Manuella Medeiros
Saímos do restaurante e fomos para a revista. No caminho fico pensando no que aconteceu. Como consegui resistir àquele homem pronto para me levar ao céu ali mesmo? E agora? Será que ele vai me procurar de novo? E se não for? Vou me arrepender de não ter o devorado ali mesmo? Me perco em meus questionamentos e sou interrompida por Mi.
- O que acha, Manu? - não faço ideia do que estão falando, mas vou ter de responder para não perceberem minha distração.
- O que? E... Acho... Uma ótima ideia.
- Acha uma ótima ideia sairmos do apartamento e ir morar debaixo desse viaduto? - Droga!
- O que? Não, tá louca! - Estavam me testando e cai direitinho!
- Poxa, Manu, o que está acontecendo? Desde o restaurante não fala uma palavra, sua cabeça está em Marte - mau sabe ela que minha cabeça está em um juiz gostosão que tem o poder de me deixar louca - Vai nos dizer o que aconteceu no restaurante?
Não quero contar a elas o episódio do banheiro, quanto menos souberem, menos irei pensar nele já que se essas duas fofoqueiras souberem irão me perturbar com isso o tempo todo! Tenho que pensar em algo, bem rápido.
- Eu... Não sei, acho que é porque estou com minha cabeça explodindo.
- Quer passar na farmácia pra comprar algum remédio? - Mi, parece preocupada, acho que acreditou.
- Não, obrigada, vai melhorar logo. - meu coração dói. Detesto mentir para elas, principalmente Mi.
- Então tá, você decide, mas se não melhorar eu vou comprar sim.
- Tá bom, obrigada, meu amor.
Logo chegamos à revista. Vou para minha sala, pego meu iPod e escolho Ellie Goulding - Burn, e vou trabalhar. O dia passa voando, e logo é hora de ir para casa. Nesse momento Mi entra em minha sala.
- Manu, vamos?
- Vamos, só vou ajeitar umas coisas aqui, e pegar alguns trabalhos para terminar em casa. - digo já providenciando isso.
- Você e essa mania de trabalhar demais. - ela sempre reclama de meu trabalho excessivo.
- Tá, vamos logo.
Vamos para casa e ela fica o caminho todo falando do homem que conheceu na balada que havia ido no fim de semana. Eles haviam conversado por e-mail, e ela está super empolgada.
Assim que chegamos, vou tomar um banho. Debaixo do chuveiro fico pensando no homem que já dominou meus pensamentos muitas vezes até sem me conhecer, e agora está sendo o centro das atenções de minha cabeça. As palavras dele foram diretas. "Vou aparecer nos seus sonhos mais eróticos para lhe perturbar" essa frase mexeu comigo. Termino meu banho e vou trabalhar. Fico entretida escrevendo, e lendo sobre tudo, e quando olho as horas, já são quase 2h da noite. Estranho Mi ter ido direto para o quarto e não sair mais de lá, pois sempre vinha conversar comigo e ficamos até tarde trocando ideias e falando de homens, sempre os dela, pois não sou moça namoradeira. Já tive 3 namorados no total, e não quero saber de me envolver com mais ninguém, já sofri mais do que qualquer um pode imaginar.
Visto minha camisola de seda azul, e vou deitar. Para ser sincera, dormi pensando naquele juiz. De repente, ele invade meu quarto, não faço ideia de como entrou.
- Boa noite, minha morena. - ele diz escorado na porta, já fechada e trancada.
- Como entrou aqui? - pergunto sem entender.
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Na mira do destino
RomanceManuella Medeiros, aos seus 24 anos formada em jornalismo, trabalha numa famosa revista de fofocas. Em uma de suas entrevistas se vê na mira dos intensos olhos cor de mel de um dos juízes mais cobiçados do país, o renomado Rodrigo Duarte. Rodrigo Du...