Capítulo 2

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Harry saiu da cafeteria e andou mais algumas quadras até chegar no local anotado em sua agenda. Ao abrir a porta ouviu-se pela extensão o barulho do sino e uma senhora de cabelos grisalhos submergiu de trás do balcão, a mesma sorriu ao identificar seu funcionário.
-Bom Dia Harry, eu estava pensando que pela primeira vez você estaria...
-Atrasado? - O rapaz completou a frase. Neste momento o relógio manifestou-se chegando na sua hora exata, até parecia como se a cena estivesse programada.
-Mas isso nunca acontece - A senhora simpática olhou o relógio e sorriu. - Sam voltou e precisa falar com você.
Harry acenou para a senhora e caminhou para o final da relojoaria e encontrou na sala ao final do corredor o senhor Foster, seu chefe, ele analisava de perto algumas joias e um relógio de pulso desmontado sobre a mesa.
-Olá Sam, tudo bem? - O rapaz perguntou ao adentrar na pequena sala e fechar a porta.
-Bom dia, estava bem até perceber que perdi uma pedra. Aquele lindo diamante azul. Você o viu? Acho que estava o limpando alguns dias atrás. - Sam fez uma pausa e voltou a falar calmo porém apreensivo com o rapaz -Harry, você foi o último a pegá-lo. Mas deixa para lá, vamos achá-lo uma hora ou outra.
O garoto olhou ao redor da sala tentando se lembrar de algo relacionado sobre o objeto e quanto mais tentava, mais falhava. Ele realmente não sabia nada sobre o diamante, ele nem sequer lembrava sua aparência.
-Ouça, Sra. Bing precisará de seu broche logo, você pode cuidar disso?
-Sra. Bing? - Harry perguntou
-Sra. Bing é a mulher que usa muito perfume. Quando sentir o cheiro saberá quem é.
-Ah, eu...não iria saber - Disse Harry num tom brincalhão, porém dizendo a verdade.
Harry pegou o gravador de seu bolso e esperou o toque para começar a falar - Prioridade, consertar o broche da Sra. Bing.
-Na verdade Harry, eu não estou muito preocupado com o broche da senhora, é o diamante, eu realmente preciso dele. E você, eu também preciso de você - O senhor deu dois tapas de leve no ombro de Harry e saiu da sala.

(....)

-Fim do mês. Mensalidade do curso, aluguel, empréstimo estudantil, pagar a liberação do meu carro. - Louis jogou várias das cobranças do mês em cima da mesa e encarou seu colega que comia sobre o balcão alguma porcaria. - Sabe, eu gostaria que alguma coisa estivesse ao meu favor, assim, só para variar. - O menor disse frustrado.
-Certo, qual o valor? - Zayn se aproximou do menor com um talão de cheques e uma caneta. Basta apenas me dizer o valor que irei te ajudar Bro.
Louis recusou sua ajuda, alegando que não podia pegar dinheiro emprestado com ele, de novo, mas Zayn não ligava, sempre foi assim, ele sempre ajudava Louis em qualquer situação, seja ela grande ou não. O mesmo queria fazer isso no momento, porquê sabia que Louis estava precisando disso, de alguém para ajuda-lo. - Deixe pelo menos eu pagar para liberarem seu carro. Apenas me dê um número redondo.
-Bem...Multas antigas, multas atuais, taxa de bloqueio, dá uns 175, 200 Dólares.
Zayn preencheu as lacunas com suas informações e entregou ao seu amigo o folheto com a quantia em dinheiro necessária. Louis agradeceu e disse que pagaria de volta, mas o amigo não ligava para isso, o mesmo conseguia viver sem aquele dinheiro por um tempo. - Alguma novidade sobre o inventário da herança? A missão impossível como você costuma chamar?
-Estou começando a pensar que isso é uma causa perdida. Mas irei fazer as coisas de forma diferente. Começando hoje, irei arrumar minha situação financeira e vou até terminar com o Roger. - Louis sorriu e observou seu colega afirmar com a cabeça - Você estava certo Bro, que cara não aparece no aniversário do namorado?
-Viu? Isso mesmo. E faça um favor a si mesmo, encontre alguém legal e normal para variar. Ele está por aí.
-Ninguém conhece você Zayn, é uma boa pessoa. - Louis disse rindo, porém falava a verdade, ele o admirava, seu amigo sabia que ele era gay e mesmo assim o aceitou dentro de sua casa. Os dois brigavam ás vezes, pelo controle remoto ou para tomar a última cerveja da geladeira, mas eles sempre voltavam a se falar normalmente.
-É por isso que moramos juntos, porque você é facilmente iludido. - Os dois fizeram o típico toque de mãos e Zayn saiu para mais um turno no trabalho.

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