Capítulo 8

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- Peter! Helena! - Clarice corre para abraça-los.- e eles se levantam e a abraçam. Vou andando lentamente até lá com a cara mais emburrada do mundo.

- Ai, que saudades Clarice, o Peter nunca mais te levou lá em casa, né? - A pirralha fala.

Sério que só eu acho ela falsa ?

- Coe, Clari.- Peter fala.

- Ai que mundo pequeno, né ? - Clarice diz rindo e Peter me encarava e eu fazia o mesmo, mas trocava encaradas com a mulher desconhecida.

- Quem é essa ? - Clarice finalmente pergunta tirando também minha dúvida.

- É minha amiga da faculdade, Heloise.- Peter diz sorrindo.

- Prazer meninas.- Ela fala.

- Ai, Oi, querida.- Clarice diz animada.

- Clarice, vamos nós atrasar para a sessão.- minto e olho de um jeito que faço a entender que não quero ficar ali.

- Sessão? Hummm, filme! Também quero, vamos Peter? - A pirralha fala e me olha depois olha pra Peter.

- Hã... melhor não, Helena.- Peter diz mexendo nos cabelos.

- Bom a gente vai indo, se decidirem ir pegamos aquele filme nacional lá e estamos na fila F.- Clarice fala sorrindo e eu tenho vontande de socar a cara dela.

- Eu quero ir com a Clarice.- A pirralha fala. Essa garota ta me tirando do sério.

- Então vamos, você vai Helo? - Peter fala.

- Ah, não vai dar, vou nessa, até na facul Peter.- ela fala e da um abraço em Peter.- Foi um prazer conhecer você querida.- Ela diz abraçando a pirralha.- E vocês também, ela diz sorrindo e sai.

- Eba, cinema!  - a pirralha fala e abraça Clarice praticamente me empurrando e me olha com ar de deboche.

Garota insuportável.

Peter estava do meu lado direito, não me olhava e fazia como eu pedi, não falou comigo, me senti mal por isso mas foi eu quem pediu. Peter ficou na fila para comprar os ingressos e eu e Clarice ficamos na fila para guardar lugar, o telefone da pirralha toca e ela diz que precisa sair para atender.

Peter chama Clarice e pede para chamar a irmã dele.

- Ray, sei quem você não fala com ela mas vai ali chamar ela, por favor!

- Ah, não Clarice.- reclamo.

- Por favor, to paquerando um lindão daqui, Jesus.- ela fala rindo.- Por favor florzinha.

- Você é muito chata! - digo e ela ri, saio atrás da peste da irmã de Peter e ao achar-la sem querer, querendo escuto um pouco da conversa dela.

" - Claro, pode deixar, só preciso de um tempo."

" - É claro que é ela, ninguém mais é tão estranha"

" - Sim estou com ele."

" - Eu não vou fazer isso agora."

" - Ta, depois falo com você, vão começar a me procurar jaja." - Ela fala e desliga, de quem ela estava falando? Decido ignorar isso e fingir não ter escutado nada.

- O garota, seu irmão está te chamando.- digo a quase 2 metros de distância e ela esconde o celular rapidamente e revira os olhos quando me vê, passa esbarrando no meu ombro, a hora que eu botar minhas mãos nessa garota, eu mato!

Entramos na sessão, minha cadeira pro meu azar ficou entre a irmãzinha de Peter e ele. Assistimos o filme e demos boas gargalhadas, nunca havia entrado no cinema antes, até que foi bom.

Saimos da sala e eu estava apertadíssima, Clarice me mostrou o caminho do banheiro e disse que ia esperar la na porta com Peter e irmã dele, quando saio para lavar as mãos a irmã dele estava ai encostada na Pia me seguiu com os olhos e eu ignorei, só lavei as minhas mãos e ia sair.

- Bomba relógio.- Ela fala e congelo o andar e me viro pra ela que está sorrindo.- Seus minutos antes de estourar estão super contados.

- Cala a sua boca.- grito.

- Se acalme bombinha, não vai querer explodir antes da hora.

- Você tem sorte, sorte que seu irmão está la fora e eu não posso enforcar você aqui e agora! - grito novamente e ela da uma risada alta.

- Vai sonhado, enconsta um dedo em mim... A Juradinha de morte, você não sabe aonde você se meteu.- ela sai rindo e meu sangue ferve, que ódio dessa garota.

Saio do banheiro e Clarice da um aleluia. Os deixo andar na frente e ando bem mais atrás deles, juro que se ficar perto daquela garota eu mato ela!

Vamos descendo os andares do shopping e Peter oferece carona Clarice quer aceitar mas só de olhar pra minha cara ela sabe que não vou, Peter pede pra irmã ir comprar algo e ele insiste com Clarice, me distraio dos dois por uns minutos, olho ao redor, e sinto um arrepio na espinha tomar conta de todo o meu corpo, isso não é bom, sinto cheiro de perigo, preciso sair daqui, vou andando de costas na direção de Clarice e olho para todos os lados, esbarro em Clarice.

- O que foi Ray? Endoidou menina? - ela fala confusa e eu nem olho para sua cara direito.

- Precisamos sair daqui.-digo

- O que houve? - Clarice pergunta novamente.

- Perigo.- digo nervosa, agora estou trêmula, Peter e Clarice me olham confusos. Vasculho a área novamente. Olho para o rosto de cada um, não acho nada, mas a sensação de insegurança aumenta. Vejo a irmã de Peter voltar com um homem estranho ao seu lado. Alto, todo de preto, Peter também estranha, da pra ver em seus olhos.

- Gente, esse moço está perdido, como eu não conheço essas bandas de cá, achei que vocês poderiam ajudar.- A Pirralha fala e eu só encaro o homem, o qual não para de me encarar. Fixo meus olhos nos deles, paro de prestar a atenção conversa deles e ele parece fazer o mesmo, o vejo se aproximar lentamente e eu vou recuando, esbarro em Peter, por um momento meus olhos encontram os dele mas logo me concentro no homem, será que ninguém vê que esse infeliz está se aproximando de mim? Foi ai que um estalo, um flash de lembranças veio em minha mente, ele ficava naquela maldita fazenda me vigiando enquanto o imundo do meu pai saia, meu coração acelera por lembrar, vejo o passar a mão na cintura muitas vezes, Porra, Clarice e Peter são cegos?! Ele levanta um pouco a camisa e vejo um objeto brilhoso.

- PUTA QUE PARIU.- grito e todos me olham e ele se assusta abaixando a camisa rapidamente e eu disparo correndo, e como eu pensava ele veio atrás de mim, vi Peter tentar correr mais a irmã dele o segura, não consigo ver Clarice e então continuo correndo e acabo achando a saída do shopping, corro e nem sei para onde, e acabo tomando uma fechada por mais 4 homens armados.

- Para aonde a gracinha pensa que vai? - o mais baixinho fala.

Uma gritaria se transforma no ambiente

- Ah Raykinha, são 10 anos atrás de você... que saudades! - um todo encapuzado fala me viro para pensar em uma fuga e o outro homem está atrás de mim, todos em volta olhavam e corriam assustados, afinal estavam todos armados, não tinha para onde fugir, nem como, um deles se aproxima e eu recuo mas sinto algo gelado enconstar nas minhas costas e viro a cabeça para trás e era mais um deles armados. O outro continua se aproximando e fala:

- Seu pai vai amar te ver novamente.- e então levo uma pancada na cabeça e tudo se apaga.

Eu sabia que iria morrer.

Fugindo Do Passado (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora