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- Vou tomar água, quer também?- Jake me ofereceu e eu neguei, então ele foi até a cozinha.

A gente já estava na casa de Jake fazia umas boas horas, ficamos jogando, comendo e falando merda.

Ele voltou e se sentou ao meu lado.

- Hoje o dia foi bom.- Ele disse com um sorriso nos lábios.

- Tirando a parte que eu tive que assistir aquela maravilhosa briga de vocês.- Eu ri.- Foi constrangedor.- Completei.

- Por que?

- Porque foi estranho vê você gritando e chamando ela de vagabunda e ela chorando.

- Aposto que ela me odeia muito mais agora.- Eu sorri e Jake também. O celular de Jake vibrou.

- Deve ser a Karen.- Ele bufou. Pegou o celular e olhou o visor, digitou algo e sorriu.

- O que?- Falei curiosa.

- Festa na casa do Mark, sábado, vamos?- Ele disse guardando o celular.

- Quem é Mark?

- Aquele que tem uma piscina imensa.- Olhei para cima tentando me lembrar, mas não consegui.

- Aquele que a gente cortava caminho pelo quintal dele.- Jake disse me olhando.

- Ah! Lembrei.- Sorri. Eu e Jake sempre cortavamos caminho pelo quintal dele, o cara nem ligava, ainda bem.

- Então, vamos?- Jake ficou me olhando esperando a minha resposta.

- Sério que ainda pergunta? Eu preciso de uma festa.

- Nem fala.- Ele riu. Ficamos alguns segundos em silêncio, olhando para o nada.

- Acho melhor eu ir embora, antes que meu pai fale que a culpa é minha.- Eu ri fraco.

- Que drama.- Jake riu e coçou a nuca. Me levantei, Jake também. Fomos andando até a porta.

- Até amanhã então.- Ele sorriu para mim. Sai pela porta e Jake ficou recostado sobre ela.

- Até.- Eu sorri de volta. Jake foi até aonde eu estava, me deu um abraço apertado e um beijo na testa. Eu me virei e fui andando para casa.

Abri a porta e encontrei Karen, meu pai e Joana sentados, todos olhavam para mim, Karen saiu correndo para o banheiro, provavelmente para chorar.

Joana lançou um olhar para o meu pai e ele assentiu com a cabeça, logo após ela saiu. Eu fiz uma careta.

- O que foi?- Eu disse.

- O que disse para Jake?- Meu pai me lançou um olhar preocupante.

- Sério?- Revirei os olhos.

- Rayssa.

- Eu não disse nada pai, foi o garoto lá.- Bufei. Meu pai passou as mãos pelo rosto.

- Vou lá conversar com elas.- Eu assenti com a cabeça e meu pai foi até elas.

Tentei ouvir o que eles falavam, mas não consegui entender, por fim, desisti e fui para o meu quarto.

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Aquele mesmo som que tocava todos os dias me acordou. Fiquei alguns minutos deitada na cama sem pensar em nada, apenas olhando para o teto. Me levantei e fui tomar banho e depois desci para o café.

Todos estavam juntos, na mesa, em silêncio.

- Bom dia.- Falei. E fui me sentar para comer.

- Bom dia.- Meu pai e Joana me responderam, a animação deles era ótima, pra não dizer ao contrário. Karen não respondeu, mas eu não me importei. Enquanto comíamos, o silêncio reinou ali. Depois que tomei o café, deixei eles na mesa e saí.

Logo chegando no campus, avistei Thomas, ele me viu e veio até mim com um sorriso no rosto, ele parou na minha frente e colocou as mãos no bolso da calça.

- Ei.- Ele disse.

- Ei.- O respondi com um sorriso. Nós fomos andando até a sombra mais próxima, que ficava debaixo de um árvore, nós sentamos ali.

- Soube da festa, de um tal de Mark?- Thomas disse.

- Sim.- Sorri. - Você vai né?- Completei.

- Aham.- Thomas tirou uma maçã da bolsa e deu uma mordida.

Avistei Jake e ele me deu um tchauzinho com a mão. Eu sorri.

Karen passou sobre nós rápido, seu rosto estava inchado, deveria de tanto chorar, que drama.

- Que merda houve com ela?- Thomas disse com uma cara estranha.

- Ah, Jake terminou com ela.- Eu falei dando de ombros.

- Então... Jake está solteiro.- Thomas disse ríspido. Eu fiquei sem entender, mas não demorou muito pra eu entender o que ele realmente quis dizer.

- Agora vai ficar bem difícil para mim.- Ele sorriu fraco.

- Thomas...

- Ele é teu melhor amigo, e, acho que você ainda sente algo por ele e ele...

- Thomas.- Falei séria. Ele se calou, me encarou e depois abaixou a cabeça. Coloquei minha mão por cima da dele.

- É só que... Merda. Tô fazendo um drama da porra.- Ele disse e nós rimos.

- Atrapalho?- Ouvi a voz de Sam e rapidamente tirei minhas mãos de cima das de Thomas, ele passou as mãos pelo cabelo, como se estivesse desconfortável. Sam se sentou à nossa frente.

- Não adianta fazer isso não. Eu vi.- Sam disse.

- Não tinha nada pra vê.- Eu disse e sorri.

- Ah se tinha gata, ah se tinha.- Thomas disse e riu.

- Cala a boca.- Eu disse rindo.

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Oiiiii, voltei com mais uma atualização, espero que gostem, não sei quantos capítulos ainda virão, mas creio que att está próxima de acabar :( heuehuee até a próxima lindas <3 <3

O idiota do meu amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora