Elisa Anderson.

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[...]

-Procura Emily -falei irritada-

-Não tem nada aqui Alison.

-Então como o Derek sabe que a Elisa está viva?

-Ele faz parte do time ruim, Alison -Emily disse-

-E nos jogamos no time bom, eu preciso saber da verdade.

-Desenterra ela então -Justin disse-

Olhei para ele e dei um sorriso de lado, me levantei e fui até minha sala pegando uma jaqueta e meu celular.

-Eu estava brindando, Alison -ele disse-

-Você não sabe o que eu vou fazer -Peguei minhas chaves do carro-

-Vai invadir um túmulo.

-Invasão e uma palavra muito feia. Vamos só revirar.

Sai da sala e fui até o estacionamento, destravei meu carro e entrei, Justin entrou logo em seguida.

-O que você está fazendo?

-Eu vou com você, aliás, quem vai cavar?

Dei um sorriso maroto e comecei a dirigir, estacionei o carro e saímos, abri a mala do carro e peguei a pa.

-Porque é super normal uma pessoa carregar uma pá dentro do carro.

-Nunca se sabe quando vai precisar.

-Até porque uma agente do FBI precisa de uma bolsa carregada de arma -olho para a bolsa- uma faca e uma pa.

-Não se esquece que tem uma arma de baixo do banco e um canivete no porta luvas.

Sai andando e escutei ele falar.

-Você é imprevisível.

-Por isso que você me ama -pisquei-

Parei enfrente do túmulo e o olhei.
-Boa sorte -lhe entreguei a pa-

-O que vocês fazem aqui? -um moço perguntou-

-Somos do FBI, precisamos verificar o túmulo.

-O que esse túmulo tem de tão importante para mais de uma pessoa vir aqui? -ele falou-

-Quem veio aqui?

-Outras pessoas que falaram que eram do FBI.

Peguei meu celular e mostrei uma foto do Collins.

-Esse cara? -perguntei-

-Ele e mas meia dúzia.

-Levaram o corpo? -Justin-

-Sim.

-Eu vou matar o Collins.

Sai dali andando rápido e escutei Justin falando algumas coisas, que nem dei atenção. Parei de frente pro meu carro e me encostei no mesmo.

-Você precisa se acalmar.

-Eu vou matar o Collins -dei um soco na porta do meu carro-

-Alison -me repreendeu- Deixa eu ver -pegou em minha mão- Machucou, vamos para o nosso departamento fazer um curativo.

Peguei minhas chaves e ele logo puxou elas da minha mão.

-Eu dirijo.

(...)

-Ve se para de ficar nervosa por coisa boba.

-O caso da minha irmã não é bobagem.

-Mas não precisa sair por aí socando tudo que vê -guardou a maleta-

-Alison -Emily entrou- me desculpa, ela insistiu em entrar.

Levantei meu olhar e vi minha mãe, engoli em seco.

-Tudo bem.

Justin e Emily saíram e me sentei na minha cadeira.

-Precisamos conversar minha filha.

-Pode falar, mãe.

-Eu descobri que coisas que não me agradaram.

-O que?

-Que você está procurando por sua irmã.

-Eu descobri que ela está viva.

-Ela não está viva, Ali. Você viu ela sendo enterrada -começou a falar irritada-

-Eu te amo muito mãe, mas eu não vou descansar até descobrir a verdade.

-A verdade pode ser dura demais.
Minha mãe está me escondendo algo?

-Eu sei. E eu estou pronta.

-ELISA ESTÁ MORTA -ela gritou-

Me levantei batendo a mão na mesa e
suspirei.

-Elisa está viva.

-Eu vou deixar você se machucar sozinha.

-Pode ir, como você sempre fez -me sentei novamente-

-O quer dizer com isso?

-O que eu quero dizer com isso? -dei um riso irônico- Não se faça de mae protetora agora.

-Do que você está falando?

-Elisa morreu e o que vocês fizeram? Foram para Paris -me levantei- E eu? Passei o resto da minha vida num colégio interno, até eu completar 18.

-Quando você completou 18 compramos um apartamento e deixamos você fazer o que quiser, até trabalhar para o FBI. Não seja ingrata.

-Eu sou ingrata? -ri- Vocês que só viviam pulando de um país para outro. Sai da minha sala agora ou terei que chamar seguranças.

-Você não tem coragem.

-Desde que eu peguei uma arma e um distintivo eu tenho coragem para tudo. Então não se meta no meu caminho, mamãe, porque eu sou capaz de destruir tudo se alguém se meter nele.

Ela saiu da minha sala batendo a porta e joguei tudo que tinha na minha mesa no chão.

-Esta tudo bem? -Justin entrou-

-Sai daqui se não quiser virar um alvo.

[...]

Já era 00:00 e todos foram embora, eu estava procurando por tudo que é lugar, eu precisava saber da verdade. Peguei minha bolsa junto com minha chave e meu celular, sai da sala trancando tudo e desci, não tinha estacionado o carro na garagem e sim na rua, sai do elevador e fui até a rua. Senti alguém se vigiando e já coloquei a mão na cintura verificando minha arma, minhas chaves caíram no chão e me abaixei para pegar, me levantei e vi uma sombra atrás de mim. Me virei.

-O tempo de fez melhor, Ali.

Tirei o capuz da cabeça da pessoa e a olhei.

-Elisa?

-Sentiu saudades, irmã?

[...]

Agents in cold blood.Onde histórias criam vida. Descubra agora