O ESPÍRITO NA VIDA E NO MINISTÉRIO DE JESUS
O que aconteceu com a religião judaica nos 400 anos após Malaquias? A opinião
comum é que degenerou em observâncias de formas e cerimônias vazias. Realmente, assim
aconteceu. Os fariseus anularam muitas exigências da Lei por meio das tradições que
desenvolveram (Mateus 15.3,6; Marcos 7.8-13). Os saduceus também tiveram as suas
tradições, bem como os essênios que copiaram os Rolos do Mar Morto.
Lucas, no entanto, desde o início do seu evangelho, deixa claro que os judeus não
perderam completamente nem o conceito nem a experiência do Espírito Santo. O Espírito
atuou nos eventos que antecederam e acompanharam o nascimento de Jesus, bem como no
seu próprio nascimento, vida e ministério. Na realidade, embora as referências ao Espírito
Santo no ministério de Cristo sejam muito relevantes, o evangelho de Lucas menciona o
Espírito mais freqüentemente nos dois primeiros capítulos do que em todo o restante do
livro.
Cheio do Espírito Santo e Esperando o Messias
O fato de que um número considerável de judeus ainda se apegava à vida e à
esperança ensinadas pelos profetas, é refletido em todo o registro do nascimento de Cristo.
Na classe sacerdotal, Zacarias e Isabel, pais de João Batista, são exemplos de destaque. Na
plebe, Simeão e Ana são representantes típicos dos muitos que esperavam a consolação
(conforto, encorajamento) de Israel (Lucas 2.25) e que aguardavam com expectativa a
redenção de Jerusalém (Lucas 2.38). Isto é: esperavam a salvação e a restauração que,
segundo os profetas prometeram, viriam nos dias do Messias. (Os judeus, às vezes,
chamavam o Messias de Consolador.)
Era, sem dúvida, em favor da "consolação de Israel" que Zacarias orava, quando
queimava incenso no altar, diante do Santo dos Santos. (Não é provável que orasse para ser
pai. Estava ali como representante do povo). Mas, assim como tantas pessoas dos seus dias,
ansiava pela redenção de Israel. Quando lhe apareceu o anjo Gabriel, trouxe-lhe a promessa
de um filho, mas não de um filho qualquer. Esse iria "preparar ao Senhor um povo bem
disposto" (Lucas 1.17).
O anjo também garantiu que João Batista seria grande aos olhos de Deus; não beberia
vinho nem outras bebidas alcoólicas, mas seria cheio do Espírito Santo (ver Efésios 5.18)
desde o ventre materno. Isto é: desde o seu nascimento (não dentro da madre, mas ao sair do
ventre) o Espírito estaria nele e sobre ele.
João Batista, portanto, combinaria em si mesmo o que havia de melhor nos santos e
nos profetas do Antigo Testamento. Devia ser um nazireu que expressasse e testemunhasse
da total dedicação a Deus durante toda a sua vida. Ele devia ser guiado, ensinado, preparado
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O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O ESPIRITO SANTO
EspiritualSERA QUE NOS SABEMOS TUDO QUE O ESPIRITO SANTO É E REPRESENTA