativo. Sua beleza é diferente, e rara. Talvez seja esse o diferencial dela no ramo em que trabalha.

Ela é única.

— Estamos bem, mas fiquei surpresa sobre a sua ligação nos convidando novamente, refletimos que de alguma maneira você estivesse assim sempre tão ocupada, que nos convidar para um novo encontro de maneira tão breve tenha me surpreendido mesmo, não nego. - Seu comentário foi seguido de um movimento de acomodação em seu cadeira. Os olhos caramelos quentes, seu olhar engolia a alma também. Desconcertante em alguns pontos se fosse algo amoroso, mas não era, é algo mais firme, concreto, real. A firmeza do seu olhar era o que eu chamava de firmeza da verdade.

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