Capítulo 3

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Por uma pequena fresta da janela,
que eu deixara
ontem aberta ,
feita pelos movimentos da cortina, de acordo com as rajas do vento,
um raio de sol ultrapassou, localizando assim o meu rosto.

O raio começava a me incomodar,
abri os olhos,
em seguida os fechei, e aí abri novamente
na tentativa
de deixa-los acostumado com
a claridade ;
olhei no relógio que se encontrava no meu pulso, marcava 8:28Am.

Não estava com a mínima vontade
de levantar daquela cama grande e macia.
E ainda estava com muito sono .
Meu primeiro sono, depois de tudo que me aconteceu .
Me esforcei para levantar-me,
no entanto só conseguir
ficar deitado fitando, um lustre que se encontrava no centro do teto.
O lustre era rico em detalhes indianos bem trabalhados e emoldurados,nota-se uma autenticidade esmerada na luxuosa peça .

Ouvi o telefone residencial tocar.

Com a preguiça instalada no meu corpo e ainda sonolento levantei-me com uma certa dificuldade,me espreguicei e ainda
meio cambaleante,
localizei o aparelho do corredor;
andei até a sala,
peguei o telefone do gancho e atendi:

-Alô?!
(minha voz soava rouca, denunciando que havia pouco tempo que acabara de acordar.)

-Olá!!!
Lucca, sou eu, Marcelo.
Lhe acordei???
(A voz entusiasmada, quis saber.)

-Ah!!!
Marcelo!
Sim,
estava dormindo,na verdade, já estava acordado, mas a preguiça Sabe?! (expliquei)

-Seiii...
(risos)

-Lhe garanto não sabe , meu caro! . (risos)
Mas o que era??

-Bom, como você não conhece,
absolutamente nada aqui, me ofereço para lhe servir de guia ;
Conheço aqui como a palma da minha mão.
Lhe acompanho só como um amigo, não precisa me pagar nada.
Que tal??
(falou entusiasmado)

-Cara, você não existe.
Claro, aceito sua companhia.
(confirmei)

-Passo por aí nestante.
(garantiu ele)

-okay.
Fico feliz por ter feito um amigo.

-Eu também .
Daqui a pouco passo por aí.
Até mais.

-Até. ☺

Coloquei o telefone de volta
no lugar de origem ,andei em direção a suite
fiz minha higiene pessoal ;
Abri as janelas,
para pegar uma arejada no recinto ,
comi algo,
tranquei a porta, e desci pra portaria.
Fiquei conversando uns instantes com o porteiro enquanto o meu mais novo amigo seguia o seu percurso .

Minutos depois
lá estava Marcelo, acenando do carro esporte,
com aquele jeito, amolecado, que me convida a descontrair, aquele jeito alegre que me convida esquecer tudo que minha mente insana insiste em lembrar ;Tenho certeza que seremos grandes amigos.

Dou tchau ao porteiro.
Ando na direção do carro,
cumprimento-o , e entro do lado do passageiro.
E então ele da a partida no veículo.

-Como passou a noite?? (perguntou )

-Passei bem...
(falei vislumbrando os grandes prédios)

-São Paulo é mesmo bonita.
Moro aqui desde sempre, mas não me canso de apreciá-la a cada dia.
(falou percebendo que eu estava admirado com a altura e beleza dos prédios)

-Realmente...
(falei)

-Você vem de onde mesmo???
(ele quis saber)

-Eu...
Eu...
venho de Sergipe...(falei com uma voz embargada de lembranças)

-Sergipe ... tenho alguns amigos que moram lá.
(disse ele)

-Hum...
(falei seco)

-A vida lá, não é muito fácil.
Né?
(continuou ele)

-È, realmente.
(falei novamente seco)

-Veio em busca de oportunidades de emprego ou mulher ??? (perguntou ele)

-Oportunidade de emprego?! Mulher??
Não meu amigo, vim por outros motivos.
(respondi ironicamente sério)

-Hum.
Então já está, com um trabalho e já tem esposa.. .
(disse ele)

-Na verdade, tô aqui de pára-quedas .E não, não tenho esposa.
(respondi apenas)

-Pára-quedas?? Não tem profissão??
(perguntou)

-Sou jornalista, mas não pretendo trabalhar nunca mais nessa área. (respondi sério, pretendia acabar com aquele assunto)

-Motivos pessoais?

-Pessoais.
(Ele percebeu que eu estava ficando desconfortável com o bombardeio de perguntas e calou-se) -Mas também sou fotógrafo, pretendo trabalhar aqui,
como um fotógrafo.
(Mudei o rumo da conversa)

-Hum,legal.
(falou apenas)
Chegamos.
(disse por fim)

Ele então estacionou o veículo,e me conduziu, até a entrada do que parecia ser um... MUSEU???
Lá eu conheci, toda a história,como surgiu, como cresceu, como vive, de quê vive...
A grande SP.

Depois, fomos conhecer os pontos turísticos,no caso, Eu fui conhecer.
Cada partícula me encantava,chamava a minha atenção.
Me dava gosto andar por aquelas Calcadas . Eu inalava aquele ar morno...
Aquele seria o ar que eu respiraria, o chão em que eu pisaria...
agora e para sempre.

Deu 12:00,fomos almoçar num restaurante italiano, pela propaganda que o Marcelo me fez a Comida deve ser realmente boa! Boa não ÓTIMA .Apesar de ele ser uma pessoa suspeita, pois os donos do restaurante são os sogros, mãe e pai da mulher dele.
Escolhemos uma mesa. Sentamos, olhamos o cardápio, e em seguida fizemos os pedidos para uma garçonete que estava ao pé da mesa em prontidão.
O local era de encher os olhos, tudo bem arrumado.
Batia exatamente com a descrição que o meu amigo fizera .
Alguns minutos depois os nossos pedidos tinham se transformado em pratos.
A Comida era realmente ÓTIMA.
Um verdadeiro manjar.

-Realmente, meu amigo.. . (falei engolindo um bocado de comida)

-Eu disse!
(falou ele rindo)

-A Comida é uma delícia.
(disse dando um gole na bebida )

Acabado o almoço , pedimos a conta,
quase "brigamos", pois queria pagar a conta, e ele também . Mas graças a Deus entramos no consenso, e a rachamos .
Pagamos, e então derrepente com uma voz vergonhosa uma mocinha de aparentemente 16 anos se direcionou pra Marcelo e disse :
-Tio Marcelo,a tia Flora, disse que é pra o Senhor ir lá no escritório.
-Mafra diga a sua tia que eu estou com um amigo... (disse olhando pra mim)
-Marcelo , vai lá. Eu espero. (falei por fim)
-Ela disse que era importante, e disse que era pra ir e levar quem estava com o senhor ...
(disse ela baixando o olhar)

Dei uma olhada interrogativa para o Marcelo, o mesmo olhou para mim e disse :

-Vamos conhecer minha cunhada Lucca!
(falou com um leve riso no rosto).

Seguindo ele, ao tal escritório que era localizado no segundo andar, pegamos um lance de escadas e chegamos, a porta estava entre aberta,
meu amigo tomou a frente
e abriu a mesma; e me convidou para entrar .
Entrei na grande sala, inteiramente organizada,
com riqueza de detalhes em cada canto ,
quando bati os olhos no centro da sala
uma bela jovem mulher ,
de aparentemente
vinte e dois anos de idade, estava sentada com as grandes pernas cruzadas
formando um belo "X" numa cadeira giratório de cor preta
manejando uma caneta de cano prata
entre os longos dedos com grandes unhas decoradas .

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⏰ Última atualização: Jul 09, 2016 ⏰

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