Capítulo 1

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-Bom dias cidadãos de Seatle, hoje a temperatura parece favorável e o clima está previsto para muito sol logo após o almoço, porém o trânsito hoje parece estar um pouco mais agitado. Thomas Clint anunciando da rádio Fm, uma bela manhã população da grande cidade. - A voz do homem falava no rádio despertando o mais jovem que dormia esparramado sobre a larga cama. Mal abria os olhos pela grande iluminação devido a janela ao lado com as persianas abertas.
Se sentou na cama e observou ao redor, a manhã seria o mesmo desafio como todas as outras, o homem olhava todo o local enquanto lia os post-it coloridos colados por toda a extensão do quarto bagunçado, depois abria o livro guia que ficava sempre no mesmo lugar, não que garoto se lembrasse disso e passava ali, sentado na ponta da cama nas próximas meia hora apenas folheando as páginas que continham todas as informações necessárias.
Caminhou pela casa, tentando se lembrar de cada cômodo novamente, onde tudo parecia novo. Enquanto lia mais post it ele tentava manter tudo isso em sua cabeça ainda confusa sobre as informações que foram jorradas em cima de si pelo livro, mais alguns dos vários papéis colado pela casa diziam sua rotina, as pessoas com quem deveria conversar, lugares que deveria ir, entre outras várias outras coisas.

"Café da manhã com Liam" um post-it verde fluorescente colado na porta de sua geladeira dizia também o seu endereço e horário.

Enquanto corria pela extensão do parque central da grande cidade, as pessoas lhe acenavam e o cumprimentavam de forma simpática, o mesmo não as reconhecia mas acenava de volta sem parecer confuso ou estranho. O rapaz correu por mais uns minutos até que parou em uma pequena fonte para descansar, pausou a música agitada que tocava pelos fones de ouvido e tirou de seu short de ginástica um aparelho preto que mais parecia uma caneta do que um gravador. Ainda com a respiração acelerada o mesmo apertou no botão de ligar e começou a falar:
-Segunda feira, 28 de maio, 7 horas e 21 minutos. Um dia ensolarado, com uma brisa leve. Dor de cabeça e tenho que encontrar Liam ás 8 horas. - O mesmo checou a agenda do celular para confirmar se era isso mesmo, Encontrar Liam.

[...]

-Qual é Louis, me atenda, sei que você está ai. Provavelmente do lado do telefone mexendo inquietante no porta-balas. - Após a voz do garoto soar no telefone, Louis percebeu que estava fazendo exatamente o que ele dissera, ele o conhecia tão bem, a cabeça do menor martelou. Louis logo tratou de largar o objeto e continuou ouvindo a mensagem no telefone residencial - Por favor. Olha me desculpe, prometo que vou lhe compensar, apenas atenda a chamada - Ele quase iria fazer, porém Zayn entrou na sala o impedindo dando um tapa na mão do garoto.
-Qual é Malik, ele pediu desculpas, o que mostra que ele está arrependido. - O garoto nervoso dos olhos azuis tentou convencer o amigo.
-Eles sempre estão, sempre. - Zayn disse já atravessando a sala e entrando na cozinha dando ênfase em sua última frase. - Esqueça esse cara e também todos os iguais a ele, você consegue algo melhor. E aliás, você não vai se atrasar para o trabalho?
Dando uma olhada rápida no relógio pendurado no alto da parede da sala, Louis percebeu que estava alguns minutos atrasado. O mesmo saiu murmurando pelos cômodos da casa a procura da chave da lata velha estacionada na frente do pequeno hotel.
Antes de sair, encarou seu colega que já estava jogado no sofá tomando seu café e observando o desespero do garoto.
-Era bom no começo - Louis falou em voz alta tentando se convencer disso.
-Sempre é, todas as vezes. Ainda não aprendeu isso? - O garoto no sofá arqueava uma sobrancelha e dizia em tom de ironia.
Desceu as escadas correndo, enquanto ajustava a alça de sua mochila, falava com os vizinhos e conversava com o porteiro, que vendo a bagunça do menor abriu a porta para o mesmo. Andou até seu carro vermelho, um dos modelos antigos que ele ainda dizia ser um clássico, porém a grande lata-velha possuía algo amarelo travando as rodas frontais. Visto que para resolver seu problema demoraria um tanto e que ele já estava atrasado, o mesmo optou por fazer o caminho até seu trabalho caminhando - ou melhor, correndo - Enquanto ia o mais rápido para o local, ele parou em um jardim ali perto e apanhou algumas flores que estavam plantadas. Seu chefe usava flores sintéticas e sem graça, o que era relativamente sem graça. Atravessou a rua correndo tomando cuidado para desviar dos poucos carros que passavam ali e logo pôde avistar um homem careca arrumando as mesas na calçada.
-A culpa não foi minha dessa vez, foi o....
-Deixa eu adivinhar, foi o carro? - Seu chefe disse com pouco humor enquanto olhava no relógio e fazia a conta mentalmente de quantos minutos o garoto tinha se atrasado.
-Na verdade não tinha nada de errado com o carro, ele foi...
-Guinchado? - O mais velho completou a fala novamente do garoto que tentava controlar sua respiração. Louis balançou a cabeça negando enquanto apoiava as mãos no joelho, pensando que precisava fazer mais exercícios. - Travado? ou algo do tipo?
-Sim - ele concordou não muito orgulhoso de seu incidente. - Trouxe flores novas, e não como essas de plástico. - Ele sorriu tentando ser gentil enquanto observava seu chefe observar as mesmas. - Porque vamos ser sinceros, os clientes as odeiam e eu também e se você for totalmente honesto dirá que as odeia também.

Forgotten Past => Larry S.Onde histórias criam vida. Descubra agora