Capítulo 12

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  Chego ao local do endereço, só cheguei porque consegui pegar um táxi, não tinha nada nem ninguém aqui, acho que por causa do horário, decido me enfiar em um canto e esperar o dia amanhecer, me enfio no cantinho entre duas latas de lixo e observo tudo ao redor e pego no sono.

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- Você acha mesmo que ela vai aparecer ? - escuto uma voz um pouco longe e desperto.

- O Eduardo deu certeza, afinal estamos com a Loirinha la.

- Muito gatinha ela por sinal.- Um fala e faço cara de nojo mesmo que eles não vejam.

- Se ela não morrer logo, poderíamos nos divertir, que tal ? - O outro fala e os dois começam a ri. Decido toma coragem e sair logo, saio com a mão na bolsa e fico de frente pros dois patetas que estava de costas, se eu quisesse acertava os miolos desses dois imbecis, mas não posso por Clarice em risco.

- Ei.- falo mas não sai alto como pensei, mas não demorou muito para eles virarem ja sacando as armas e apontando as para mim, logo suas caras duvidosas viraram um sorriso malicioso.

- Olha só quem apareceu, brother. - um deles fala e da um toque no outro.

- Garota burra, vamos terminar logo com isso, pega e leva pra van.- o outro fala e me encara fortemente, decido fazer uma idiotice enquanto ele se aproxima, pego a arma de minha bolsa e miro na direção dele que para na hora, os dois se assustam e também estão com armas para cima de mim.

- Abaixa essa arma garota.- o mais distante fala com raiva.

- Cadê a Clarice, vocês disseram que iriam solta-la! - grito com desespero visível na minha voz.

- Não dissemos não, quem falou foi o seu pai, fala com ele.- o outro diz e ri sarcasticamente, destravo a arma e ele para de ri no mesmo segundo.

- LARGA ESSA PORRA DE ARMA.- Ele grita.

- Se não vão fazer o que? Hein? Garanto que o chefinho de vocês não vai gostar de saber que fui morta sem ser por ele.- desafio o mais próximo e percebo que o que estava mais distante falava ao celular. Merda.

Vejo que as coisas iram se complicar para o meu lado, então coloco a arma no chão, meu coração estava quase saindo de meu peito, eles riram maliciosamente e o outro avançou com toda força em cima de mim e segurou meus braços. O outro se aproxima bem do meu rosto.

- Boa garota. - ele fala e da um sorriso.- Bota na van, vou avisar que estamos levando o "pacote".- O outro só concorda e sai me arrastando para um beco que dava em uma rua, não muito movimentada.

- Se tentar qualquer gracinha, eu vou explodir sua cabeça.- ele sussurra para mim e vamos caminhado até uma van, ele literalmente me joga na parte de trás dela e fecha a porta.

- Vamos logo, o Papai dela deve está cheio de saudades.- o que estava vindo atrás fala e escuto o sarcasmo em sua voz, o outro ri. Envolvo minhas minhas pernas em um abraço, e sento no cantinho da van, ainda bem que não me amarram, meu pânico seria muito maior, fico imaginando os horrores que Clarice está passando nas mãos deles, ou como o Peter vai reagir quando acordar e ver que o enganei e vim me entregar, sem ao menos me despedir decentemente, meus olhos se enchem de lágrimas, todo o meu esforço para me manter viva e vingar a morte de minha mãe foioi em vão.

- Desculpa mamãe.- digo baixinho, e as lágrimas descem sem permissão.

- Owwn, temos uma garotinha chorona aqui na traseira da van.- um fala e viro a o rosto na direção da voz e ele ria.

- Vão a merda.- grito.

- Calma lá, esquentadinha, guarda os ânimos para a emoção de ver seu pai.- o que estava dirigindo fala e começa a ri e o outro o acompanha.

Fugindo Do Passado (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora