Parte 1

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Era dia de ação de graças e a maioria dos atendentes receberam folga para aproveitar o dia com suas famílias. Richard achava que aquilo era importante, muito mais que isso, aquilo era uma dívida que ele tinha com aqueles que sempre deixavam de lado suas vidas particulares para atender seus chamados a qualquer hora quando surgia um caso complexo no hospital. Na maioria das vezes eles sabiam que era capricho do chefe chamá-los quando não havia necessidade, afinal, sempre havia um substituto para suas funções quando eles saiam do hospital e voltavam para suas casas, mas sempre atendiam aos seus chamados. O chefe só confiava em sua equipe principal. Mas naquele dia, Addison, Callie e Mark aproveitaram que não estava chovendo e vestiram suas roupas de esporte para se exercitarem sem seus pagers, longe de hospital, longe de filhos, longe de qualquer responsabilidade com o dia de ação de graças. Foram até as terras afastadas que Derek havia comprado assim que chegou em Seattle.

Addison odiava aquele lugar, principalmente aquele trailer, que eles avistaram assim que estacionaram em frente, onde Derek fazia questão de passar seus dias de folga. Eles deixaram o carro ali e começaram a afastar-se enquanto corriam juntos.

Isso sim é adrenalina! _ exclamou Mark _ Correr em um lugar livre, sem correr o risco de esbarrar com duas ou três pessoas...

— Pra mim adrenalina é outra coisa _ comentou Addison tentando acompanhá-los _ É uma sala de cirurgias, bisturi na mão, medo de errar, a responsabilidade em ter que acertar... Nada ganha disso, nem sexo.

— Não. Sexo ganha! _ discordou Mark com um sorriso malicioso no rosto.

— Sexo ganha _ concordou Callie.

— Foi maneira de dizer.

— Qual os limites disso aqui? _ perguntou Callie.

— Não tenho a mínima ideia _ respondeu Addison _ Derek sempre dizia que ia fazer uma casa ali! _ ela apontou.

Callie e Mark riram olhando para o terreno vazio marcado com a planta da futura casa no chão.

— Vamos tentar achar o limite disso aqui... _ comentou Mark adentrando o mato.

— Você está louco, Mark?! _ exclamou Addison.

Callie sorriu, gostava de aventura, rapidamente seguiu o amigo e Addison, sem escolha, foi logo em seguida.

— Você não acha que corremos o risco de nos perder no meio de todo esse mato? _ perguntou a ruiva olhando para os lados.

— Não!

— Ok, a gente está aqui, provavelmente sem sinal de celular... Se alguma coisa acontecer...

— Vai ser emocionante! _ completou Callie _ Já pensou se aparecer um urso? Vamos ter uma boa historia de feriado de ação de graças para contar.

— Eu já tento tragédias suficientes de dia de ação de graças para contar, não preciso de mais uma _ comentou a Addison.

Mark gargalhou lembrando das histórias trágicas que Addison já havia passado no feriado.

— O que foi? _ perguntou Callie sem entender.

Addison empurrou Mark, que continuou a rir.

— O que foi, gente? _ perguntou Callie curiosa.

— Addison e ação de graças na mesma frase é um verdadeiro desastre _ disse Mark _ Você lembra quando Nancy pegou salmonella?

— Mark!

— E o dia que você caiu em cima de Carolyn?

— Mark, você quer fazer o favor de calar a boca?!

For everyday until eternityOnde histórias criam vida. Descubra agora