Capítulo três

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E foi assim que o meu tormento começou.

Depois que o Mark tirou minha virgindade, os outros dois também me usaram e fazem isso até hoje. Sou o objeto de prazer deles. Até quando eu não sei, pois não vou ser jovem para sempre. Eles podem não envelhecer, mas eu envelheço. E quando isso acontecer, devem me matar.

Desde que vim até a mansão, não saí mais. Dois anos sendo usada para os prazeres de três sanguessugas bonitões. Não sei como faziam, mas sempre traziam comida para mim. E não eram bizarrices como o que eles comem, era comida de humanos e comida boa. Se não ficasse presa aqui e não fosse forçada a fazer sexo com eles, até poderia dizer que não tenho uma vida ruim, mas não posso dizer isso.

Hoje era o dia do Frank e era o que eu menos gostava. Principalmente se eu me atrasasse. Os castigos dele eram os piores, ele era mesmo um cara do mal. Gostava de ver meu sofrimento. Ele quase me matou. Bebeu meu sangue até eu perder os sentidos. Acordei deitada na cama do Mark me sentindo muito mal. Mark disse que teve que fazer transfusão de sangue em mim, pois Frank quase me matou. Pelo menos ele também foi castigado depois disso.

Mark o proibiu de me tocar durante seis meses. Isso foi bom afinal de contas. Mas agora ele podia me tocar de novo e eu estava tão apavorada como da primeira vez. Olhava o relógio a todo o momento para não perder a hora. Com vinte minutos de antecedência, estava em frente à porta do quarto dele. Frank apareceu no corredor e ao me ver, sorriu debochado.

— Está pontual até demais, querida.

— Vai me castigar por isso também? — falei com acidez.

— Posso pensar nisso...

Suspirei e passei pela porta quando ele abriu.

— Por que está tão amarga?

— Se você tem problemas mentais eu não tenho! Você quase me matou! — Encarei-o com fúria.

— Exatamente, quase matei. No entanto, você ainda está aqui e me respondendo. — Cruzou os braços. — Merece outro castigo.

Soltei um grunhido de irritação.

— Seu sangue foi o mais saboroso que provei. Todos que vem aqui na casa tem algo impuro nele. Não queria te matar, só quase não consegui parar.

— Só isso — resmunguei debochada.

— Se ficar falando assim, vou fazer de novo...

— Se fizer vai ficar sem mim durante um tempo outra vez.

— Sim, mas vou provar desse delicioso sangue puro. — Puxou meu cabelo, fazendo minha cabeça cair para o lado e abriu espaço em meu pescoço. Ele beijou levemente e eu fiquei tensa.

— Pena que o sangue não é mais meu, não é? — falei sarcástica e uma risada saiu de sua garganta.

— Seu senso de humor é o que eu mais gosto em você, Sofia.

— Achei que fosse meu sangue... — falei carrancuda e ele riu mais forte.

— Hoje você está terrível, garota! — Me empurrou na cama com força.

†††

Estava deitada na cama olhando o teto. Tinha acabado de tomar banho. A água estava quente e gostosa caindo em meu corpo. Diferente das mãos de Frank.

Tudo isso só acontece por minha culpa. Eu era a mais certinha do grupo e mesmo assim topei essa maluquice de vir a essa mansão. Eu devia ter dito que não era uma boa ideia. Apesar de não acreditar no que o povo falava, não tinha que provar nada a ninguém, mas claro que eu tinha que fazer o contrário.

DEGUSTAÇÃO - Salva pelo inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora