One - Decision

2.7K 250 33
                                    


E lá estava ele, Peter Parker, mais uma vez encarando a foto de perfil do whats do seu melhor amigo, Wade Wilson. Ou o que era pra ser. pois o mesmo havia removido sua foto. Uma semana... Uma semana que ele não visualizava o aplicativo, e isso estava deixando Peter incomodado. seu amigo estava definhando aos poucos, e isso o deixava mal.

Peter deixou o celular de lado e tentou manter o foco em seu trabalho de história. O rapaz mordia a ‘cabeça’ do lápis. Sua mente divagava em outro assunto. Há três meses seu amigo sofreu um acidente de carro e têm evitado a ele, e seus amigos. Nem responder no WhatsApp ele faz. O acidente havia sido feio, foi uma sorte ele ter saído vivo.

O castanho lembrava-se da conversa que tivera com a amiga, Gwen Stacy, nessa manhã.

Peter estava deitado sobre o colo da amiga. Estava em silêncio... Pensativo. E a garota notou isso, e sabia exatamente qual era o motivo.

 porquê você não vai, visitá-lo? Sei que está louco para ir. – disse enquanto acariciava, os cabelos castanhos do amigo. Que ao ouvir sua voz, virou seu rosto para encara-la.

– ele não quer me ver... Não quer ver ninguém. – disse a encarando nos olhos. Peter lembrava-se da última vez que viu o amigo. Quando foi visita-lo no hospital. O rapaz estava todo enfaixado. Peter ficou pouco tempo ali, afinal ele estava desacordado. E quando acordara - para a infelicidade do castanho - disse que não queria ver ninguém. O Parker bufou.

 não é só porque ele não quer, que quer dizer que você não deva ir. – a garota insistiu. Peter mordeu o lábio inferior, talvez Gwen tivesse razão. – eu não acredito, que ela o abandonou... – a garota serrou os punhos. E o rapaz sentou-se no banco, passando a encarar o alvo do olhar da garota.

 é uma vadia... – a irritação na voz do Parker era nítida. Os amigos encaravam Neena Thurman se agarrando com seu mais novo caso. Os dois pareciam querer se ‘comer’ ali mesmo. O castanho encarava a cena com nojo. – como ela pôde abandonar, o namorado? No momento em que ele mais precisou? – pensou alto.

– ela não o amava. isso era um fato! Mas isso foi baixo até pra ela... Você realmente deveria ir, falar com ele. – a garota insistiu mais uma vez no assunto. Peter estava inseguro quanto a isso.

– eu não sei, Gwen... – o rapaz apertou o tecido de sua camisa, em suas mãos. E encarou a garota. A loira ia dizer mais alguma coisa mas foi interrompida pelo soar do sinal que indicava que o intervalo havia acabado. Os dois se levantaram e caminharam até suas respectivas salas de aula.

Peter jogou sua cabeça para trás, empurrando seu caderno para longe. Definitivamente não estava com cabeça para aquilo no momento. Desceu as escada indo para o segundo andar, e sua tia lhe fez um lanche rápido, voltou para o seu quarto jogando-se na cama. Começou a se questionar se deveria ou não ir falar com o amigo... Depois de longos minutos refletindo sobre o assunto, Peter decidiu que iria sim ver o amigo, ele querendo ou não. Olhou para a janela e viu que já estava escurecendo. Então apressou-se. Rumou para o banheiro tomando seu banho. Saiu do banheiro já enxuto. E vestiu a primeiro peça de roupa que viu no guarda-roupas uma calça e um moletom vermelho, calçou um tênis e - novamente - desceu as escadas. Parou frente a porta com a sua tia, o chamando.

– para onde vai? Há esse horário. – questionou a senhora, colocando um pano de prato no ombro. Ela mantinha seu olhar fixo, no sobrinho.

– eu... Eu vou visitar, o Wade, tia May. – disse abrindo a porta. Mai ainda esperando a “permissão ” da tia.

– oh queria, diga a ele que eu mandei um beijo. Disse caminhando até o mais novo e beijando-lhe o rosto. – e não volte tarde... Ou pelo menos ligue avisando que vai demorar. – disse de forma autoritária. O rapaz maneou a cabeça concordando.

– tudo bem, tia. Eu ligarei. – despediu-se da tia. E caminhou até a garagem pegando sua bicicleta. E começou a pedalar pelas ruas da cidade, ruma a residência do Wilson. Em poucos minutos ele já estava em frente a casa. Caminhou até a varanda e assim que ia tocar a campainha, a porta fora aberta. Revelando um homem e uma mulher muito bem vestidos. Provavelmente para sair.

– boa noite Sr. E Sra. Wilson. – os cumprimentou, e o casal sorriu em sua direção.

– boa noite Peter. – disseram em uníssimo.

– o Wade está? Eu vim vê-lo. – disse tentando olhar para dentro da casa.

– está sim Peter. No quarto dele. – a mulher disse com um pesar na voz. Entristeceu-se ao lembrar do filho.

– você chegou em uma boa hora Peter. Ele precisa mesmo de companhia. Tente tira-lo do quarto. – pediu o homem. E o rapaz sorriu concordando.

– tente anima-lo Peter, por favor... – pediu a mulher.

– eu farei o meu melhor Sra. Wilson. – disse firme. E teve seus cabelos bagunçados pelo mais velho.

– você é um bom garoto Peter. – disse o homem. – nos vemos mais outra hora então... Temos um jantar para ir, fique a vontade – Peter ficou parado na entrada da casa. Enquanto observava o casal entrar no carro. Para logo em seguida sumir em uma curva da rua.

Peter fechou a porta atrás de si, e começou a caminhar pela casa dos Wilson. Ele sabia onde ficava o quarto do amigo. E é para lá que ele ia. Estava frente a frente a porta do quarto do Wade, Peter respirou fundo. E abriu a porta vagarosamente sem fazer quaisquer ruído. O quarto estava um pouco escuro mas dava para ver alguns móveis. Peter encarou a cama onde Wade estava deitado. Um lençol lhe cobria da cintura até as coxas. A pouca luz da lua que entrava pela janela, iluminava seu corpo deixando algumas de suas cicatrizes amostra.

– Wade... – surrou, e o outro se remexeu na cama. Sentando-se na mesma, ficando de costa para Peter...

Apenas AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora