Na mira do destino

Capitulo 4

Rodrigo Duarte

Acordo, me ajeito e vou trabalhar. A manhã passa como um flash! Estou tão ocupado hoje que nem vi a hora passar. Estava me organizando para sair quando Alexandre entra em meu escritório, me chamando para almoçar. Vamos para o restaurante e dessa vez não encontro aquela morena! Fico conversando com Alexandre enquanto comemos. Esse tarado só sabe falar de foda e mulher, não nega ser um Duarte. Assim que terminamos voltamos para a empresa.

Estou perdido em trabalhos e papéis, quando Amara, minha secretária, bate na porta e entra em meu escritório.

- Sr. Duarte. - ela diz em cumprimento.

- Oi, Amara, o que foi?

- Preciso falar com o senhor. - ela diz e sua expressão é de tristeza.

- Venha, sente-se, pode falar. O que foi com você? Esta triste?

- Eu... - ela fica muito sem graça, mas continua - eu vou precisar sair do escritório. - Meu desapontamento não é segredo. Amara é a melhor secretaria que já tive, trabalha comigo há anos. É uma excelente profissional em seus, quase, 40 anos.

- Mas por que? Está a tanto tempo conosco. O que foi?

- Meu filho está com problemas de saúde, vou precisar voltar para o interior, onde mora, para ficar com ele. - ela diz quase em um sussurro.

- Que pena. Realmente sinto muito por não tê-la mais na empresa. Mas entendo seus motivos. O que seu filho tem? Talvez eu possa ajudar.

- Não precisa Dr. Rodrigo. Mas, muito obrigada.

- O que ele tem? - pergunto novamente.

- Sofreu acidente e está em coma. O médico disse que ele vai precisar de fisioterapia para recuperar os movimentos das pernas, se conseguir recuperar. - ela responde triste. Então tiro um cheque do bolso e dou a ela R$ 5.000 sei que essas coisas são caras, e ela não tem condição pra isso. Trabalha comigo há tanto tempo, com tanto esforço e dedicação. Ela merece. E para mim, nem vai fazer diferença.

- Tome. - digo entregando o cheque a ela, e sorrindo.

- Não, não posso aceitar Dr. de jeito nenhum.

- Isso é em consideração a você, já trabalhou demais aqui. Seu filho precisa. Pense nele.

- Está bem, mas pelo meu filho. Não posso negar ajuda. - ela diz pegando o cheque e ficando de boca aberta ao ver o valor. - Não posso. De jeito nenhum senhor. Isso tudo não! É muito abuso. Não posso aceitar. - ela diz colocando o cheque na mesa.

- Pegue logo mulher. Pra mim esse dinheiro não vai fazer diferença. E você sempre trabalhou tão bem.

-Não posso. Não mesmo!

Com muito custo, a convenci de pegar o bendito cheque. Ela é um amor! Mas agora estou ferrado! Como vou conseguir organizar tudo que acontece aqui? Só Amara conseguia! Preciso de uma nova secretária urgente.

Ligo para uns contatos e consigo anunciar no jornal que a vaga para secretaria está aberta. Amanhã já começo as entrevistas.