POV Harry
Sem querer parecer convencido nem nada, mas já sendo, eu, Harry Styles, sou um dos melhores estilistas da cidade. E hetero, só pra constar desta narrativa e deixar bem claro, caso os fatos seguintes se mostrem confusos.
Por isso fui chamado para desenhar o vestido de madrinha da irmã de Emmet Collins. Ele era nada menos do que o dono de uma das gravadoras mais concorridas de New York City e ter o meu nome ligado ao dele me colocava no topo da cadeia alimentar nesse campo de batalha que é a Big Apple. Isso sem falar na possibilidade de uma sociedade.
Apenas para registro aqui, os cantores mais badalados do momento são protegidos pelo nome Collins, então, ponto para mim!
Gostaria de dizer que pude desenhar o vestido da noiva também, mas a mulher é super maníaca por coisas francesas e seu vestido já havia sido feito por um dos estilistas gays europeus. Malditos sejam os gays franceses e seu dom de fazerem roupas épicas!
Mas voltando a mim, o total motivo e superinteressante dono destas palavras, eu estou totalmente fu**do neste exato momento.
Eis que chego eu à casa do meu quase futuro sócio e advinha quem é que estava sozinha me esperando? A gostosa da Tania Denali, a noiva. E dando mole pra mim!
O que eu fiz?
Bom, digamos que eu e ela levamos um baita susto quando Emmet entrou no quarto e me encontrou sentado na cama, sendo que sua noiva estava usando apenas lingerie bem na minha frente.
Agora você me diz: Como eu ia resolver isso?
A maioria dos estilistas em New York são gays e eu sou uma das poucas exceções. Fiz o curso primeiro por que não me interessava por nada mais. Segundo, a minha irmã anã do mal me obrigou, já que ela também ia fazer e terceiro, mas não menos importante...
Sabe quantas supermodelos internacionais fazem de tudo para ganhar um vestido exclusivo da grife Styles com o nome delas? Eu adoro meu trabalho por que sempre termina em sexo para mim. Há!
Bom... Aí já dá pra imaginar o que eu fiz né?
A única opção que me pareceu viável para não apanhar nem perder o contrato foi fingir que era gay. Ainda bem que eu mantenho a minha vida pessoal bem escondida ou não teria colado. O fato é que ele acreditou (corno cuscuz) e eu me livrei do problema.
Logo em seguida ao incidente o Collins me levou à sala para conhecer sua irmã Isabella.
Caso você, caro leitor ou leitora, ainda não tenha deduzido isso de minhas prévias afirmações super sutis, vou contar algo sobre mim para vocês: eu meio que tenho um fraco (quase um aneurisma) por mulheres bonitas.
Deus sabe que eu já tentei resistir (nem tanto), mas é como uma droga. Lá vem uma garota em um vestido esvoaçante e bam! Lá está Harry Styles correndo atrás. Nem precisa ser tão bonita, contanto que seja gostosa. E pra falar a verdade, na maioria das vezes eu nem preciso correr atrás, elas se jogam em cima de mim mesmo.
Eu sei, pode me chamar de ninfomaníaco, mas até hoje ninguém reclamou, se é que me entende.
Agora voltando ao presente em que eu estou totalmente ferrado, fui conhecer a tal garota né?
Achei que ela devia ser uma baranga terrível.
Quero dizer, a garota é irmã do provável cara mais badalado da cidade e nunca se quer foi vista saindo bêbada de um clube noturno. Fala sério! Ninguém se quer sabia qual era a cara da garota. Devia ser de doer o dente de tanto desgosto.
Agora imagine você a minha surpresa, querido leitor (a), quando, no lugar de uma gordinha com lentes fundo de garrafa e aparelho dental, me aparece uma deusa. Com D maiúsculo.
