De Repente... Princesa

30-Confusão

Acordei com o bebê chutando minha barriga como se dissesse que estava na hora de acordar.

- Calma bebê, calma- Falei me levantando e indo em direção ao banheiro.

Após uma linda visão da minha comida da noite anterior, tomei um belo banho e fui tomar café.

Fui em direção a cozinha que tinha na casa, era pequena e tinha poucos móveis, Rachel ja tinha feito o café mas só o cheiro me fez ter enjoo. Peguei apenas um suco com torradas.

Depois de ter sentado na mesa, vejo alguém vindo em direção a cozinha, para meu pesadelo, era Bia.

Quando me viu revirou os olhos e pegou uma fruta, não se incomodou de eu estar na mesa e sentou a minha frente.

- Por que está aqui? Seu namorado te largou grávida por que você é uma completa sem sal? - Falou debochando, que garota chata.

Revirei os olhos e contei até 10 tentando manter a calma. Não respondi e ela sorria ainda mais.

- Coitado desse pirralho, vai crescer sem pai, o tadinho vai sofrer com a sociedade- e gargalhou. Ela podia falar de quem quisesse menos do meu filho.

- Olha garota, você não tem o direito de falar do meu filho nem de mim. Você não me conhece, não sabe quem eu sou, ou meus motivos pra estar aqui.

- Ah então a pirralha resolveu se manifestar, e até bonitinho ver uma criança com raiva- Ela apertou minha bochecha.

Bati na sua mão.

- Não toca em mim ou...

- Ou o que? Você acha que eu tenho medo de uma anã como você? O pai do pirralho teve razão em abandonar vo...- Não esperei ela continuar, as duas ja estavam em pé e eu estava furiosa com essa mimada.

Senti minha mão arder com o tapa que eu dei em sua bochecha, mas valeu muito a pena. Meus cinco dedos ficaram estampados em seu rosto e eu sorri satisfeita.

Rachel chegou a tempo de presenciar a cena e estava estática. Senti um medo muito grande. Ótimo, era tudo o que eu precisava, estava sem ter pra onde ir.

- Desculpe Rachel, vou fazer minhas malas- Falei indo em direção ao quarto, peguei algumas roupas de dentro do armário e coloquei dentro de uma bolsa.

- Não precisa fazer isso, confesso que queria ter feito o que você fez a muito tempo- Rachel falou- Pode ficar o tempo que for- E se retirou.

Eu não tive escolha, tinha que ficar. Precisava ser racional, não por mim, mas pelo bebê. Ficaria até encontrar um lugar onde morar. Acho que o valor que eu juntei nesses 4 meses era suficiente para alugar um sobradinho, o que teria que ser rápido.

Eu desci para trabalhar e novamente aquele moço de roupas bonitas apareceu. Dessa vez pediu que eu saísse com ele apenas para conversar.

Mas o que será que ele quer comigo, seria a vida me dando uma nova chance de ser feliz? Talvez fosse, mas não poderia me entregar tão cedo, afinal, meu coração ainda era de outra pessoa.

Aceitei por educação, e ele ficou realmente feliz. Vai entender. Ele combinou de me buscar depois do expediente e se despediu com um beijinho na bochecha.

Falei a Rachel que ficou super feliz por mim. Parece que nem se importou pelo tapa que dei na sua filha.

Me peguei pensando em Justin, nada de pensamentos românticos. Apenas fiquei curiosa, queria saber de onde ele veio, parecia ser um bom amigo.

Voltei ao meu trabalho até ele ser terminado. No final do dia, tomei um banho e coloquei um vestido soltinho de cor vermelha.

Fiquei sentada em uma das mesas do restaurante esperando Justin. Ouvi um barulho na porta o que significava que alguém tinha entrado. Olhei e vi Justin em uma de suas roupas chiques.

Sorri e ele sorriu em resposta.

- Puxa, você fica mais bonita sem aquele avental. Vamos? - Falou enquanto pegava minha mão me ajudando a levantar.

- Ah! Obrigada- Falei tímida.

Ficamos apenas passeando e falando sobre nossas vidas, ele perguntou bastante, o que chegou até a me assustar. Depois cheguei a conclusão que ele só queria me conhecer.

Depois de terminar o trajeto, ele apenas me levou para casa.

☆☆☆
E incrível que quando eu estamos tristes a nossa criatividade aumenta! Pelo menos eu sou assim :(

Obrigada por todo o carinho gente, vocês são os que mais me fazem felizes nesses momentos♡