Eu consegui dormir bem mesmo depois de levar uma super bronca.. o que era um milagre. Minha mãe tinha falado um monte, e eu tive que ouvir pacientemente e depois explicar tudo que aconteceu, mas não mencionei vampiro e nem o fato de que um estranho nos tirou de lá, foi difícil.
E eu até que acordei cedo, 10horas da manhã é um bom horário não?
Me levantei, lavei o rosto e tudo o mais e então desci para tomar café, minha mãe ainda estava em casa, mas ela logo iria sair.. ela preparou um café da manhã muito bom (e nem um pouco saudável). Suspeitei que talvez ela soubesse que havia algo errado acontecendo..quer dizer, algo a mais, algo que eu não havia contado, mas talvez isso não fosse relevante. O que era relevante mesmo era que ela não estava zangada comigo nem nada do tipo, mas parecia um pouco distante, talvez estivesse um pouco preocupada, com medo de me perder, assim como perdeu meu pai. Minha mãe era assim, não conseguia ficar zangada comigo, ela sempre me ajudava muito independente da situação, e eu a amava muito. Quando ela estava saindo de casa eu larguei meu pão com bacon pela metade e fui abraça-la, ela me apertou e me deu um beijo na testa, como sempre fazia quando eu era criança, e eu fiquei encarando ela por alguns segundos, os olhos castanhos dela brilhavam e seu cabelo preto caía em cascata sobre os ombros, ela sorriu e então saiu.
Depois do café eu simplesmente peguei minhas coisas e saí de casa, estava determinado a conseguir mais pistas sobre o vampiro doidão que estava aloprando a cidade.
Decidi passar na casa do Luke antes, para ver se ele gostaria de me acompanhar.. e por incrível que pareça ele topou.
Ele me contou que tinha levado uma super bronca e que talvez ia ficar de castigo, mas não sabia ao certo, até porque não fomos acusados de nada. Não exatamente..
Passamos na biblioteca da cidade e demos uma lida rápida em alguns livros que contavam lendas sobre vampiros, e estávamos procurando algo importante mas ao mesmo tempo nada em especial, poderia ser qualquer coisa.
Conseguimos achar coisas bem interessantes, como por exemplo o ritual de ressurreição, no qual exige um sacrifício humano específico.. e também achamos sobre algumas lendas que contam sobre um modo de mergulhar o mundo em uma noite eterna.. mas francamente, isso não seria possível, eu acho...
Depois disso fomos até uma lanchonete e ficamos lá conversando, mas não somente sobre isso.. mas sobre coisas normais também, e que não envolvem ter que esconder coisas perigosas das nossas mães e um vampiro idiota.
Ambos estávamos muito cansados disso tudo.. mas de qualquer forma teríamos que resolver isso.
-Sabe, acho que a gente poderia pedir ajuda.. --digo dando mais uma mordida no meu lanche.
-De quem? -Luke ergue os olhos desconfiado.
-Hm.. um amigo meu.. na verdade tá mais pra colega, mas mesmo assim..
-Não me diga que é o Bryan, eu não gosto dele. Ele é esquisito.. mais do que você.
-Eu sei.. mas ele me deve um favor, e essa é uma boa hora pra cobrar isso dele. Relaxa, eu não vou deixar ele te morder! -dou um sorriso.
Ele olha para mim com um olhar de "Fala sério.. Você é um idiota".
-Então está decidido! -digo dando uma leve batida na mesa.
E algum tempo depois lá estávamos nós, parados em frente a casa do Bryan, esperando ele abrir a porta, Luke parecia bem desconfortável com isso, o que ajudou a melhorar meu humor, era engraçado ver ele nessa situação..
E então a porta se abre e revela um cara magro e meio baixinho parado ali, ele usava um óculos que o fazia parecer um CDF, e ele tinha uma aparência meio..ahn.. doentia, parecia que ele tinha uma anemia bem feia ou algo do tipo..
