Limpei-me e saí com a cara mais deslavada do mundo, como se não tivesse acabado de me masturbar pensando nela. E eu ainda ia passar muito mais tempo, como esse, com Bella Collins.
Devo me suicidar agora mesmo, ou deixar pra ser torturado e morto depois?
Bella usava o vestido azul tomara que caia quando eu saí do banheiro. A garota estava deslumbrante, diga-se de passagem.
– Você está bem? – Ela perguntou me mirando preocupada.
– Claro. Como ficou o vestido? – Eu perguntei querendo desviar sua atenção.
– Ficou bem, eu acho. Meio apertado no busto. – Ela comentou franzindo a testa levemente.
Aproximei-me e levei minhas mãos aos lados dos seus seios, testando a largura do vestido e me controlando para não passar a mão nela mais do que deveria.
Seu rosto estava próximo demais do meu e eu podia sentir seu hálito perfumado enquanto ela ofegava levemente. Isabella parecia estar nervosa com o nosso contato. Provavelmente não tanto quanto eu, tenho certeza.
– É assim que tem que ser. – Eu falei, finalmente, vendo que o vestido estava do tamanho certo.
– Ah, então eu não preciso respirar mesmo. Sem problemas. – Ela falou ironicamente. Ri baixinho. Ela até era engraçada. – Escute, Harry. Já que você é homem, pelo menos em teoria, me diga: Por que vocês são tão fúteis?
Resolvi ignorar aquela parte do homem apenas na teoria e entreguei-lhe outro vestido.
– Como assim? – Eu perguntei.
– Ah, bom... Vocês sempre se apaixonam pelas mulheres mais peitudas e idiotas que vêem pela frente, e quanto mais elas maltratam, mais vocês gostam. Isso sem falar que só ligam pra sexo o tempo inteiro! – Ela respondeu começando a tirar a roupa mais uma vez. Respirei fundo. Pelo menos parte da pressão havia se dissipado, mas isso não me impedia de ficar excitado novamente.
Só que dessa vez Bella ficou de frente para mim, esperando uma resposta, e tudo em que eu conseguia pensar era: Pode me maltratar que eu gosto, gostosa!
– Ah, bom... Os homens são assim mesmo, amiga. Don’t worry. – Eu falei tentando dar pinta enquanto ela vestia o outro vestido. Este era vermelho e amarrava no pescoço.
– Eu não alcanço o zíper. – Ela comentou, torcendo os braços para tentar alcançá-lo.
– Eu te ajudo. – Falei, me aproximando de suas costas para fechar o bendito zíper. Não pude evitar deslizar meu dedão pela curva de sua coluna enquanto fazia isso e senti Isabella estremecer. Ela estava gostando, então... Já ia ficando animado, mas resolvi me controlar. – E por que você está perguntando isso?
– Ah, primeiro tem o meu irmão, noivo dessa vadia da Tania. E depois tem o Mike, meu namorado. O cara só fala de sexo. Não sei mais o que fazer. – Ela comentou chateada.
Imaginei-me agarrando-a na frente do tal Mike, como um homem de verdade faria. Se bem que essa imagem não tinha fundamento, afinal, eu nem conhecia o cara.
– Não ceda, amiga! Se der o que ele quer logo, ele vai se cansar e procurar outra. – Aconselhei, me sentindo um pouquinho culpado. Só um pouquinho.
– Eu é que já estou me cansando dele. – Ela suspirou. Em seguida riu de forma cúmplice. – E como é pequeno,Harry! Você não gostaria de ver, é triste.
– O pênis, você diz? – Tive de me certificar. Fiquei abobalhado com o rumo daquela conversa. Mulheres falavam mesmo sobre aquelas coisas?
– Claro, o que mais seria? Eu tomava conta de um garotinho de seis anos que tinha um maior do que o dele. Acho até que se transasse com ele, não chegaria se quer a perder a virgindade. – Ela disse pensativa.
